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    10-02-2023
    A Comissão Central do Vestibular Unificado da Universidade Estadual de Maringá (UEM) recebeu 13.455 inscrições para o vestibular 2022. Dessas, 81% (10.868 inscrições) são de moradores de cidades do Paraná. Candidatos de São Paulo, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Santa Catarina e outros estados brasileiros também são esperados para a prova que ocorrerá neste domingo (12), às 14h.

    A prova será realizada em 11 municípios paranaenses: Apucarana, Campo Mourão, Cascavel, Cidade Gaúcha, Cianorte, Curitiba, Goioerê, Ivaiporã, Maringá, Paranavaí e Umuarama. O local de prova de cada candidato poderá ser consultado tanto na página da CVU quanto no app Vestibular UEM.

    A recomendação é que o inscrito confirme o endereço da prova com antecedência e compareça no local, no mínimo, 1 hora antes do início. Os portões serão abertos às 13h20 e fechados às 13h50, seguindo horário oficial de Brasília. Não será permitida a entrada de quem chegar fora do horário determinado. Somente será autorizada a entrada em sala mediante apresentação de um documento de identificação original com foto e em bom estado de conservação.

    Os candidatos terão 5 horas para escrever uma redação e responder 50 questões objetivas de múltiplas escolhas. Após o início do exame, às 14h, o candidato deverá aguardar, pelo menos, 3 horas para entregar todo o material de prova e retirar-se da sala. Somente serão aceitas folhas de respostas preenchidas com caneta esferográfica de tinta azul-escuro e corpo transparente.

    Durante a prova, não é permitido usar telefone celular. O aparelho deverá ficar desligado e no chão próximo à mesa do candidato. Já as garrafas de água e lanches serão liberados. A hidratação, inclusive, é aconselhável, mas cada um deve levar a própria garrafa.

    VAGAS – Os candidatos estão concorrendo às vagas oferecidas para um dos 70 cursos de graduação distribuídos no câmpus Sede e em mais seis regionais no Paraná, localizadas em Cianorte, Cidade Gaúcha, Diamante do Norte, Goioerê, Ivaiporã e Umuarama.

    No total, são 2.366 vagas disponíveis, divididas em 906 universais, 754 cotas sociais, 594 cotas para negros, e 112 cotas para pessoa com deficiência (PcD).

    O curso mais concorrido continua sendo Medicina, com 386 candidatos por vaga. Em seguida estão Ciências da Computação, com 39 candidatos por vaga, e Psicologia, com 35 inscritos por vaga.

    RESULTADO – A divulgação do resultado final está prevista para 23 de março. Os mais ansiosos poderão ter uma prévia na segunda-feira (13), a partir das 10h, quando o gabarito provisório será disponibilizado. Após a publicação, o candidato terá 24 horas para contestar as questões.

    A imagem da redação será divulgada no dia 15 de março, e o candidato terá 48 horas para recorrer, se não concordar com o resultado.

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    04-01-2023
    Os programas e cursos de pós-graduação das sete universidades estaduais do Paraná avançaram no conceito de qualidade, de acordo com os novos resultados da Avaliação Quadrienal organizada pela Coordenação de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior (Capes). Ao todo, 13 cursos avaliados em relação ao período de 2017 a 2020 tiveram desempenho considerado de alto padrão internacional.

    As comissões responsáveis pela avaliação emitem pareceres e notas (conceitos) expressos numa escala de 1 a 7. Em comparação com a última avaliação, realizada em 2017, os cursos e programas das universidades estaduais paranaenses conquistaram melhor eficiência. Quatro cursos foram classificados com conceito 7, que equivale a excelência acadêmica e padrão internacional, três a mais do que na edição anterior. Sete programas haviam conquistado nota 6 e agora nove conquistaram a mesma nota.

    Os conceitos 7 e 6 expressam excelência internacional; 5 e 4 são considerados muito bom e bom; 3 é regular; e 2 e 1 implicam no descredenciamento dos cursos.

