Semana de Artes Visuais discute poéticas e ensino de arte

Ao discursar, na cerimônia de abertura, realizada no bloco I-12, câmpus universitário, a presidente da comissão organizadora do evento e coordenadora do curso de Artes Visuais, Regina Mesti, destacou a presença de alunos e professores, além do empenho dos envolvidos na preparação da Semana.
Na avaliação da coordenadora, o evento representa uma empreitada pela valorização do conhecimento. Ainda se referindo à Semana, Mesti disse que era um "momento de celebração do conhecimento e das trocas afetivas e cognitivas".
Ela destacou a nota 4 obtida pelo curso de Artes Visuais na primeira avaliação do Exame Nacional de Desempenho de Estudantes (Enad); anunciou o processo de criação do arte-mural, no câmpus-sede, a partir de fotos traduzidas em desenhos; e da preparação de um projeto de integração entre professores de artes visuais e da rede estadual de ensino, em parceria com o Núcleo Regional de Educação (NRE), a ser desenvolvido no Centro de Excelência em Atendimento à Comunidade, no Bosque 2.

A diretora de Extensão, Érica Cintra, lembrou que o curso de artes visuais demanda ação, empenho e sobretudo relação entre as pessoas. Conforme ela, esta relação humana, com base científica e acadêmica, é contagiante. Conforme a diretora, o evento marca também vários compromissos e conquistas e a UEM, além de se basear no ensino e na pesquisa, é "um motor de extensão", destacando que, apenas em 2016, são mais de mil projetos em execução nesta área.

A chefe do Departamento de Teoria de Prática da Educação, Eliane Maio, ao falar que o curso de artes visuais está hospedado no DTP, disse que suas demandas são grandes, porém seu "encanto é muito maior". Eliane parabenizou os organizadores do evento, especialmente pelo "afeto acolhedor", e agradeceu a parceria do Núcleo Regional de Educação, acrescentando, ainda, a importância de ter a Secretaria de Educação nesta parceria.

A pró-reitora de Extensão e Cultura, Itana Gimenes, citou as dificuldades junto ao governo estadual, principalmente em relação à falta de recursos financeiros e à carência de espaço físico; disse que a administração central tem conhecimento das dificuldades enfrentadas pelos vários cursos de graduação; informou que a conclusão das obras do Restaurante Universitário está próxima; disse que a praça de convivência vai transformar a vida cotidiana no câmpus-sede; e afirmou que a política cultural em elaboração permitirá o resgate das ações culturais na instituição.

A pró-reitora de Ensino, Ana Obra, enalteceu a existência do curso de artes visuais na UEM; agradeceu a dedicação dos professores colaboradores; lamentou a aridez de artes no Brasil, em contraste à abundância deste cenário em países como a França; e informou sobre a realização de um fórum, no dia 28 de abril, para promover a integração do ensino, a pesquisa e a extensão.

A diretora-adjunta do Centro de Ciências Humanas, Letras e Artes, Maria Célia Passetti, ressaltou os desafios envolvendo a escassez de verba e a grande demanda gerada no CCH pela criação dos cursos mais novos, entre eles o de artes visuais. De acordo com a diretora, a realização do evento é uma resposta a estas dificuldades existentes.
O vice-reitor Júlio Damasceno, fazendo uma interpretação livre da logomarca do evento, centrada no desenho de uma lâmpada e de um lápis, traçou um paralelo entre o mundo cada vez mais entregue à vontade do mercado financeiro e o contraponto feito pelas instituições de ensino superior, fomentadoras do conhecimento. Segundo ele, nesta via é que o curso de artes visuais "nos ajuda a encontrar sentido".

Após a solenidade de abertura, o professor Danillo Gimenes Villa, da Universidade Estadual de Londrina (UEL), fez a palestra "Desejos de Curadoria", sob a coordenação da professora Sheilla Patrícia Dias de Souza, do curso de artes visuais da UEM. Outras informações sobre a 3ª Semana de Artes Visuais podem ser obtidas no site www.artesviausisuem.com