A reforma do Restaurante Universitário (RU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que começou em janeiro do ano passado, foi finalmente retomada nesta semana. Segundo a instituição, 70% da obra já foi concluída. Apesar disso, ainda não há prazo para que o local volte a funcionar. O trabalho foi interrompido devido ao bloqueio do pagamento de três valores, de R$ 100 mil cada, à construtora, em maio deste ano, por liminar da 1.ª Vara de Fazenda Pública do município, após denúncias de irregularidades na construção.
As suspeitas partiram do Observatório Social de Maringá (OMS) no fim do ano passado e foram levadas ao Ministério Público (MP-PR). O órgão apurou que, em setembro de 2013, a empresa responsável pela execução apresentou documentos informando que 60% dos trabalhos haviam sido finalizados. Número que também foi atestado pela universidade. No entanto, o Observatório, que acompanhava a fiscalização, confrontou a informação.
Capacidade para servir refeições deve aumentar em 10%
Antes da reforma do restaurante universitário de Maringá, 450 cafés da manhã e 3 mil refeições no almoço e no jantar eram servidas diariamente na unidade. Após a conclusão da obra, a universidade estima um aumento de 10% na capacidade do serviço. A assessoria diz ainda que o local está preparado para até duplicar a produção, dependendo somente de novas contratações e da construção de mais um refeitório.
Adequação
Com a reforma, haverá a adequação da cozinha às normas da Vigilância Sanitária, além da reestruturação do setor administrativo. A obra também prevê melhorias no acondicionamento de alimentos e no fluxo de materiais e produtos. As tubulações de água, gás e esgoto também serão todas refeitas.
“Nós fomos até a obra e constatamos que muitas das coisas que diziam estar concluídas na verdade não estavam”, afirmou à época o vice-presidente do OSM, Paulo Bandolin.
Parcela
Além disso, uma parcela no valor de R$ 533.704 teria sido paga à empreiteira antes da conclusão do serviço, o que segundo o OMS contrariou o contrato, que estabelecia que a quitação das parcelas seria feita mediante o término de cada fase.
No início deste mês, a UEM conseguiu reverter a liminar da 1.ª Vara de Fazenda Pública de Maringá. Porém, isso só foi possível depois que a construtora finalizou a etapa pela qual já havia recebido.
Em entrevista à Rádio CBN Maringá, o reitor da UEM, Júlio Santiago, esclareceu que a quitação já foi providenciada. Segundo ele, inicialmente R$ 100 mil foram liberados, restando ainda R$ 255 mil a serem pagos até a entrega da reforma.
http://www.gazetadopovo.com.br/vidaecidadania/conteudo.phtml?id=1498430