    “O resultado desta avaliação da Capes evidencia o crescimento da maturidade acadêmica das universidades estaduais. É um processo histórico e a dedicação faz com que as instituições possam continuar crescendo em qualidade”, avalia o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, que destaca o compromisso governamental com a qualidade do ensino e da pesquisa científica..

    NOTA MÁXIMA - A Universidade Estadual de Londrina (UEL) teve três cursos com nota máxima. Os programas de pós-graduação em Ciência Animal e em Patologia Experimental passaram a contar com o conceito 7, e o Programa de Pós-Graduação em Ensino de Ciências e Educação Matemática manteve a nota 7 da edição anterior.

    A Universidade Estadual de Maringá (UEM) conquistou o conceito máximo pela primeira vez com o programa de pós-graduação em Ecologia de Ambientes Aquáticos Continentais (PEA).

    O número de programas com conceito muito bom também subiu de 25 para 39. Foram 80 cursos com nota 4, 19 a mais em comparação com a avaliação anterior. Com classificação 3, o número diminuiu de 44 para 35. Em 2017, três cursos tiveram a nota 2. Nenhuma universidade estadual do Paraná teve programas avaliados com notas 1 ou 2 na atual pesquisa. Confira a classificação de todos os programas AQUI .

    MAIS ALUNOS - O número de programas de pós-graduação das universidades estaduais paranaenses aumentou de 139 para 167 no período avaliado, com 9 mil alunos em cursos de mestrado e doutorado.

    A pesquisa da Capes abrange 4.512 programas de pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado) em todo o Brasil. Em nível nacional, a avaliação registrou o crescimento de 37% no número de programas considerados no nível de excelência acadêmica, passando de 490 para 671.

    INICIATIVAS – As instituições de ensino superior paranaenses receberam o aporte de R$ 11 bilhões nos últimos quatro anos. “O bom desempenho das universidades é resultado das políticas de investimento. Foi ampliado o financiamento dos programas de pós-graduação, o que repercute positivamente na produção científica e tecnológica do Paraná”, explica o secretário Aldo Bona.

    Outra ação que contribui para o incentivo à pesquisa foi o reajuste de 25% das bolsas para pesquisadores, professores, estudantes e profissionais recém-formados. O Paraná possui uma rede de instituições estaduais de ensino superior com sete universidades, cerca de 95 mil estudantes e 7.685 professores.

    CLASSIFICAÇÃO – A classificação da Capes é feita por meio de comissões formadas por 1.808 consultores especialistas, que avaliam os programas de pós-graduação com base em informações anuais públicas e transparentes, registradas pelas pró-reitorias de pós-graduação na plataforma do Sistema Nacional de Pós-Graduação (SNPG). Os critérios e indicadores utilizados contemplam a qualidade da produção científica, a qualificação de professores e a inserção social dos programas de pós-graduação.

    A avaliação dos programas é importante para o direcionamento de políticas de financiamento, como a distribuição de bolsas e verbas de custeio, e para os estudantes, na escolha dos cursos de mestrado e doutorado.

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    16-01-2023
    Há mais de duas décadas o Paraná implementou uma política pública de incentivo à educação superior para estudantes oriundos de etnias, comunidades e territórios indígenas localizados em todo o Estado. Anualmente, de forma gratuita, são ofertadas 52 vagas para diferentes cursos regulares de graduação, por meio de um processo seletivo exclusivo, denominado Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná. Eles são no formato presencial e na modalidade educação a distância (EaD), em nível de bacharelado, licenciatura e tecnológico.

    São 42 vagas distribuídas entre as universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG), do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro), do Norte do Paraná (UENP) e do Paraná (Unespar); e dez vagas pela Universidade Federal do Paraná (UFPR). A cada edição, os processos seletivos são organizados em um sistema de rodízio pelas instituições de ensino, que atuam em parceria.

    Atualmente, 291 estudantes indígenas são universitários e 195 já se formaram, sendo 92 nos últimos quatro anos. O Brasil registrou um aumento de 695% no número de indígenas matriculados no ensino superior entre 2010 e 2018, último ano em que os dados foram divulgados no Censo da Educação Superior do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). Eram 7.256 indígenas matriculados e esse quantitativo passou para 57.706, o que representa 0,68% do total de estudantes em universidades, centros universitários e faculdades.

