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O “polo norte” do Paraná

Focada nos serviços, Maringá arranca vomo centro de consumo do interior do Estado

Maringá é uma cidade feliz. Quem garante são os próprios moradores que, desde 2005, respondem mensalmente uma pesquisa feita pela Associação Comercial e Empresarial de Maringá (Acim) em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM). Não raro, o grau de felicidade chega a ser 9 – numa escala que varia de 0 a 10. Não é por acaso. Situada no norte do Paraná, Maringá vem se consolidando como um dos principais polos de desenvolvimento econômico fora do eixo urbano, que vai da região metropolitana de Curitiba até Ponta Grossa, no sul do Estado. Tem infraestrutura de cidade grande, mas preserva traços de cidade pequena. Uma pesquisa do Instituto de Pesquisa Econômica e Aplicada (Ipea) já apontou Maringá como a cidade mais segura do Brasil, com índices de criminalidade ínfimos, comparáveis aos de Amsterdã, na Holanda.

consumo-pr-350Cidade planejada, fundada em 1947, Maringá é o terceiro município mais populoso do Paraná, com 362 mil habitantes. Polo de uma região macroeconômica O “polo norte” do Estado que abrange 25 cidades, tem economia centrada na prestação de serviços – o que notadamente se reflete num ritmo acelerado de expansão do mercado consumidor local. Segundo o IPC marketing, Maringá foi a cidade cujo potencial de consumo mais cresceu no Paraná, entre 2011 e 2012. O índice, que no ano passado era de R$ 6,5 bilhões, saltou em 2012 para R$ 7,8 bilhões – nada menos que R$ 1,3 bilhão de aumento. Ao mesmo tempo, foi a cidade  paranaense que mais avançou no percentual de participação no consumo nacional: alta de 0,02 ponto percentual (20,7%).

Claudio Tadeu Batistela, secretário de Desenvolvimento Econômico do município, explica que Maringá possui um complexo produtivo bastante diversificado, com destaque para a prestação de serviços, comércio e indústria. “Temos, por exemplo, 19 parques industriais. A vocação e as oportunidades de investimento estão representadas principalmente pelos setores metal-mecânico, agroindustrial e de vestuário”, afirma. Na área do vestuário, a oferta dos atacadistas tem atraído cada vez mais compradores de outras regiões,  fortalecendo o turismo de negócios.

Para conquistar o patamar atual, a cidade se baliza desde 1997 pelo Programa de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Prodem). Com ele, as empresas passaram a contar com incentivos fiscais – como isenção do ISSQN incidente sobre o projeto de construção, isenção de IPTU e auxílio da prefeitura para execução de obras de infraestrutura primária em terrenos destinados à implantação de empreendimentos. Em março, Maringá registrou o melhor saldo de geração de empregos do interior do Paraná, conforme balanço do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), com a criação de 1,4 mil postos de trabalho.

Força no serviço

Apesar da inegável importância da indústria, Joilson Dias, professor da UEM e fundador do Conselho de Desenvolvimento Econômico de Maringá (Codem), ressalta que a força econômica do município está, mesmo, é no setor de serviços. “Temos notado a participação
maior da indústria no PIB, chegando a uns 20%. Mas os serviços representam hoje até 35% da economia”, avalia. Segundo ele, as atividades econômicas da cidade cresceram na ordem de 150% desde o ano 2000. “Isso se reflete no PIB e no poder de compra das pessoas”, destaca. Ele lembra, ainda, de um plano de desenvolvimento feito entre 1994 e 1996, que prevê, no longo prazo, transformar a cidade em um polo de saúde, educação e tecnologia. “Hoje, essas conquistas estão bastante avançadas”, garante o professor.


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