Nesta edição o destaque é o novo decreto em Maringá pensando na contenção da disseminação do coronavírus e último boletim mostra 6 crianças infectadas, e ainda o prefeito Ulisses Maia diz que quer rescindir contrato com a TCCC.
Confira todos os assuntos
Novo boletim do covid-19 em Maringá:
O boletim divulgado ontem tem 48 positivados em 24h. A cidade está em situação de risco moderado segundo levantamento da secretaria de saúde. Cálculo de referência são os 28% de taxa de positividade e 65% de ocupação de UTI. O boletim também indica o maior número de crianças já registrado, 6. Dos 41 casos adultos, a maioria é de homens (26).
Segundo a prefeitura o índice de isolamento social também está fora do ideal, 37%. O ideal é estar acima de 50%.
Novo decreto em Maringá:
Com esses números em mãos o prefeito declarou ontem que num primeiro momento descarta o lockdown. Divulga novo decreto com novas regras para combater a disseminação do coronavírus.
O prefeito falou também da questão do transporte coletivo, segundo o prefeito ele quer rescindir o contrato com a TCCC desde que assumiu a prefeitura.
Testes do covid-19 realizados pela LEPAC:
Finalmente o lepac da universidade estadual de Maringá (UEM), recebeu ontem do laboratório central do paraná (lacen-pr) a habilitação final para realizar os testes da covid-19. O pedido de credenciamento é analisado desde o final de março.
Nesta edição o destaque é que Maringá registra o maior número de positivos para coronavírus em 24 horas são 57 novos casos e ainda UEM figura entre as melhores universidades do mundo
Boletim do covid-19 em Maringá:
O número de casos positivados no boletim da secretaria de saúde de Maringá desta terça, 9, alcança patamar inédito com 57 casos (54 pcr e 3 testes rápidos, aplicados na segunda etapa da pesquisa realizada por instituições de ensino superior em parceria com o município). Entre confirmados, o maior número de registrado entre crianças, com 5 confirmados entre 11 meses e 9 anos. Entre adultos, mulheres são maioria, 33. Homens são 19. Maior parte é adulto entre 20 e 59 anos.
Mesmo com alto número de positivados, as taxas de internamento geral e por covid permanecem na média dos outros dias. Confira mais informações no documento.
Oms volta atrás:
A Organização Mundial da Saúde (OMS) esclareceu nesta terça-feira (9/6) que a transmissão da covid-19 por assintomáticos está ocorrendo, mas que ainda não se sabe em qual proporção. A entidade internacional voltou a falar sobre o assunto após a epidemiologista americana maria van kerkhove, chefe do programa de emergências da instituição, afirmar, na segunda-feira (8/6), que algumas pesquisas indicam que pacientes assintomáticos “raramente” transmitem a covid-19.
Essa não é a primeira vez que a organização mundial de saúde volta atrás em questões relacionada ao coronavÍrus, primeiro voltou atrás na questão do risco mundial, disse que risco era moderado e voltou atrás, depois isolamento e flexibilização, ibuprofeno, cloroquina, mascaras
Abertura do comércio no feriado:
A associação comercial e empresarial de Maringá quer abrir o comercio amanhã quinta feira feriado de Corpus Cristi dia 11, o pessoal quer movimentar as vendas, não vejo como conciliar comercio ativo e pessoas em distanciamento social, afinal de contas afrouxar as medidas, flexibilizar é vida normal?
Covid-19 em Curitiba:
O prefeito de Curitiba, Rafael Greca anunciou ontem a criação de um indicador da evolução da pandemia de coronavírus. Greca aproveitou a oportunidade e falou sobre a possibilidade de decretar um lockdown e de promover uma cassação em massa de alvará de funcionamento.
Delação premiada:
Tony Garcia disse que a delação premiada do empresário Joel Malucelli vai levar todo mundo para o rolo. Além do ex-governador Beto Richa vai envolver membros do tribunal de contas, senador, deputado federal, deputado estadual.
UEM em novo ranking internacional:
As universidades estaduais de Maringá e londrina estão entre as melhores do mundo segundo o World University Rankings 2020/2021, divulgado ontem (9).
O ranking classifica as 2 mil melhores instituições de ensino superior e é considerado o maior ranking acadêmico. No Paraná a UEM é a segunda e a UEL a terceira colocada, ficando atrás apenas da universidade federal do paraná. Na classificação geral, as duas instituições ficaram entre as 1.400 melhores do mundo. Cerca de vinte mil universidades foram avaliadas.