    No Paraná vivem cerca de 13.300 indígenas e aproximadamente 70% pertence ao povo caingangue, o que reforça a importância e perenidade do projeto. O Estado tem 23 terras indígenas demarcadas pelo governo federal: Apucarana, Avá-Guarani do Ocoí, Barão de Antonina, Boa Vista, Cerco Grande, Faxinal, Herarekã Xetá, Ilha da Cotinga, Ivaí, Laranjinha, Mangueirinha, Marrecas, Palmas (divisa com SC), Pinhalzinho, Queimadas, Rio Areia, Rio das Cobras, Sambaqui, São Jerônimo, Tekohá Añetete, Tekoha Itamarã, Tibagy/Mococa e Yvyporã Laranjinha.

    Esta reportagem da série “Paraná, o Brasil que dá certo” mostra como o acesso à universidade tem transformado a realidade de estudantes oriundos de comunidades indígenas.

    Ronaldo Alves da Silva, com o nome indígena Awa Djerokydju, que significa dançarino sagrado, tem 33 anos, pertence à etnia Guarani e é da Terra Indígena Pinhalzinho, no Norte Pioneiro, onde vivem cerca de 160 indígenas. Na escola ele já percebeu a necessidade da presença de professores indígenas que trabalhassem com a cultura local. E esse cenário foi o que motivou Ronaldo a buscar uma formação de ensino superior para contribuir com a comunidade.

    “Eu optei por um curso que me formasse para voltar à minha comunidade e trabalhar nas escolas com as crianças indígenas, por isso escolhi ser professor”, explica. Em 2009 ele ingressou na Universidade Estadual de Maringá (UEM) para cursar Educação Física. No início teve dificuldade em se adaptar na cidade e também sentia falta da família. Com o apoio da Cuia (Comissão Universidade para os Povos Indígenas), em 2013 pediu transferência para o curso de Pedagogia, no qual se formou em 2018.

    Há cinco anos ele é professor na Escola Estadual Indígena Yvy Porã, no município de Tomazina, também no Norte Pioneiro, e atua no ensino fundamental. O seu principal objetivo é valorizar a cultura ancestral e a origem dos povos indígenas. “Procuramos formar as crianças mostrando para elas as raízes, fortalecendo a identidade cultural e mostrando o quanto a nossa cultura é importante”, afirma.

    Após o curso de Pedagogia, Ronaldo ainda fez uma Especialização em Gestão Escolar Indígena, também na UEM, e incentivou a esposa Adriane da Silva a cursar Pedagogia. Desde o ano passado ela trabalha na mesma escola que ele.

    Além da área da educação, profissionais da área da saúde têm um papel importante nas terras indígenas, o que ficou muito evidente para todos os brasileiros durante a pandemia de Covid-19. Por isso, Silvana Matias, da etnia Guarani Nhandewa, decidiu entrar na universidade. Seu nome indígena é Kunhã Poty Porã, que significa flor bonita. Ela tem 48 anos e mora na Terra Indígena Laranjinha, localizada no município de Santa Amélia, no Norte Pioneiro. A comunidade existe há 104 anos e, atualmente, reúne 238 moradores de 78 famílias indígenas.

    Ela começou o curso de Medicina na UEM em 2005, mas a distância da família e dos filhos e a mudança de cidade fizeram com que Silvana voltasse à comunidade. No ano seguinte, pediu transferência para o curso de Enfermagem e retornou, dessa vez com a família, para Maringá. Durante o percurso, Silvana trabalhou como agente indígena de Saúde e depois como técnica em Enfermagem, área que tem formação na comunidade. No dia a dia percebe a necessidade de aumentar o número de profissionais da área da saúde para atuar na aldeia.

