A travesti Lua Lamberti de Abreu vai entrar para a história da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e da cidade. Ela vai ser a primeira travesti a concluir um curso de mestrado na instituição. A defesa da dissertação vai ser realizada na sexta-feira (22/3).
O trabalho de Lua Lamberti discute o apagamento e a inacessibilidade de pessoas trans nos territórios formais da educação. Sob orientação da professora Eliane Maio e co-orientação da professora Roberta Stubs Parpinelli, ela vai defender o trabalho intitulado Pe-Drag-Ogia como modo de Tensionar/Inventar Territórios Educacionais Heterotópicos.
Lua Lamberti usa o recurso metodológico da autoficção, em que produz um diálogo entre ela, a autora, com a sua persona Drag.
Dentro deste contexto, ela desloca as noções de edução por um eixo ético-estético-político de ser e estar no mundo e pensa na construção de territórios educacionais mais receptivos e potentes para pessoas que não são bem-vindas aos meios hegemônicos.
Em 2018, Lua Lamberti proferiu palestras a funcionários da Biblioteca Central da UEM sobre “O uso do nome social: um direito a ser respeitado” e “Os corpos trans nos espaços públicos: garantias à diversidade”.
Vítima do atentado em Maringá, na madrugada deste domingo (17/3), Orivaldo José da Silva Filho, o professor Mima, 22 anos, era estudante do Mestrado em Química da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e pretendia seguir carreira acadêmica. Ele se preparava para ingressar no Doutorado.
Mima nasceu na pequena cidade de Conchas, com cerca de 17 mil habitantes, no interior do estado de São Paulo. No Facebook, ele se apresentava com a frase: “Eu tenho um sonho… Isso é tudo que preciso…”
Em Maringá, o jovem chegou a dar aulas de Matemática no cursinho da UEM, para garantir o sustento. Atualmente, era professor do cursinho Foxtrot Concursos e Vestibulares, de Apucarana. A empresa lamentou a perda do colaborador nas redes sociais.
“O “ Mima” era como ele gostava de ser chamado. Suas aulas eram inspiradoras e os nossos alunos adoravam sua didática, hoje o nosso mundo caiu com a notícia de sua perda. Deus concedeu a nós um gentil empréstimo e hoje no dia 17-03-2019, foi retomado após excelente cumprimento de missão. O grande exemplo de pessoa que você é ficará guardado em nossos corações eternamente, estaremos sempre juntos e lembraremos sempre do nosso ‘pequeno cientista’. Foi uma honra para nós ter você aqui em nossa família.”
Estudantes também se manifestaram sobre a perda do jovem professor. “Sentirei sua falta meu grande mentor, você sempre irá ser minha inspiração para correr atras dos nossos sonhos. Estou sentindo muito sua falta, mas sei que está bem ao lado de Deus. Sempre estará em meu coração”, escreveu Matheus Souza Alves.
Amanda Mandrot afirmou nas redes sociais que Mima era um excelente profissional. “Você estará sempre na minha memória. Que um dia eu possa ser o profissional que você foi e ter o coração mais lindo que já conheci!”
Centro Acadêmico de Química divulga nota de apoio
O Centro Acadêmico de Química Roberto Verdade, mais uma vez vem a público lamentar o triste ocorrido ontem, na madrugada do dia 17/03 onde o estudante de Mestrado em Química da Universidade Estadual de Maringá, Orivaldo José da Silva Filho foi atacado e brutalmente assassinado dentro do pensionato onde morava.
Repudiamos veemente atitudes de cunho terrorista e extremista, e esperamos que no Poder Judiciário o assassino seja julgado e punido dentro dos parâmetros legais vigentes.
Hoje o Centro Acadêmico, o Departamento de Química e a Pós Graduação em Química da UEM amanheceram sem cor.
Infelizmente o nosso amigo foi mais uma vítima dessa triste e preocupante onda de assassinatos que vem acontecendo dia após dia em nosso país.
Não há palavra que acalme a dor de ver alguém que amamos partir pra sempre, mas nós do CA nos solidarizamos aos amigos e familiares prestando nosso luto e apoio nesse momento tão triste, uma grande perda a todos nós!
Uma equipe do Profissão Repórter da TV Globo vem a Maringá para uma palestra na Universidade Estadual de Maringá (UEM). Os bastidores da notícia e os desafios da reportagem são o tema da palestra.
No evento, os participantes vão poder inscrever reportagens audiovisuais no Globo Lab. Dez reportagens vão ser selecionadas e os autores vão ter o direito de passar cinco dias na redação do programa, em São Paulo, para reeditar o material com a mentoria de Caco Barcellos.
As reportagens vão ser publicadas no site do programa Profissão Repórter. O evento é aberto a todos os interessados no tema, não apenas a estudantes de Comunicação e jornalistas.
A palestra é gratuita e vai ser realizada no dia 21 de março, às 20 horas, no Bloco B-33 no campus sede da UEM. As inscrições vão até o dia 14 de março. É preciso preencher este formulário eletrônico.
As aulas na Universidade Estadual de Maringá (UEM) recomeçam nesta quinta-feira (7/3) e a principal preocupação da instituição é com a recepção dos calouros. Um disk denúncia contra o trote violento foi disponibilizado para os 3.111 novos alunos do campus sede e dos campus regionais. No total, cerca de 15 mil estudantes voltam às aulas.
