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Professores ligados ao Adunicentro mantêm greve na Unicentro

Em uma assembleia realizada nesta sexta-feira (19), todos os docentes decidiram por continuar de braços cruzados, entendendo que a proposta de reajuste do governo não contempla pontos fundamentais da pauta específica das universidades

Professores se reuniram no campus Santa Cruz, em Guarapuava, com a ponte em Irati por videoconferência (Foto: Ágata Neves)

Em uma assembleia realizada nesta sexta-feira (19), professores ligados ao Sindicato dos Docentes da Unicentro (Adunicentro) decidiram manter a greve na Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro). A votação ocorreu no campus Santa Cruz, em Guarapuava, e por videoconferência, em Irati.

Essa decisão acompanha entidades sindicais da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que também rejeitaram a proposta de reajuste colocada na mesa pelo governador Carlos Massa Ratinho Jr.

A tendência é que com isso se crie um movimento grevista das Instituições Estaduais de Ensino Superior (IEES), que possuem pautas específicas que ainda não foram atendidas pelo governo do Paraná.

“A tendência é que fiquem em greve apenas as universidades estaduais, principalmente os sindicatos de professores”, afirmou o presidente do Adunicentro, Geverson Grzeszczeszyn, pontuando que isso foi ressaltado pela suspensão da greve da APP e dos demais sindicatos não universitários.

Agora, a mobilização será no sentido de conquistar pontos importantes da pauta do ensino superior, como a nomeação dos aprovados em concursos públicos, a abertura de mais processos seletivos e o arquivamento do Projeto de Lei Complementar (PLC) n° 4/2019 e da Lei Geral das Universidades (LGU).

“Temos toda a nossa pauta, que não foi atendida em sua plenitude, mas com foco especial sobre a LGU. Nós insistimos que ela é prejudicial para as universidades de modo geral, e deve ser arquivada pelo governo”, explica.

Professores ligados ao Adunicentro votaram pela manutenção da greve (Foto: Ágata Neves)

BALANÇO

Geverson avalia que a paralisação na Unicentro ganhou corpo com o tempo, e reconheceu que o movimento grevista estadual teve conquistas importantes, como a própria proposta de reajuste salarial em um momento em que o governo estava irredutível.

“Ele [Ratinho Jr.] não falou em arquivamento do PLC, mas falou em retirada, então já são avanços que o movimento de greve conquistou”.

SINTESU

Na última quarta-feira (17), professores e agentes universitários ligados ao Sindicato dos Trabalhadores do Ensino Superior da Unicentro (Sintesu) optaram em assembleia por suspender a greve que havia começado em 27 de junho.

A decisão unânime levou em conta a proposta de reajuste salarial colocada na mesa pelo governador Carlos Massa Ratinho Jr., garantindo uma reposição parcelada de 5%,com 2% liberados em janeiro de 2020. A previsão é que o restante seja pago em 2021 e 2022, com 1,5% em cada ano.

“Houve um certo avanço”, acredita Danny Jessé Nascimento, presidente do Sintesu, acrescentando que em um primeiro momento a administração não iria dar nenhum reajuste. “A retirada do PLC talvez seja o maior dos avanços”.

https://www.correiodocidadao.com.br/noticia/professores-ligados-ao-adunicentro-mantem-greve-na-unicentro