    Depois de concluir efetivamente o curso, ela voltou a trabalhar na Unidade Básica de Saúde Indígena (UBSI), onde coordena uma equipe multidisciplinar com 14 pessoas, todos indígenas. Na UBSI também atuam uma médica e uma dentista, formadas pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). As duas profissionais também ingressaram no ensino superior pelo Vestibular dos Povos Indígenas.

    A relação com a comunidade da qual faz parte é muito importante. “Acompanhamos o pré-natal, vemos a criança nascer, desenvolver e crescer com a nossa ajuda. Você vê o idoso confiar na sua palavra, chamar você pra contar algo que aconteceu com ele, é especial”, diz Silvana.

    Além da importância da atividade que desenvolve na aldeia, ela destaca o reconhecimento que recebe dos demais membros da aldeia. “Você volta para a comunidade diferente, sendo um exemplo a ser seguido, é muito gratificante. Quando você faz uma palestra e chama o pessoal, eles te veem como uma referência, e isso é muito gratificante”, completa.

    O contato com indígenas que saíram da aldeia para estudar e que voltam para contribuir com a comunidade é um incentivo para outros indígenas a buscar a educação superior, seja para atuar na própria terra indígena ou fora dela. Silvana é exemplo para os dois filhos: Isabelly Nathuane Matias Claudino, que estudou Enfermagem na UEM e agora faz Residência Técnica em Gestão da Segurança Pública, em Maringá, e Mateus Henrique Matias Claudino, que desde 2021 cursa Medicina na UEPG.

    ACOMPANHAMENTO – A Comissão Universidade para os Povos Indígenas (Cuia) é outra conquista das universidades paranaenses. Ela foi criada para acompanhar pedagogicamente os alunos indígenas, promover o acesso, permanência e a conclusão dos cursos de graduação. A comissão é vinculada à Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná e tem representantes da pasta e das universidades envolvidas.

    A educação dos povos originários envolve adaptações curriculares e pedagógicas para inclusão dessa parcela da população nos modelos educacionais. A Cuia, além de ser responsável pela organização do vestibular, também analisa e propõe ações relacionadas ao investimento para a permanência dos estudantes indígenas na universidade.

    Depois de matriculados, os universitários indígenas recebem o auxílio instalação no valor de R$ 1.125,00 e o auxílio permanência, durante o período que estiverem na universidade, no valor de R$ 1.125,00, com acréscimo de 50% do valor para os que possuem filhos, totalizando R$ 1.687,50. As bolsas pagas pelo Governo do Estado foram reajustadas em 25% no ano passado, e o auxílio pago pelo governo federal segue com o valor de R$ 900.

    Entre 2019 e 2021, o governo do Paraná destinou R$ 8,5 milhões para o custeio desses benefícios acadêmicos, com impacto significativo na redução da evasão universitária e, consequentemente, na diplomação desse público.

    O secretário estadual da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Nelson Bona, destaca o pioneirismo do Estado nas políticas de ação afirmativa para a população indígena. “Outras universidades também oferecem ações específicas para estudantes indígenas, mas só no Paraná existe um programa estadual estruturado e organizado para o acesso dessa população ao ensino superior. Temos diversos estudantes indígenas formados em diferentes áreas e isso demonstra a atenção que o estado dedica aos povos originários”, afirma.

    Além do Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná, as instituições de ensino superior também oferecem possibilidades para o ingresso de indígenas pelo sistema de cotas sociais nos vestibulares convencionais.

    A coordenadora da Cuia, professora Dulcinéia Galliano Pizza, explica a importância do acesso ao ensino superior para estudantes indígenas. “As políticas de acesso e permanência de estudantes indígenas ao ensino superior é de extrema relevância, tendo em vista as diferenças culturais, na qualificação da educação e das oportunidades entre os indígenas e não indígenas”, reforça a docente, que é vinculada à Unespar.

    A ação afirmativa paranaense assegura o direito dos povos originários à educação, conforme determina a Constituição Federal de 1988 e a Lei Estadual nº 14.453/2004, com amparo também nas leis nº 13.134/2001 e nº 14.995/2006. Além desses instrumentos normativos, resolução e portaria da Seti estabelecem a Cuia.