O Setor de Virologia do Laboratório de Ensino e Pesquisa em Análises Clínicas (Lepac) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), recebeu nesta quarta-feira (10/6) do Laboratório Central do Paraná (Lacen-PR) a habilitação final para realizar os testes da Covid-19. O pedido de credenciamento é analisado desde o final de março.
Para receber a habilitação, o Lepac passou pelo processo de credenciamento no Sistema Nacional de Laboratórios de Saúde Pública – SISLAB, atendendo ao Decreto Estadual nº 4261/2020, o qual estabelece critérios para que os laboratórios de análises clínicas possam oferecer o teste molecular de diagnóstico da Covid-19.
Para realização dos testes, os municípios da 15ª Regional de Saúde deverão fazer as solicitações e encaminhamento dos exames ao Lepac pelo sistema de Gerenciador Ambiente Laboratorial (GAL), do Ministério da Saúde para a demanda e controle das doenças de interesse epidemiológico.
“A coleta do material não pode ser realizada no Lepac por questões de restrição de local específico para isso. Portanto, o setor público é quem irá coletar o material e encaminhar ao laboratório” explica Dennis Bertolini, chefe do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e coordenador do Laboratório de Virologia Clínica da UEM.
O método utilizado pelo Lepac para realização dos exames é o teste molecular denominado RT-qPCR que detecta a presença do vírus no material coletado do paciente.
É a metodologia mais sensível e específica para o diagnóstico da Covid-19.
Ainda segundo Bertolini, o Lepac, pertencendo a rede de laboratório públicos do Estado do Paraná, realizará os exames dentro dos critérios estabelecidos pelo Lacen/PR, ou seja, apenas os exames específicos para a Covid-19, não podendo executar os exames que são solicitados para diagnóstico de outros vírus respiratórios que envolvem as unidades sentinelas, Síndrome Respiratória Aguda Grave, casos graves, óbitos e gestantes.
Três instituições de ensino superior de Maringá se juntaram à prefeitura para entender como o coronavírus se propaga pela cidade. Durante a parceria, vão ser realizados 800 testes rápidos para detectar a presença da Covid-19. Os exames vão ser divididos em quatro etapas e começam a ser realizados na quarta-feira (20/5).
“Esse trabalho integra o conjunto de estratégias de enfrentamento ao coronavírus e representa importante avanço no entendimento de como o vírus se dissemina pela cidade”, afirma o secretário de Saúde, Jair Biatto.
Os resultados obtidos pelos testes rápidos vão ser entregues à Secretaria de Saúde. Com os dados, a secretaria adotará medidas estratégicas em relação ao controle da pandemia em Maringá.
“Isolamento social e restrições ao funcionamento de atividades econômicas estão entre as decisões que devem ser medidas por informações técnicas”, afirma Denis Bertolini, chefe do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e Coordenador do Laboratório de Virologia Clínica da UEM. A Uningá e a Unicesumar também participam do estudo.
As diversas medidas aplicadas pelo município, como decretos e portarias, ajudam a evitar uma alta exponencial dos números de doentes diagnosticados com a covid-19.
As medidas também controlaram a taxa de ocupação nos leitos hospitalares.
As medidas de isolamento refletem na taxa de transmissão da doença no município. Segundo levantamento feito pela prefeitura, em regiões com vírus circulando, cada pessoa com a doença chega a infectar de duas a três pessoas. Em Maringá, está na média de uma para uma.
Uma equipe formada por geógrafos e estatísticos definiram o número de residências por regiões da cidade onde os testes rápidos vão ser aplicados. Em cada casa, um morador vai ser escolhido para avaliação.
Em caso positivo, todos da família são testados. O exme é feito a partir da coleta de 10 microlitros de sangue obtido por uma picada na ponta do dedo. O resultado sai em 20 minutos. Se necessário, o local vai ser isolado e a família colocada em isolamento, controlado pela Secretaria de Saúde.
Equipamentos do laboratório da Universidade Estadual de Maringá (UEM) são usados para pesquisas mais sofisticadas sobre coronavírus. Esse vai ser o primeiro procedimento técnico oficial em Maringá. Bertolini informa que a UEM já tem projetos de pesquisa encaminhados para o governo federal e aguarda retorno.
Levantamento do Grupo de Estudos e Pesquisa Ambiente, Sociedade e Geotecnologias (Gepag), com apoio da Universidade Estadual de Maringá (UEM), mostrou que a média diária de casos notificados de pessoas que apresentaram sintomas de coronavírus em Maringá aumentou 263% entre 31 de março e 30 de abril.
