Número de vagas não ocupadas em graduações de universidades públicas do Paraná cresce 75%, em 2021

    uem-na-midia
    17-10-2020
    Estudante durante vestibular da UEM, em 2021 — Foto: UEM/Divulgação

    O número de vagas não ocupadas em cursos de graduação de universidades estaduais públicas do Paraná cresceu 75%, em 2021, segundo levantamento feito pelo G1 com base nos dados fornecidos pelas instituições.

    Apenas neste ano, seis das sete universidades públicas ofereceram juntas 3.212 vagas remanescentes. No ano anterior foram 1.832 vagas não preenchidas e ofertadas novamente, em todo o estado.

    Especialistas na área dizem que a pandemia impactou o aumento das vagas não ocupadas. Entre os motivos está o adiamento dos vestibulares e a crise econômica, que obrigou estudantes de baixa renda a trocaram os estudos pelo trabalho.

    Vestibulares
    A pandemia fez com que as universidades paranaenses adiassem os vestibulares que estavam agendados para 2020. Os processos seletivos foram remarcados para este ano.

    Ao todo, o Paraná tem sete universidades estaduais públicas:

    Universidade Estadual de Londrina (UEL)
    Universidade Estadual de Maringá (UEM)
    Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
    Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)
    Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
    Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
    Universidade Estadual do Paraná (Unespar)
    Confira a seguir o número de vagas remanescentes, em 2020 e 2021, por universidade.

    Vagas remanescentes em universidades do Paraná
    Número de vagas disponíveis cresceu em 2021

    Fonte: Universidades Estaduais do Paraná
    A Universidade Estadual do Oeste (Unioeste) informou que ainda não abriu edital para vagas remanescentes, em 2021.

    Já a Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) não fez seleção para vagas remanescentes, em 2020. Apesar disso, em 2019, foram 130 vagas disponibilizadas, sendo que 110 foram ocupadas.

    Qual o motivo da alta?
    A Universidade Estadual de Maringá, que é uma das principais instituições do estado, ofereceu 964 vagas remanescentes depois das chamadas complementares para estudantes que fizeram vestibular.

    O diretor de ensino de graduação da UEM, Marco Antonio Costa, disse que a instituição se preocupa há algum tempo com a ocupação das vagas remanescentes. A universidade também tem flexibilizado as regras para acesso.

    Além das chamadas complementares, a UEM passou a aceitar concorrência por meio da nota do Enem. Além disso, refugiados também são beneficiados.

    Na última edição, cursos concorridos, como Direito, Psicologia e Engenharia Civil, tiveram sobra de vagas. Para o diretor, o fato é um reflexo da pandemia e da alta abstenção no vestibular.

    "Nesses cursos mais concorridos, dificilmente sobravam vagas. O que diagnosticamos foi que a ausência no vestibular reduziu a concorrência. Historicamente, nunca tivemos isso. Essa incerteza se as aulas vão continuar remotas ou não também pode ter influenciado", afirmou.
    Para Wilson Mesquita de Almeida, professor da Universidade Federal do ABC (UFABC) e pós-doutor em Educação, as universidades brasileiras estão enfrentando [continua...]

    Login Form

    DENUNCIEUEM SEM ASSÉDIO

    © 2024 ASC • Assessoria de Comunicação Social • Universidade Estadual de Maringá

    Please publish modules in offcanvas position.