    VESTIBULAR 2023 – Neste ano, as inscrições para o 22º Vestibular dos Povos Indígenas do Paraná seguem abertas até 13 de fevereiro. Os candidatos devem apresentar documento comprobatório da origem indígena e comprovar a conclusão do Ensino Médio. Segundo o Manual do Candidato, as instituições disponibilizaram 551 opções de cursos de graduação em diferentes câmpus localizados em Curitiba e em 32 municípios do interior paranaense, nos turnos da manhã, tarde e noite.

    As provas serão aplicadas nos dias 7 e 8 de maio, na Capital e em territórios indígenas de seis cidades: Cornélio Procópio, Mangueirinha, Manoel Ribas, Nova Laranjeiras, Santa Helena e Tamarana. No primeiro dia será uma prova oral de Língua Portuguesa e no segundo dia uma prova objetiva, com questões de Português (interpretação de texto), Matemática, Biologia, Física, Química, História, Geografia e Línguas Estrangeiras e Indígenas (Inglês, Espanhol, Guarani ou Caingangue), além da redação.

    OUTRO EXEMPLO – Outra conquista para entrar para a história dos povos indígenas do Paraná aconteceu no final do ano passado. 22 estudantes das etnias caiagangue, guarani, guarani mbya e xetá colaram grau na primeira formatura do curso de Pedagogia Indígena da Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A diplomação foi, também, a primeira de um curso de graduação desenvolvido em uma terra demarcada na história do Estado. Ela foi realizada na comunidade de Rio das Cobras, no interior de Nova Laranjeiras (Centro-Sul do Estado).

    A formatura é resultado de um extenso trabalho. Em 2022, após quatro anos de análises, o curso de Pedagogia Indígena passou pelo processo de reconhecimento do Governo do Estado. Ele recebeu nota 4,7, sendo a máxima 5, levando em conta os seguintes critérios: metodologia pedagógica, corpo docente e estrutura. A avaliação também recomendou que a universidade trabalhe para que o curso, criado para atender um ciclo, se torne permanente.

    SÉRIE – “Paraná, o Brasil que dá certo” é uma série de reportagens da Agência Estadual de Notícias. São apresentadas iniciativas da administração pública estadual que são referência para o Brasil em suas áreas. Confira AQUI as reportagens já publicadas da série.

    Confira a quantidade de cursos ofertados por universidade e as cidades:

    UEL – 65 cursos (Londrina)

    UEM – 86 cursos (Maringá, Cianorte, Cidade Gaúcha, Goioerê, Ivaiporã e Umuarama)

    UEPG – 75 cursos (Ponta Grossa e Telêmaco Borba)

    Unioeste – 65 cursos (Cascavel, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Marechal Cândido Rondon e Toledo)

    Unicentro – 58 cursos (Guarapuava, Chopinzinho, Coronel Vivida, Irati, Pitanga e Prudentópolis)

    UENP – 29 cursos (Jacarezinho, Bandeirantes e Cornélio Procópio)

    Unespar – 78 cursos (Curitiba, Apucarana, Campo Mourão, Paranaguá, Paranavaí e União da Vitória)

    UFPR – 95 cursos (Curitiba, Jandaia do Sul, Matinhos, Palotina, Pontal do Paraná e Toledo)

    Serviço do Vestibular 2023:

    Inscrições: até 13 de fevereiro – AQUI

    Homologação de inscrições: 15 de fevereiro

    Ensalamento: 24 de abril

    Aplicação de provas: 7 e 8 de maio

    Divulgação de gabarito: 9 de maio

    Divulgação de aprovados: 31 de maio

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    24-01-2023
    Os complexos hospitalares das universidades estaduais de Londrina (UEL), Maringá (UEM), Ponta Grossa (UEPG) e do Oeste do Paraná (Unioeste) alcançaram resultados significativos na captação de órgãos e tecidos em 2022. Ao todo, foram recebidas 99 doações, o que representa um aumento de 94% em relação a 2021 (51).

