As duas chapas que disputam a preferência dos votos da comunidade universitária da UEM avaliaram positivamente o debate organizado pelas entidades representativas do corpo docente, discente, e técnico-administrativo. O debate ocorreu ontem (11) à noite, nas dependências do Restaurante Universitário, sob mediação do jornalista Marçal Siqueira e com a participação dos candidatos a reitor e a vice-reitor pela Chapa 1, Mauro Luciano Baesso e Julio Damasceno; e pela Chapa 2, Júlio Santiago Prates Filho e Neusa Altoé .

Todos os candidatos ressaltaram o bom nível do debate, que se restringiu à apresentação de idéias e propostas, sem ofensas pessoais. “Pontos relevantes foram discutidos e creio que serviram para que a comunidade universitária tenha argumentos para fazer a sua escolha”, frizou Baesso.

Damasceno falou sobre a importância da apresentação de propostas em processos eleitorais como o da UEM, apenas lamentou o fato de o calendário eleitoral, por ser curto, não permitir a realização de outros eventos como esse. “O ideal é que tivéssemos pelo menos quatro debates temáticos”, opinou. “O momento do voto é sempre muito importante e numa época em que o processo político no País se mostra tão contaminado, a Universidade dá o exemplo, discutindo propostas”, declarou Damasceno, defendendo a liberdade de escolha dos eleitores. “Não pedimos votos, apresentamos idéias”, disse.

Além de avaliar o debate como excelente e parabenizar as entidades promotoras, Prates Filho, candidato a reitor pela Chapa 2, destacou que o grande mérito da iniciativa é a ampliação do processo democrático, abrindo espaços igualitários para que cada candidato apresente seu programa para a Gestão 2010/2014 da UEM. A candidata a vice pela Chapa 2, Neusa Altoé, também se declarou contente com o debate de idéias e não de ataques pessoais. “É um sinal de que a comunidade Universitária está mais madura”.

Para o professor Wilson Rinaldi, presidente da Associação dos Docentes da UEM, uma das entidades promotoras do evento, o formato escolhido oportunizou a apresentação de propostas. Mas declarou que poderia haver um pouco mais de embate a respeito dos temas discutidos e desse modo apresentar as diferenças entre as candidaturas. “Sem isso, deixou transparecer a similaridade entre as propostas”, disse.

Stephano Faria Nunes, coordenador geral do Diretório Central dos Estudantes, disse que os candidatos pareceram bem preparados para responder as questões. Porém, ele critica a sistematização do debate, que comprometeu a participação da plenária e também dos candidatos. O foco da crítica foi o tempo curto, para as perguntas e respostas.

Já o diretor da Associação dos Funcionários da UEM, Renato Aparecido dos Santos, reclamou da falta de objetividade dos candidatos, mas destacou a boa organização do evento.

Para o professor Luciano Gonsalves Costa, diretor do Sindicato dos Docentes da UEM, chamou a atenção o fato de as cotas, tema que até pouco tempo estava em discussão no âmbito interno da Universidade, às vezes com restrições, apareceram incorporadas aos programas das duas chapas. “Sinal de que já assimilamos a idéia das cotas, que hoje é uma política institucional”.

Com duas horas e vinte minutos de duração, o debate foi formatado em quatro blocos, começando pela apresentação das chapas, com a concessão de cinco minutos para falar. No bloco seguinte, as entidades promotoras formularam perguntas aos candidatos, englobando os seguintes temas: educação na instituição pública universitária, administração e planejamento; gestão de pessoas, UEM no cenário nacional e internacional; e projeto político para a UEM.

No terceiro bloco os candidatos responderam às perguntas da plenária. Foram seis perguntas. O último bloco foi dedicado às considerações finais dos candidatos.

banner mec fixo portaria 879 2022

uem tv