Em parceria com o Diretório Central dos Estudantes (DCE), a UEM fez um vídeo para deixar claro aos calouros que não precisam se sujeitar aos trotes violentos. Para evitar a prática, a universidade realiza mais uma edição do concurso Trote Solidário, que premia as melhores iniciativas.
O primeiro lugar no concurso do Trote Solidário vai receber R$ 1,5 mil, o segundo lugar, R$ 1 mil, o terceiro, R$ 700, o quarto, R$ 500, e o quinto, R$ 300. O prêmio precisa ser usado no prazo de seis meses na aquisição de material didático para o curso, aluguel de ônibus para visitas técnicas ou confecção de camisetas e bolsas, entre outros. O edital com todos os detalhes pode ser acessado aqui.
A UEM e o DCE também realizam na volta às aulas a Calourada 2019. Vão ser realizadas rodas de conversas, palestras, apresentação dos programas e projetos institucionais da universidade, trilha ecológica cultural, coleta de sangue e outros eventos.
A programação completa em Maringá e nos campus regionais pode ser acessada aqui. No campus sede da instituição, a programação começa nesta quinta-feira (7/3), a partir das 11h30, em tenda montada ao lado do Restaurante Universitário.
As boas vindas aos calouros vai ser conduzida por representantes da Reitoria e os diretores de Ensino de Graduação, Luciana Andréia Fondazzi Martimiano, Extensão, Breno Ferraz de Oliveira, e da Cultura, Rael Toffolo. Em resumo, eles vão mostrar que a UEM “é um espaço democrático, de pensamento crítico e de existências plurais”.
A mesma cerimônia vai se repetir às 19 horas no mesmo local, ao lado do Restaurante Universitário. Às 18 horas vai ser realizada a inauguração da praça de convivência do DCE.
A UEM vai homenagear no Dia Internacional da Mulher profissionais da instituição de ensino que atuam em projetos de defesa do público feminino. O evento “Mulheres que defendem Mulheres” vai ser realizado no Auditório do Hospital Universitário (HUM) na sexta-feira (8/3), a partir das 9 horas.
A Pró-Reitoria de Extensão e Cultura da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM), preocupada com o aumento da violência contra a mulher, que se traduz no grande número de ocorrências de feminicídio em todo o país, achou importante dar visibilidade aos grupos que a UEM possui que dão apoio às mulheres nas mais diferentes formas de violência.
Quase três em cada dez mulheres sofreram algum tipo de violência física nos últimos 12 meses e 42% dessas agressões ocorreram dentro da própria casa. Os agressores são na maioria das vezes conhecidos. São maridos, namorados, vizinhos, ex-maridos e ex-namorados. Os dados são do Fórum Brasileiro de Segurança Pública.
Outro aspecto importante que chama atenção é que 52% das vítimas de violência não denunciam a agressão por falta de apoio.
“A proposta é mostrar o que a UEM vem fazendo para combater a violência de gênero, a violência que se traduz na falta de acesso a fontes de renda e a tratamentos de saúde, por exemplo”, explica a anfitriã do evento, a pró-reitora de Extensão e Cultura, Débora de Melo Sant’Ana.
Ela destacou que foi decidido “homenagear onze profissionais que vêm se destacando em movimentos de enfrentamento dos problemas que desafiam as mulheres nos nossos dias. Essas homenageadas fazem parte de serviços, projetos e núcleos ligados à UEM”, diz.
No evento vão ser exibidos vídeos sobre a ação das homenageadas e elas receberão menções honrosas pelo trabalho que executam.
“Queremos que todas as mulheres presentes se sentam homenageadas. O evento também vai contar com representantes da Rede de Enfrentamento da Violência Contra a Mulher”, explica uma das coordenadoras, a professora Larissa Renata de Oliveira Bianchi.
Mulheres que a UEM vai homenagear
Drª Odete Correia Antunes, pediatra, coordenadora da Vigilância Epidemiológica e Responsável pelo Protocolo de Violência Física e Sexual no HUM
Maria Therezinha Loddi, docente do Departamento de Psicologia da UEM e coordenadora do Projeto Empreendedorismo com Mulheres
Miriam Fernandes, assistente Social do HUM, que atua no Projeto de Apoio às Vítimas de Violência
Crishna Mirella Andrade Correa, coordenadora do Núcleo Maria da Penha – Numape
Marivânia Conceição de Araújo, professora do Departamento de Ciências Sociais da UEM e membro do Núcleo de Estudos Interdisciplinares Afro-Brasileiros/Neiab
Eliane Rose Maio, docente do Departamento de Educação da UEM e coordenadora do Nudisex
Sueli Aparecida Castilho Caparroz, professora do Departamento de Enfermagem e coordenadora do Coletivo Feminista do HUM
Isadora Vier Machado, professora do Departamento de Direito Público da UEM e membro do Numape
Mara Lucy Castilho, professora do Departamento de Economia e membro da Cooperativa Social Unitrabalho – UEM
Márcia Edilaine Lopes Consolaro, professora do Departamento de Análises da UEM e pesquisadora da área de câncer de mama e colo de útero
Sandra Maria Peloso, professora do Departamento de Enfermagem da UEM e pesquisadora na área de prevenção ao câncer de colo de útero