    O transplante é a única alternativa capaz de reestabelecer as funções de um órgão ou tecido comprometido em pessoas com doenças crônicas ou agudas. Um paciente pode doar o coração, rins, pâncreas, pulmões, fígado, além de tecidos como córneas, pele, ossos, válvulas cardíacas e tendões. Atualmente, segundo o Ministério da Saúde, o Brasil dispõe do maior programa público de transplantes do mundo. Em números absolutos, do total de transplantes realizados, o País fica em segundo lugar, atrás somente dos Estados Unidos.

    Na UEL, o Hospital Universitário Regional do Norte do Paraná registrou 41 captações de órgãos e tecidos no decorrer do ano passado, o que equivale a um aumento de 485% em relação ao ano anterior, quando foram realizados sete procedimentos. A unidade começou esse trabalho em 1998, com uma média de quatro captações nos dez primeiros anos. Em 2017 houve 45 procedimentos, o número mais alto da série histórica.

    Em 2020, em decorrência das contraindicações relacionadas ao novo coronavírus, o HU da UEL registrou uma queda de 75% na captação de órgãos. Nesse período, o hospital se tornou uma referência no atendimento aos pacientes com suspeita da Covid-19 ou diagnosticados com a doença.

    Segundo a enfermeira Caroline Marchi, a vacinação e outras medidas de combate ao novo coronavírus impactam positivamente na doação de órgãos. “Houve um aumento na captação de órgãos e tecidos em 2022, devido à diminuição dos casos de Covid-19. No ano passado, o hospital retomou os atendimentos aos pacientes com doenças clínicas, vítimas de traumas e acidentes”, afirma a profissional da saúde, que integra a Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do HU-UEL.

    O Hospital Universitário Regional dos Campos Gerais, em Ponta Grossa, registrou um aumento de 77% na captação, totalizando 16 procedimentos, sete a mais do que no ano anterior (9). A taxa de recusa das famílias diminuiu de 40% em 2021 para 36%. Em Cascavel, o Hospital Universitário do Oeste do Paraná (Huop) somou 36 captações de órgãos em 2022, um aumento de 38% em comparação ao ano anterior, com 26 procedimentos. Já a taxa de recusa das famílias é de 31%.

    O HU da UEM registrou seis captações em 2022, contra nove em 2021. O HU criou o Serviço de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes em 2016. A unidade conta com um enfermeiro exclusivo para a captação de córneas. Os demais órgãos sólidos ficam sob a responsabilidade de equipes da Central Estadual de Transplantes, vinculada à Secretaria da Saúde do Paraná (Sesa).

    CONSCIÊNCIA E RECUSA – As doações são efetivadas somente depois da permissão e autorização expressa de parentes próximos. Nesse cenário, o HU de Maringá, no Noroeste do Estado, é destaque na diminuição de recusas familiares para a doação de órgãos e tecidos. Nos últimos três anos, a média de rejeição das famílias foi de 4%. Nos anos de 2020 e 2022 todas as famílias entrevistadas aceitaram doar. Em 2021, a unidade registrou apenas duas recusas.

    Segundo o relatório da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), com dados referentes ao período de janeiro a setembro do ano passado, a recusa das famílias brasileiras aumentou nos últimos anos. O Paraná é destaque nacional na aceitação das famílias que concordam em doar os órgãos. No geral, 72% das famílias aprovam. A média brasileira é 53%.

    No ano passado, 13 famílias recusaram doar órgãos no HU-UEL; nove no HU-UEPG; e 16 no Huop. Além das recusas, as contraindicações clínicas também descartam a possibilidade de algumas doações, como infecção generalizada e câncer. Ao todo, dentro desse quadro, foram 26 doações não concretizadas em Londrina; 21 em Cascavel; oito em Ponta Grossa; e três em Maringá.

    “O baixo índice de recusa no Paraná se deve aos treinamentos que foram realizados para a equipe com foco no preparo para comunicação de situações críticas e o acolhimento familiar durante todo o processo”, pontua a enfermeira do HU-UEM, Rosane Almeida de Freitas, profissional que também responde pela coordenação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante do hospital.

