Universidade liberou os resultados de três provas: Vestibular de Verão 2017, Vestibular EAD e última etapa do Processo de Avaliação Seriada (PAS)
Saiu nesta terça-feira (30) o resultado dos processos seletivos da Universidade Estadual de Maringá (UEM). Além do Vestibular de Verão 2017, também foram divulgados pela instituição os nomes dos aprovados no Vestibular EAD e na última etapa do Processo de Avaliação Seriada (PAS). Para conferir os nomes, basta acessar o site da instituição.
Quem foi aprovado deve fazer a matrícula nos dias 5 e 6 de fevereiro, por meio do site da Diretoria de Assuntos Acadêmicos (DAA) da universidade. Não será aceita matrículas por outros canais. As aulas terão início no dia 12 de março.
De acordo com a UEM, vestibulandos que não foram aprovados nesta primeira etapa podem esperar pelo resultado da segunda chamada. Essa etapa será divulgada no dia 19 de fevereiro, também no dite da DAA. Já a consulta ao desempenho nas provas, nos três concursos, fica disponível no portal até o dia 28 de fevereiro.
PAS
Estudantes que fizeram a primeira e a segunda etapas do PAS já podem verificar as notas da redação desde o dia 29 de janeiro. O resultado final, enquanto isso, sai no dia 9 de fevereiro, às 10h.
Para mais informações, basta entrar em contato com a Comissão Central do Vestibular Unificado (CVU) da UEM, pelo fone (44) 3011-4450.
Ela foi levada à delegacia e liberada; agora, terá de responder a sindicância da instituição de ensino
Uma aluna de mestrado da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi flagrada pichando uma parede da instituição de ensino. A jovem acabou detida e foi liberada após prestar depoimento.
O flagrante foi feito na madrugada de terça-feira, em um prédio que abriga várias salas de aula. Acompanhada de uma amiga, a estudante do curso de Enfermagem usou um spray de tinta para começar uma pichação – mas foi surpreendida por um vigilante. A Polícia Militar foi acionada e levou as duas à delegacia, onde um boletim de ocorrência foi registrado.
A universidade informou à Gazeta do Povo que uma sindicância foi aberta para apurar o ocorrido e decidir por uma eventual punição.
De acordo com o chefe da equipe de vigilância da UEM, Francisco Dourado da Silva, a jovem apresentava sintomas de embriaguez.
Ainda segundo Francisco, as pichações surgem com frequência nas paredes do campus: “Sempre está aparecendo essas coisas, porque é um pessoal que vem nas escuras e picha. Quando a gente descobre e tenta pegar, não consegue porque eles são muito rápidos”, explica.
Instituições de ensino superior superam em mais de 50% o número de cargos previstos em uma lei editada “emergencialmente” há oito anos e que é prorrogada desde então
Sob risco de perder 3 mil cargos e funções em comissão, as universidades estaduais pressionaram o governo do Paraná a apresentar à Assembleia Legislativa (Alep) projeto de lei que prorroga a vigência das atuais vagas - criadas “emergencialmente” há oito anos. Na quarta-feira (13), em regime de urgência, a medida foi aprovada em primeiro turno pelos deputados estaduais. Sem isso, as universidades teriam que eliminar cargos e funções de direção, de chefia e de assessoramento.
As universidades negociaram com o governo do Paraná que esses postos comissionados valham até o final de 2018. Está será a oitava vez que os efeitos da lei criada em 2009, no último ano da gestão de Roberto Requião (PMDB), para valer somente 90 dias, é prorrogada pelo Executivo.
A norma original previa 2 mil cargos e funções comissionadas. Contudo, segundo o governo do Paraná, um levantamento feito nas sete universidades aponta 3.159 cargos em comissão ou com função gratificada. O número excede em mais de 50% o que dizia a lei.
Em nota, a gestão Beto Richa (PSDB) afirma que a prorrogação da lei atende o pedido das universidades, que alegam “não poder abrir mão dos cargos em comissão para dar conta de suas crescentes atividades acadêmicas e administrativas”.
O reitor da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG), Carlos Luciano Sant´Ana Vargas, confirmou que o pedido parte das instituições, que precisam dos cargos para manutenção de atividades essenciais às universidades e de atendimento à população, como nos hospitais públicos vinculados aos cursos de Medicina
Contudo, Vargas, que também é presidente da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Públicas (Apiesp), ressalta que a legislação está defasada, e que não atende a necessidade das instituições, o que, segundo ele, justifica o excesso de comissionados.
