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Mulher é encontrada morta em prédio inacabado dentro do campus da UEM

Corpo era de uma jovem e tinha sinais de apedrejamento, diz delegado.
Vítima foi encontrada no bloco F-90, com construção parada desde 2014.

Do G1 PR, em Maringá

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Bloco está com construção parada desde o 1ª semestre de 2014, diz responsável. (Foto: Bruno Favaro/RPC)Bloco está com construção parada desde o 1ª semestre de 2014, diz responsável. (Foto: Bruno Favaro/RPC)

O corpo de uma mulher foi encontrado na tarde desta terça-feira (3) em um prédio inacabado dentro do campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná. Até as 17h, a identificação ainda não havia sido concluída pela Polícia Civil.

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Segundo a universidade, um vigilante se deparou com o corpo no quarto andar do Bloco F-90, pertencente ao Departamento de Química, que tem obra parada desde primeiro semestre de 2014, segundo a construtora responsável.

A mulher, uma jovem loira, com cerca de 1,65 metro, tinha sinais de apredrejamento na cabeça, com afundamento de crânio, conforme os peritos. A Polícia Civil estima que o corpo estava escondido no local há mais de um dia, devido ao estado de decomposição.

O delegado de Homicídios, Diego Elias de Freitas Rodrigues de Almeida, diz que a vítima era usuária de drogas. "Encontramos várias evidências de uso de crack, o que significa que o pessoal estava usando o local para isso", afirma o delegado.

O vice-reitor da universidade, Júlio César Damasceno, lamentou a morte. "Sem dúvida, é um fato lamentável que vem acontecer no campus da Universidade Estadual de Maringá. É uma pessoa que perde a vida, independentemente do local, é muito triste que isso aconteça. Isso reflete um problema da nossa sociedade - isso acontece aqui dentro, como acontece lá fora", comentou.

Damasceno admite que a quantidade de obras inacabadas na UEM propicia o uso de drogas e, por consequência, homicídios ligados a isso.

"São espaços propícios para o mau uso. De fato, temos várias construções que não estão acabadas no campus. São espaços que podem ser transpostos a qualquer hora, mesmo com nossa vigilância fazendo ronda sempre. Mas, não adianta: o indíviduo que quer invadir um espaço desses tem vários momentos para invadir, porque não há condição de vigiar tudo".

 

http://g1.globo.com/pr/norte-noroeste/noticia/2015/02/mulher-e-encontrada-morta-em-predio-inacabado-dentro-do-campus-da-uem.html