    Assim como os outros complexos hospitalares das universidades, o hospital da UEM mantém uma comissão interdisciplinar, composta por médicos, enfermeiros, psicólogos e assistentes sociais.

    PROCESSO – O processo de captação de órgãos começa quando a morte encefálica é confirmada no paciente, condição que apresenta a perda completa e irreversível das funções cerebrais. Esse diagnóstico é conduzido por meio de diversos exames médicos, realizados mais de uma vez, com intervalo de tempo para assegurar o óbito com precisão.

    A partir desse momento, o setor de notificação, captação e distribuição de órgãos da Central de Transplantes é comunicado e repassa a informação para a Organização de Procura de Órgão (OPO) da região. Essa unidade desloca uma equipe até o hospital para examinar o doador e avaliar os órgãos e a compatibilidade com prováveis receptores.

    A coleta e o transporte do órgão precisam ser rápidos. Coração e pulmão, por exemplo, podem ficar fora do corpo por quatro horas, o fígado por 12 horas e o pâncreas por até 20 horas. O Sistema Estadual de Transplantes tem nove veículos, além de um veículo em cada OPO: Curitiba, Cascavel, Londrina e Maringá.

    A rede de transporte das Regionais de Saúde no Interior está em alerta permanente, assim como a frota de aeronaves do governo. O serviço aeromédico do Estado e o Batalhão de Polícia Militar de Operações Aéreas (BPMOA) auxiliam essa logística. Neste ano já foram captados órgãos em Santa Catarina, Mato Grosso e Minas Gerais (um fígado encaminhado para uma criança em Curitiba).

    Os pacientes que precisam de transplantes são cadastrados em uma lista única, por ordem cronológica de inscrição. Os receptores são selecionados de acordo com o estado de saúde, necessidade e órgão, além da compatibilidade.

    O rim é o órgão com o maior número de transplantes realizados no ano passado em todo o Estado – 471, segundo o relatório do Sistema Estadual de Transplantes do Paraná. Em seguida vem o fígado, com 308 registros; o pâncreas/rim com oito doações; o fígado/rim com três; e o pulmão com uma doação. No total, foram 809 transplantes de órgãos e 930 transplantes de córnea.

    O Paraná reúne 16 centros de transplantes e 23 equipes com profissionais para transplantes de órgãos. Para o transplante de tecidos são disponibilizados 25 centros de córneas, 23 centros musculoesquelético e seis centros de válvulas cardíacas.

    SEJA UM DOADOR – Para ser um doador, qualquer cidadão pode avisar aos parentes próximos para que autorizem a doação. Existem dois tipos de doadores: o doador falecido, que é aquele diagnosticado com morte encefálica, que geralmente ocorre depois de traumas e doenças neurológicas graves; e o doador vivo, que é uma pessoa saudável que deseja doar um dos rins ou parte do fígado para um familiar de até quarto grau consanguíneo.

    Também há situações em que é possível doar depois de um falecimento por parada cardiorrespiratória, assim como uma pessoa viva pode doar para alguém de fora da família, mediante uma autorização judicial.

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    17-04-2023
    As universidades estaduais do Paraná estão classificadas entre as 200 melhores instituições de pesquisa na América Latina pelo Índice Científico Alper-Doger (AD Scientific Index). Entre os 200 pesquisadores com maior pontuação no mesmo recorte regional, três são professores da rede de ensino superior estadual. Anualmente, o ranking analisa a produção acadêmica de mais de um milhão de pesquisadores, vinculados a 19.500 instituições de ensino superior e de pesquisa científica e tecnológica, públicas e privadas, em 216 países de todos os continentes.

    A Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) aparece na 40ª posição no recorte da América Latina, seguida pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), em 49º lugar, e a Universidade Estadual de Londrina (UEL), na 114ª posição. As universidades estaduais do Oeste do Paraná (Unioeste), do Centro-Oeste (Unicentro) e do Norte do Paraná (UENP) estão classificadas em 246ª, 405ª e 511ª, respectivamente.

