O Democratas deve oficializar o nome de Maria Iraclézia de Araújo como candidata a prefeita de Maringá na convenção do partido, que acontecerá no próximo dia 28, no Centro Comunitário do Jardim Alvorada. No mesmo evento poderão ser apontadas as coligações e os nomes que integrarão a chapa de vereadores.
Licenciada da presidência da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia colocou seu nome à disposição de seu partido, o DEM, como pré-candidata a prefeita. “Eu decidi me afastar da Rural para não envolver a entidade neste processo político partidário”, garante.
Mesmo antes da convenção do partido, o nome de Maria Iraclézia já aparecia com índices significativos de intenção de votos nas pesquisas de vários partidos políticos. “Diante destes resultados, senti-me motivada a participar do processo eleitoral juntamente com outros potenciais candidatos a prefeito de nossa cidade”, ressalta. “Tenho recebido manifestações de apoio de boa parte da sociedade organizada da nossa cidade e isso é muito gratificante”, completa.
Maria Iraclézia lembra que é de origem humilde e ocupou durante quatro anos a presidência da Sociedade Rural, entidade que representa um percentual alto do PIB de Maringá e região. Entre outras virtudes, o que chamou a atenção do DEM para decidir sobre a possibilidade de candidatura de Maria Iraclézia, foi a grande capacidade de administração e de valorização de parcerias durante sua gestão na Sociedade Rural, onde ela realizou várias edições de uma das maiores feiras agropecuárias do Paraná, Expoingá, que em 2012 registrou a presença de 562 mil pessoas, número recorde em eventos do gênero no estado.
Coligações
Os partidos estão em movimento e conversando entre si. Com o DEM, não é
diferente. Segundo a pré-candidata, o partido está estudando as
possibilidades de alianças. “Estamos buscando outros partidos que
ideologicamente se afinam mais conosco no sentido de encontrar rápidas
soluções que afetam a nossa sociedade no que diz respeito aos serviços
públicos”, frisa.
De acordo com Iraclézia, ela se colocou à disposição do partido para o cargo majoritário. “Dentro dos cenários futuros arquitetados pelo partido inicialmente, o Democratas será prioritariamente a cabeça da chapa, ou seja, meu nome está a disposição para disputar o cargo majoritário da cidade”, afirma.
Independente das alianças que o DEM poderá formar, a presidenta licenciada da SRM garante que tudo será articulado visando beneficiar a cidade. “Precisamos pensar que o grande projeto é Maringá. Quem tem que ganhar é a cidade. Estou trabalhando nesse propósito”, ressalta.
Sociedade Rural de Maringá
A ex-presidente da Sociedade Rural de Maringá (SRM), Maria Iraclézia de
Araújo, formalizou, no último dia 4, o pedido de licenciamento do cargo.
Ela deixou a diretoria após anunciar ótimos números que superaram as
edições anteriores da Expoingá. Durante os 11 dias da edição deste ano,
compareceram 562.155 mil visitantes e foram comercializados e
prospectados negócios na ordem de R$273 milhões. Segundo Maria
Iraclézia, a feira gerou mais de 10 mil empregos diretos e indiretos e,
nos eventos sociais organizados, foram arrecadados 46 toneladas de
alimentos, mais de oito mil itens de produtos de higiene pessoal e duas
toneladas de roupas, material distribuído para a população carente de
Maringá.
Ao longo dos quatro anos à frente da Sociedade Rural, Iraclézia inovou e apostou no fechamento da arena de shows e rodeios. “Nós entendemos que este foi um dos diferenciais que conseguimos implantar. Com isso tivemos um aumento de público, e incentivamos as participações de outros setores que há algum tempo não vinham na feira como máquinas e implementos agrícolas”, afirma e completa dizendo que essas mudanças resultaram em ingressos com valores mais acessíveis.
Quem é Maria Iraclézia de Araújo
Filha de produtores rurais, a ex-presidente da Sociedade Rural de
Maringá (SRM), Maria Iraclézia de Araujo, graduou-se em zootecnia pela
Universidade Estadual de Maringá (UEM), em Gestão de Agronegócios pelo
Centro Universitário de Maringá (Cesumar) e pós-graduou-se pela
Universidade Estadual de Londrina. Foi a primeira mulher a presidir uma
sociedade rural no Brasil.
Após concluir dois mandatos na SRM, ela conta que para chegar à presidência da entidade, procurou fazer uma campanha bem estruturada e diferenciada, apresentando as propostas para os associados de uma forma muito clara. “Eles deram o voto de confiança à nossa chapa e nossas propostas porque queriam mudança. Foi um desafio e uma responsabilidade muito grande ter administrado a SRM, que é uma das principais entidades do segmento do agronegócio no estado”.