“A lei foi criada sem considerar a ampliação das universidades. Esse quantitativo de cargos vem de muitos anos nas instituições, que foram se estruturando, sobretudo dentro do processo de autonomia das universidades. Londrina, por exemplo, com o hospital universitário, que é a maior instituição pública no interior do Paraná, para funcionar precisa de uma determinada estrutura, como direção de almoxarifado, de médico, responsável pela enfermagem, pela cozinha e vários outros cargos, que são funções de chefia”, diz o presidente da Apiesp.
“Se fosse para seguir à risca a lei de 2009, Londrina, Maringá ou Unioeste, por exemplo, teria preenchido apenas o cargo de diretor superintendente do hospital. Ou seja, não teriam as outras estruturas”, afirma o reitor.
Outro exemplo citado por Vargas é a criação de novos cursos e de pós-graduações, que demandam coordenação e chefia. “De 2009 para cá, apenas na UEPG, tivemos um crescimento significativo na pós-graduação, passando de 7 programas de especialização e pesquisa para 23 agora em 2017. Em cada um deles precisamos criar um cargo de coordenador, ou seja, é necessária a criação de uma função gratificada”, explica.
Vargas afirma que, após negociação com o governo em dezembro de 2016, houve uma redução de 40% nos cargos excedentes. O recuo, contudo, era prevendo um acordo para a reestruturação das instituições - que não aconteceu. “A discussão feita na época era que fizéssemos essa redução, e com isso teríamos um tempo para fazer uma discussão de estrutura, e isso acabou não acontecendo, atropelados que fomos por outras prioridades que tivemos ao longo do ano”, analisou.
Universidades querem cargos, mas não sabem quantos
Se os 2 mil cargos previstos na lei de 2009 são poucos, conforme defendem as universidades, um número ideal ainda não foi calculado. De acordo com Vargas, sempre que a discussão entra na pauta das universidades, não há consenso sobre a quantidade necessária. “Acho que faltou um pouco de fazermos o dever de casa”, admite.
Por falta de parâmetros, disse o presidente da Apiesp, a estrutura fica “meio indefinida”. “Mas acho que isso é um processo de negociação com o Estado, e não tem como fugirmos disso. Talvez não tenhamos o ideal, mas por outro lado, não precisamos ter uma estrutura que descaracterize totalmente as universidades, afinal de conta temos compromisso com a sociedade, em produzir ciências, conhecimento, em formar profissionais em cursos de graduação e qualificar na pós-graduação e assim por diante”, defende Vargas.
Governo diz não ter controle sobre a folha e universidades rebatem
Questionado sobre o excesso de comissionados, o governo afirma as contratações são feitas com autonomia pelas universidades, sem o controle do Executivo. “O governo do estado não nomeia servidores para cargos em comissão nas universidades e nem lhe cabe a responsabilidade pela despesa derivada. O custo é arcado pela instituição, dentro da cota orçamentária anual. Para obter valores, o questionamento da reportagem precisa ser encaminhado à direção das instituições”, diz, via assessoria de imprensa.
Ou seja, o governo aponta que não tem como saber a quantia gasta com os comissionados, uma vez que a gestão e controle de contratação e exoneração são feitas pelas instituições de ensino. O levantamento, afirma o governo, só é possível entre as entidades que aderiram ao Meta4. “No caso das universidades, que não estão no Meta 4 e que possuem sistemas próprios, essas informações são agregadas [cargos, gratificação, Tide, hora-extra, abono, plantão, etc] quando da geração do Arquivo Relação Mensal de Informações de Pagamento (RMIP), não sendo possível realizar o filtro no mesmo nível”.
Contrário a essa afirmação, o reitor da UEPG, Luciano Vargas, afirma que há total transparência na formação e consolidação do arquivo, que é o mesmo enviado pelas universidades para pagamentos e para atualização da página da transparência do governo estadual.
“Em todas as universidades rodamos a folha e encaminhamos imediatamente os arquivos para a secretaria da Fazenda e para a Administração. Eles recebem neste relatório, que é o RMIP, toda a informação necessária. Isso acontece há anos. Essas informações são as que fornecem a liberação de recursos e salários, ou seja, são informações detalhadas do pagamento de cada um. É o mesmo relatório que enviamos para o portal da transparência”, defende Vargas.
O governo Beto Richa (PSDB) e as universidades públicas do Paraná entraram em conflito nesta semana. A Secretaria da Fazenda bloqueou verbas de três das principais universidades estaduais paranaenses e algumas delas já ameaçam fechar as portas. Dizem que sem esses recursos não têm como manter suas atividades.
Impedida de realizar suas atividades regulares devido a um bloqueio de recursos por parte do governo Beto Richa (PSDB), a UEM emitiu uma nota oficial na manhã desta sexta-feira. Na nota, redigida pelo Conselho Administrativo, a universidade repudia a ação do governo e exige o “imediato descontigenciamento” dos recursos.