    No grupo de pesquisadores, dois docentes do curso de Odontologia da UEPG estão em posição de destaque entre os 200 mais bem pontuados da AL: Alessandro Dourado Loguercio aparece em 143º lugar e Alessandra Reis, em 149º. O terceiro mais bem classificado é o professor da UEM, Angelo Antonio Agostinho, que desenvolve pesquisas na área da Biologia, e figura na 153ª posição do ranking.

    As classificações refletem a alta produtividade acadêmica e citações dos textos dos cientistas por outros pesquisadores. Trabalhos do professor Loguercio foram citados mais de 13,5 mil vezes nos últimos anos. A docente Alessandra Reis teve quase 13 mil citações em produções científicas. Ambos publicaram artigos baseados em pesquisas desenvolvidas na área de Ciências Médicas e Saúde. O professor Angelo Agostinho teve seu nome referenciado em 11,9 mil produções acadêmicas.

    BRASIL – Em relação ao país, constam no índice informações de 572 universidades e mais de 42 mil pesquisadores. A produtividade acadêmica dos cientistas projeta o Brasil para a primeira colocação em relação aos 38 países da América Latina e na 18ª posição global do ranking.

    No âmbito nacional, por quantidade de pesquisadores com alta produção acadêmica, a UEPG está na 23ª posição, com 25 docentes entre os mais bem qualificados. Na sequência, a UEM aparece em 27º lugar, com 129 pesquisadores, e a UEL em 43º, com 105 pesquisadores. A Unioeste, Unicentro e UENP ocupam as posições 108, 162 e 199, nessa ordem. Juntas, elas reúnem 30 pesquisadores com alta produtividade acadêmica.

    Entre os 100 docentes melhores classificados no país, três são das universidades ligadas ao Governo do Paraná. Alessandro Loguercio está em 73º lugar, seguido por Alessandra Reis, na 76ª posição, e Angelo Agostinho, na 80ª colocação nacional.

    Para o professor Alessandro, as classificações representam uma forma de qualificação do trabalho. “É muito importante estar num ranking como esse porque é resultado de um longo trabalho que está sendo realizado há anos. São as citações e não somente a produção acadêmica que recebem destaque em um ranking não restrito à área da saúde”, afirma.

    O docente de Odontologia destaca que a produção de ciência por meio das pesquisas é reflexo da inquietação pela sua curiosidade. “Um pesquisador está sempre procurando diversas outras formas de fazer algo, por exemplo, nas áreas de clareamento e adesivos. Clareamento é muito popular, mas gera muita dor e estamos sempre buscando substâncias que possam manter esse tratamento por mais tempo e diminuir a dor do paciente”, diz Alessandro.

    ÍNDICE – No AD Scientific Index são analisadas as produções acadêmicas em 12 áreas de conhecimento, nos últimos cinco anos. O desempenho científico, citações e o valor agregado da produção acadêmica individual dos pesquisadores sinalizam um conjunto de indicadores que resultam na pontuação final.

    Historicamente, as instituições públicas e pesquisadores do ensino superior do Paraná são destaque na classificação desse ranking. Neste ano, 289 docentes das universidades estaduais estão entre os 10 mil cientistas com mais relevância em pesquisas e produção acadêmica no Brasil e na América Latina.

    O calculo considera uma variedade de critérios, como a quantidade de citações, para produzir os índices. Na classificação é possível filtrar por continentes, grupos econômicos e país. Entre as 5,7 mil instituições de ensino superior dos países que integram o Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), a UEPG e a UEM aparecem nas posições 175 e 190, respectivamente.

    PARANÁ – Além das estaduais, outras instituições de ensino superior paranaenses aparecem ranqueadas entre as 300 melhores posições, como a Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUCPR), a Universidade Federal do Paraná (UFPR), a Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), a Universidade Paranaense (Unipar), a Universidade Tuiuti do Paraná (UTP) e o Centro Universitário Internacional (Uninter). No total, são 1.141 pesquisadores que representam essas instituições.

    Confira o desempenho dos pesquisadores e das universidades estaduais do Paraná:

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