Nenhuma universidade do Paraná entre as melhores do País
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Pelo segundo ano consecutivo a Universidade Estadual de Maringá (UEM) é a principal colocada entre as universidades paranaenses no Índice Geral de Cursos das Instituições (IGC), avaliação para as instituições de ensino superior (universidades, centros universitários e faculdades) do País, divulgado ontem pelo governo federal.
A UEM passou de 29.ª, colocação ocupada no ano passado, para 21.ª na avaliação deste ano (veja quadro) entre as 179 universidades brasileiras avaliadas. Nenhuma instituição paranaense atingiu a faixa 5, que identifica as melhores universidades do País.
Junto com a UEM, obtiveram a faixa quatro (a segunda melhor
avaliação) as universidades Estadual de Londrina (UEL), Federal do
Paraná (UFPR), Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) e Estadual de
Ponta Grossa (UEPG).
Investimento em um projeto a longo prazo é o
principal fator apontado pelo reitor da UEM, Décio Sperandio, para o
bom desempenho da UEM. “Não tenho dúvida de que o pilar central de
sustentação foi um projeto arrojado de qualificação dos nossos
servidores em mestrado e doutorado. Hoje temos aproximadamente mil
doutores na instituição, o que resulta em qualidade no ensino”, afirma.
Melhoria na infraestrutura dos cursos, espaço físico e equipamentos,
com o apoio do governo estadual, também foram destacados pelo reitor da
UEM. Hoje a instituição tem 28 cursos de mestrado, 16 de doutorado e em
torno de 100 cursos de especialização.
As piores
Na
outra ponta do ranking, nove instituições de ensino superior caíram na
malha fina do Ministério da Educação (MEC). Todas elas ficaram na faixa 2
ou 1 no IGC do ano passado, e no deste ano a nota foi confirmada em
visita feita pelo MEC. Entre elas estão duas paranaenses: as Faculdades
Integradas Espírita, em Curitiba, e a Faculdade de Educação Física de
Foz do Iguaçu.
Do total das instituições de ensino avaliadas, 588
ficaram na faixa 1 e 2, consideradas insuficientes. Cerca de 400
instituições com notas insuficientes já foram inspecionadas e quem está
na malha fina pode ter que reduzir o número de vagas, suspender
temporariamente o vestibular e até suspender em definitivo o exame.
Por
meio de nota, as Faculdades Integradas Espírita informaram que “estão
tomando as medidas necessárias para corrigir as fragilidades detectadas
na avaliação, oportunizando o desenvolvimento de suas diversas
potencialidades”.
A avaliação
O IGC 2008 é
baseado no triênio 2006, 2007 e 2008 e é o indicador do MEC que
considera a qualidade dos cursos de graduação e de pós-graduação
(mestrado e doutorado). O resultado final é expresso em valores
contínuos (que vão de 0 a 500) e em faixas (de 1 a 5).
Para analisar a graduação, o IGC tem como base o desempenho dos estudantes no Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), o quanto o curso agrega de conhecimento ao aluno e variáveis de insumo (corpo docente e infraestrutura).