O Conselho Regional de Medicina (CRM) do Paraná comunicou a superintendência do Hospital Universitário de Maringá (HUM) sobre o indicativo de interdição ética do Pronto Atendimento da unidade, que estabelece prazo de 120 dias para a instituição solucionar os problemas encontrados em vistoria.
Segundo o CRM-PR, o pronto-socorro passou por fiscalização no início de dezembro, após ser oficiado pelos profissionais da instituição a respeito das condições de trabalho a que estão submetidos. Entre as questões levantadas pelo conselho estão o número insuficiente de profissionais médicos e de enfermagem, o que gera sobrecarga e impossibilita o correto preenchimento das escalas de trabalho.
Em novembro, o deficit de pessoal, sobretudo de médicos, ficou evidente e causou preocupação depois que pacientes tiveram de aguardar horas por atendimento médico em ambulâncias. (Aqui a notícia)
Esta é a segunda vez que o pronto-socorro do Hospital Universitário de Maringá recebe o indicativo de interdição ética do CRM-PR. Em dezembro de 2015, após sucessivas denúncias da equipe e a não observância das recomendações originadas de vistorias do CRM para solução dos problemas, a instituição recebeu prazo de 180 dias para fazer adequações na estrutura do pronto-socorro, entre outros itens. O indicativo foi retirado em junho do ano seguinte, após cumpridas as determinações.
O que diz a UEM
Em nota, a Reitoria da Universidade Estadual de Maringá e a superintendência do Hospital Universitário informaram que vão se manifestar sobre o indicativo em coletiva de imprensa, nesta sexta-feira (21), às 9h30, no auditório do HU.
A UEM desconhece os motivos da indicação de interdição ética e armou que o CRM agendou para esta quinta-feira à tarde (20/12), a entrega de um relatório apontando as razões que teriam levado à decisão. "A direção do hospital vai analisar o documento para então se manifestar sobre o assunto."