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Pesquisadores da UEM descobrem mais de 50 novas espécies no Rio Paraná

Pesquisadores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no Noroeste do Paraná, catalogaram mais de 50 novas espécies de organismos e micro-organismos no Rio Paraná durante os últimos 30 anos de trabalho,conforme matéria do portal O Bemdito.

A mais recente descoberta, publicada no periódico científico Acta Protozoologica no início deste ano, foi a ameba (animal unicelular) Gandalfi, que ganhou esse nome por ter a capacidade de construir uma carapaça para se proteger, bem parecida com o chapéu pontiagudo do conhecido bruxo do Senhor dos Anéis, série criada pelo escritor inglês J.R.R Tolken (1892-1973).

O biólogo Carlos Eduardo Aguiar Soares, mestre em Ecologia e Ecossistemas Aquáticos pela UEM, foi um dos responsáveis pelo achado. “Encontrei a espécie enquanto fazia pesquisas para a universidade no Rio Paraná no ano de 2012. Nunca tinha visto nada igual. Assim que descobri, fiz a análise óptica do microrganismo e revisei toda a literatura científica atrás de algo parecido”, relata.

Quando percebeu que o micro-organismo era novo, Soares encaminhou uma amostra para Daniel J. G. Lahr, professor do Departamento de Zoologia do IB-USP, que trabalha com taxonomia, nome dado ao processo de descrição de novos organismos. Lahr, na ocasião, disse que o achado poderia ser algo novo, mas que ele ainda precisava de mais exemplos. Nos anos seguintes, no entanto, ele recebeu outras amostras de pesquisadores que encontraram micro-organismos parecidos em Minas Gerais, Tocantins, Amapá e Rio de Janeiro.

Com um grande volume de amostras em mãos, ele e sua equipe conseguiram descrever a nova criatura e colocá-la na lista de espécies catalogadas pelo ser humano.

Área especial
A nova ameba foi descoberta no Rio Paraná, no trecho entre a Usina Hidrelétrica de Porto Primavera e a Usina Hidrelétrica de Itaipu. A região, segundo o pesquisador Luiz Felipe Machado Velho, do Núcleo de Pesquisas em Limnologia, Ictiologia e Aquicultura (NUPELIA) – grupo focado de pesquisas – é rica em biodiversidade e por isso foi considerada prioritária para conservação pela Unesco, de tão especial. 

Muito a ser explorada
Velho, que também foi orientador de Soares no mestrado, conta que a região ainda tem muito a ser explorada. “Existem muitas espécies por aqui. Sabemos que são novas, mas ainda precisam ser descritas. Tem peixes, parasitas e muitos outros micro-organismos”, destaca.

As informações são do portal O Bemdito

http://tnonline.uol.com.br/noticias/cotidiano/67,406901,22,03,pesquisadores-da-uem-descobrem-mais-de-50-novas-especies-no-rio-parana.shtml