Imprimir

Exposição apresenta xilogravura maringaense

Exposição apresenta xilogravura maringaense

Publicado em 02/12/2014 |
Obras da exposição "Xilógrafos", em cartaz na Acim (Foto: Renata Mastromauro)

A arte milenar da xilogravura pode ser admirada em uma exposição que está em cartaz na Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim). A mostra traz trabalhos de 11 artistas membros do Grupo Xilógrafos de Maringá, que nasceu de um curso livre de extensão ministrado pelo artista Leonil Lara, por meio da Divisão de Artes Plásticas e Cênicas da Diretoria de Cultura da Universidade Estadual de Maringá (DCU-UEM). 
 
A xilogravura, que constitui em figuras impressas em papel utilizando matrizes de madeira, ganhou notoriedade na China antiga, quando seus primeiros livros começaram a ser produzidos. No Japão, a técnica era usada para a confecção de seus talismãs e, na Europa, para ilustrar livros. No Brasil, a literatura de cordel nordestina se encarregou de popularizar a técnica, ainda muito empregada por ser barata e eficiente.
 
Ainda está difícil de entender? Então clica no play – e aproveita a trilha sonora pra ler o resto da matéria:
 
 
Desde março deste ano, os artistas se encontram uma vez por semana na UEM para aprender sobre a história e a técnica da xilogravura. As obras em exposição foram criadas durante o curso, baseadas no poema Xilo da velha gravada, de autoria do mentor das oficinas. Leonil Lara é ator, diretor, dramaturgo, artista plástico e agitador cultural em Maringá desde que trocou o Rio de Janeiro pela Cidade Canção, em 1975. Atualmente, é presidente da Associação dos Artesãos de Maringá e coordenador do teatro de bonecos da UEM, o Grupo Pau de Fita. 
 
“Criei toda a minha família com recursos que consegui pela arte, e quero passar isso adiante porque não sou eterno. Quero que as pessoas deem continuidade a esse trabalho por aqui”, diz Lara, que pratica a arte da xilogravura há mais de 50 anos. O primeiro registro da utilização da técnica em Maringá é dele, que em 1986 criou um cartaz para a Federação Independente do Teatro Amador do Paraná (Fitap). Infelizmente, das 300 cópias feitas na época, não restou nenhuma. “Não sei onde foram parar. Se perderam no tempo”, conta Lara.
 

Leonil Lara em oficina de xilogravura na UEM (Foto: arquivo pessoal)

A exposição, uma parceria entre a Acim e o Instituto Cultural Ingá (ICI), ficará no hall da instituição até 30 de janeiro. Na primeira semana do próximo ano, porém, os trabalhos serão substituídos por novas obras dos mesmos artistas, que mostrarão suas temáticas particulares em criações individuais. 
 
As inscrições para a próxima turma do curso de xilogravura da UEM já estão abertas. Mais informações pelo telefone (44) 3011-3880.