O aumento de notificações coincide com a publicação de decretos municipais que flexibilizaram o isolamento social e permitiram a retomada de algumas atividades do setor econômico.
No estudo, os pesquisadores levam em consideração o que epidemiologistas têm alertado: as medidas tomadas surtem efeito após duas semana, aproximadamente. Dessa forma, o levantamento não leva em conta a abertura do comércio de rua em 20 de abril ou o decreto que autorizou celebrações religiosas e o funcionamento de shoppings, bares e restaurantes nesta semana.
Segundo a pesquisa, entre os dias 31 de março e 9 de abril, a média diária de casos notificados era de 22. A partir do dia 7 de abril, a prefeitura permitiu funcionamento de oficinas mecânicas e atendimento presencial em clínicas e consultórios médicos. Em 13 de abril, o município liberou o funcionamento de lotéricas e indústrias.
O estudo mostra que, entre os dias 10 e 21 de abril, o incremento médio diário de notificações subiu para 36. Duas semanas após a retomada dos serviços, entre 22 e 30 de abril, a média diária de casos notificados subiu para 80.
Para o professor do departamento de Geografia da UEM e coordenador do estudo, Oseias da Silva Martinuci, o aumento no número de notificações, o que representa a dispersão do vírus, pode estar ligado à flexibilização do isolamento social.
“As medidas adotadas em Maringá tiveram impacto nas notificações de alguma maneira. Mesmo que a situação pareça estar sobre controle, devemos olhar com certa cautela para avaliar se não está chegando em uma situação delicada. Vamos ter que avaliar, daqui há duas semanas, a abertura desses locais fechados com muita circulação de pessoas e fluídos corporais e verificar se a capacidade de circulação do vírus aumenta”, afirma o professor.
Oseias Martinuci explica que a pesquisa utiliza casos notificados por se tratarem de dados mais compatíveis com a realidade. Como apenas os casos graves são testados e algumas pessoas não apresentam sintomas, os números reais da doença são maiores que os casos confirmados. No Brasil, cientistas estimam que o número pode ser 14 vezes maior do que o registro oficial do Ministério da Saúde.
Grupo de geógrafos avaliou a estrutura da rede hospitalar
Na pandemia do novo coronavírus, uma dos principais alertas das autoridades é sobre a taxa de ocupação dos hospitais. No entanto, a estrutura da rede de saúde também é um fator preocupante. Outro levantamento do Grupo de Estudos e Pesquisa Ambiente, Sociedade e Geotecnologias (Gepag), com apoio da UEM, mostrou que 91,7% dos 399 municípios do Paraná não têm UTI.
Segundo o mapeamento, mais da metade das cidades paranaenses, 57%, não têm ventilador mecânico e que 36% não têm leito de nenhuma espécie. Os dados analisados são do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde do Brasil (DATASUS), do Ministério da Saúde.
Entre as 30 cidades que compõem a Associação dos Municípios do Setentrião Paranaense (Amusep), apenas Maringá e Sarandi têm leitos de UTI. A estimativa é que na Amusep existem 2,97 leitos para cada 10 mil habitantes.
Na macrorregião noroeste, que reúne 113 municípios, além de Maringá e Sarandi, apenas outras quatro cidades tem leitos de UTI: Paranavaí, Umuarama, Campo Mourão e Cianorte. O professor da UEM e coordenador da pesquisa, Oseias da Silva Martinuci, destaca que, de acordo com o IBGE, aproximadamente 50% dos municípios considerados remotos estão na macrorregião noroeste.
O professor alerta que podem existir dificuldades no atendimento de casos de coronavírus nas cidades remotas. Ele explica que não se trata apenas da distância em relação aos grandes centros onde se concentram os leitos de UTI, mas que os pacientes podem precisar de atendimento em um momento que a rede hospitalar estiver mais comprometida devido a pandemia.
Por meio do geoprocessamento e da cartografia, os pesquisadores do Gepag monitoram a expansão do coronavírus. Segundo Oseias da Silva Martinuci, os dados levantados no interior do Paraná causam preocupação.
“Comparando com o Estado de São Paulo, a velocidade de difusão do vírus pelos municípios do Paraná está sendo notadamente maior. Na quarta semana, contada a partir do primeiro caso confirmado, o Estado teve quatro vezes mais municípios infectados que o estado de São Paulo. Lá foram 21 casos, enquanto o Paraná teve 84”, afirma Martinuci.