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Reabertura traz como inovação a inclusão digital por meio da adoção de um código de barras nas peças do acervo

Depois de quase dois anos fechado para visitação, o Museu da Bacia do Paraná (MBP), da Universidade Estadual de Maringá (UEM), será reaberto, amanhã (22), às 19 horas, por meio da exposição “O ouro verde”: uma mostra de fotografias do Instituto Brasileiro do Café (IBC)".

A exposição prosseguirá até o dia 30 de junho, na sede do Museu, câmpus-sede da Universidade. O MBP será reaberto após o período de higienização do acervo e, além disso, a mostra de fotografias também vai celebrar o tombamento da sede do Museu, ocorrido em 19 de dezembro de 2016.

Com o tombamento, o MBP passa a ser reconhecido como um dos bens históricos e culturais da cidade, pela Comissão do Patrimônio Histórico, da Secretaria Municipal de Cultura.

Essa exposição celebra publicamente o tombamento do Museu porque se trata de um instrumento legal de proteção e conservação da instituição, capaz de garantir a integridade física do órgão, e também inaugura uma nova fase na história do MBP, que é a utilização do sistema QR Codes nas peças do acervo.

O QR é um código de barras bidimensional que pode ser facilmente escaneado usando a maioria dos telefones celulares equipados com câmera. 

O emprego deste código faz parte dos planos de acessibilidade, inclusão social e digital, e de modernização do MBP, desde que a professora Sandra Pelegrini assumiu a coordenação do Museu, em 2011. Além disso, possibilitará, em curto e médio prazos, a integração do MBP nos roteiros turísticos municipais e também do Paraná.

A exposição de fotografias tem a curadoria de João Batista da Silva, de Sandra Pelegrini e de Janaína Cardoso de Mello, da Universidade Federal de Sergipe (UFS), em Aracajú. 

Na equipe de apoio estão William César Boing, Lucas Evangelista e Danilo Antenor. A mostra poderá ser visitada das 8 às 11 horas e das 13h30 às 17 horas. O agendamento para grupos e escolares poderá ser feito pelo telefone (44) 3011-4297 ou pelo e-mail sec-mbp@uem.br.

A exposição, que trará fotografias inéditas doadas pelo Instituto Brasileiro do Café (IBC), vai ser realizada graças ao financiamento da Caixa Econômica Federal. 

 

Jornal da Unicamp

 

Falando sobre a reabertura do Museu para visitações, por meio da exposição, Sandra Pelegrini diz que prefere se "manifestar como cidadã", pois “estou coordenadora do museu". Para ela, trata-se de uma questão mais ampla e que deveria envolver a todos, a comunidade externa de Maringá e a interna da UEM.

"Entendo que seja importante a reabertura do MBP, primeiro por que ele ficou fechado por força das circunstâncias, durante quase dois anos, embora tenha mantido exposições em outro locais. Segundo, porque a 'novidade' dessa exposição marcará a trajetória do MBP no sistema de inclusão digital", diz. 

As declarações da coordenadora foram dadas ao Informativo da Universidade Estadual de Campinas, a  ser publicada em julho. Na Unicamp, a professora atua por meio de um Grupo de Pesquisa.

Ao abordar a adoção do código de barras, ela afirma que isso permite aos visitantes o acesso direto pelo celular às informações e curiosidades sobre os temas e as peças expostas. "E, em breve, espero que seja expandido e que entre no circuito turístico da cidade, quiçá vá além disso! Para um museu que já teve um site, mas foi destruído por invasores e que sobrevive sem uma página no site oficial da UEM (com vistas a divulgação de suas atividades), será algo significativo, não?", salienta.

Ainda de acordo com Sandra, esse é apenas o primeiro passo de um projeto mais amplo de inclusão digital, que tem por objetivo adicionar outras informações nos códigos colocados nas peças do acervo. O segundo passo será o de inserir QR Codes trilíngues (português/espanhol/inglês), devido à proximidade com os países do Mercosul e dos congressos internacionais realizados na UEM.

Na avaliação da coordenadora, o acervo do MBP representa segmentos sociais e comunidades distintas de Maringá. Conforme ela, o museu não salvaguarda apenas as peças das elites maringaense e da Companhia Melhoramentos (responsável pelo loteamento do Norte do Paraná e doadora de cerca de 6 mil fotografias da época do desmatamento e fundação de Maringá). "Muito pelo contrário. O acervo reúne equipamentos do trabalho doados pelos moradores da área rural (sitiantes e agricultores cooperados e envolvidos com o micro indústrias familiares)  e urbana (dos setores de comércio e serviços), e também utensílios domésticos costumeiros da população da população de migrantes paulistas, mineiros, nordestinos que residiram ou ainda residem em Maringá, Paiçandu, Sarandi, Marialva, entre outras cidades do entorno", finaliza. 

 

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