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UEM tem programa para reduzir evasão

 alt De acordo com dados do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira (Inep), em média, dois em cada 10 universitários desistem do curso superior que iniciaram, sendo que os cursos com maior índice de evasão são Processamento da Informação (36%), Marketing (35%) e Ciências da Computação (32%), contudo a lista muda conforme o estado e a universidade.

Os índices de evasão não são os mesmos em instituições públicas e privadas, pois enquanto as públicas ficam com a taxa em torno de 15%, nas particulares a média é de 26%.


Ao que tudo indica, o principal motivo para a diferença são os problemas financeiros, porque embora esse quadro esteja mudando por causa do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies), ainda é comum que cursos com mensalidade mais alta, mesmo que mais concorridos no vestibular, tenham maior índice de desistência nas instituições particulares.


Embora as instituições de ensino não divulguem os números oficiais, é consenso entre ¬reitores e coordenadores que os cursos que têm mais vagas remanescentes são aqueles com menor procura no processo seletivo.


Ainda conforme o estudo, dentre os motivos para a desistência estão: a dificuldade do curso, os problemas financeiros para o aluno se manter na universidade e a vocação do estudante, que muitas vezes só percebe que fez a escolha errada depois de cursar alguns períodos.


No caso de problemas financeiros, não existe um curso que seja mais afetado, já que a desistência depende diretamente da condição socioeconômica de cada estudante.


EXEMPLOS QUE DERAM CERTO

Uma experiência adotada pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), onde em média desistem 700 alunos anualmente, reverteu o quadro de evasão nos cursos de Exatas.

Em cinco anos, a taxa caiu de 90% para 50%. Para chegar a esse resultado, a instituição adotou um programa chamado Proinício, que oferece aulas de reforço para alunos do primeiro ano que tenham dificuldade em Matemática e Física.


A atividade não é obrigatória, mas quem acha que não teve uma boa base no ensino básico pode participar e as aulas são dadas pelos professores do primeiro ano das graduações.


Conversas de incentivo entre professores e alunos também fazem parte da iniciativa, pois os estudantes têm a oportunidade de explicar os problemas que enfrentam.

Para evitar o abandono, a Universidade Federal do Paraná (UFPR) criou o Repensando a Escolha, programa de reorientação vocacional, que ajuda o estudante a perceber o que o desestimula, como pode melhorar isso e como escolher um novo curso, caso seja necessário.

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