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Paralisação contra reforma da Previdência mobiliza mais de 360 cidades em todo o Brasil

Terminal de Sorocaba (SP) vazio nesta sexta-feira, 14. Foto: Twitter CUT-SP

A greve desta sexta-feira, 14, contra a reforma da Previdência, registrou paralisações e protestos em todos os Estados e no DF. De acordo com levantamento das Centrais sindicais, as manifestações aconteceram em mais de 360 municípios.

Metroviários, ferroviários, motoristas de ônibus, professores, operários da indústria, comerciários e diversas outras categorias cruzaram os braços.

Em alguns locais houve bloqueio de vias e manifestações em repúdio ao projeto de Bolsonaro, que acaba com o direito dos trabalhadores de se aposentarem.

Nesta sexta-feira, durante a paralisação, as Centrais Sindicais reforçaram que as mobilizações contra a PEC 06 irão continuar, uma vez que as mudanças do projeto feitas pelo relator não são suficientes.

Leia:

Para Centrais, “não adianta tirar capitalização e manter idade mínima”

Veja, abaixo, onde ocorreram paralisações e protestos nesta sexta-feira:

REGIÃO NORDESTE

Maranhão

Paralisação dos petroleiros, rodoviários, bancários, professores de escolas estaduais e da Universidade Federal do Maranhão.

Ônibus não saíram da garagem na manhã de hoje em São Luis. Foto: Divulgação

Piauí

Greve dos servidores federais, municipais e estaduais, trabalhadores da construção civil, trabalhadores rurais e professores e funcionários da Universidade Federal do Piauí, Universidade Estadual do Piauí e Instituto Federal do Piauí.

Ceará

Paralisação do transporte coletivo na parte da manhã. Trabalhadores realizaram protestos e bloqueio de avenida em Fortaleza. Também na capital, escolas públicas não abriram.

Rio Grande do Norte

Paralisação no início da manhã. Houve também bloqueios em ruas, avenidas e rodovias.

Pernambuco

Em Pernambuco, metroviários paralisaram o serviço. Foto: CNTL

Paralisação de motoristas e cobradores de ônibus e do VLT. Trens funcionaram parcialmente. Escolas públicas não funcionaram e servidores do INSS não foram trabalhar.

Também foi registrada paralisação nos serviços dos Correios; enfermeiros; bancários; metalúrgicos; químicos; portuários; trabalhadores rurais; eletricitários e urbanitários.

Paraíba

Professores e trabalhadores das redes de ensino municipais, estaduais, federais e particulares aderiram à greve. No início da manhã, houve protestos nas garagens de ônibus.

Sergipe

Ônibus não circularam pela manhã. Houve protestos nas garagens das principais empresas.

Alagoas

Os rodoviários em Maceió atrasaram em 2 horas a saída dos ônibus, acatando decisão judicial de manter 70% da frota funcionando. Também houve protestos em rodovias federais e estaduais. Houve, também, paralisação na porta do CEPA, maior complexo educacional de Alagoas, em Maceió.

Protesto em frente ao CEPA (Centro Educacional de Pesquisa Aplicada). Foto: Divulgação

Bahia

Motoristas e cobradores pararam os ônibus e trens de Salvador. Houve também paralisação de petroleiros, professores de universidades, ensino estadual e municipal.

ônibus não saíram da garagem de Salvador. Foto: Reprodução CUT

São Paulo

Na capital, houve paralisação dos metroviários, e greve parcial dos motoristas de ônibus, que atrasaram a saída das garagens. Também aderiram à greve bancários, professores de escolas públicas. Em Santos, houve bloqueios na entrada da cidade e os trabalhadores fizeram uma caminhada pelo centro. Em Sorocaba, no interior do Estado, motoristas e cobradores de ônibus não saíram de nenhuma garagem das empresas de transporte público.

Em São José dos Campos, Taubaté e Jacareí, os motoristas e cobradores pararam o transporte público.

Estação de Metrô fechada em São Paulo. Foto: CUT-SP

Rio de Janeiro

Escolas e universidades não funcionaram nesta sexta-feira, e bancos operaram parcialmente. Protestos contra a reforma da Previdência foram reprimidos pela Polícia Militar.

Espírito Santo

Aderiram à greve professores, bancários, profissionais da saúde, transportes e servidores estaduais e federais.

Minas Gerais

Em Belo Horizonte, estações do Metrô amanheceram fechadas e foram realizados protestos em várias vias da cidade.

REGIÃO SUL

Paraná

Universidades e escolas do Paraná tiveram paralisações nesta sexta-feira. As aulas foram suspensas na Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste), em Foz do Iguaçu e Cascavel, na Universidade Federal da Integração Latino-Americana (Unila), na Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e na Universidade Estadual de Maringá (UEM).

Houve ainda paralisação no transporte. Garagens de ônibus de Curitiba e outras cidades da região metropolitana amanheceram fechadas.

Rio Grande do Sul

No início da manhã houve protestos em frente às garagens de ônibus e nas rodovias. Manifestações e piquetes foram violentamente reprimidos pela Brigada Militar que prendeu 54 pessoas.

Além da capital, onde as empresas paralisaram no início da manhã, pelo estado houve também greve de diversas categorias, como petroquímicos, petroleiros, professores e servidores públicos.

Santa Catarina

Greve dos motoristas de ônibus parou o transporte na capital, Florianópolis, e em Blumenau. Houve paralisação também dos funcionários dos Correios e os servidores públicos. Trabalhadores realizaram também manifestação e paralisações em Joinvile, Itaberaba, Caxambu do Sul e Chapecó.

REGIÃO CENTRO-OESTE

Brasília

A capital federal amanheceu vazia nesta sexta-feira, com os serviços de transportes totalmente paralisados desde as 5h. Os funcionários da Rodoviária do Plano Piloto também não trabalharam. Além dos coletivos, o BRT também suspendeu as atividades.

Mato Grosso

Atraso na saída dos ônibus em Cuiabá e Várzea Grande, e paralisação parcial nas escolas estaduais.

Mato Grosso do Sul

Paralisação parcial dos transportes e da construção civil.

Goiás

Paralisação parcial dos motoristas dos ônibus que atrasaram a saída das garagens, e também houve greve em escolas estaduais e municipais

REGIÃO NORTE

Amazonas

Greve dos petroleiros e dos professores da Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Roraima

Greve dos professores da Universidade Federal de Roraima. Também aderiram ao movimento ao menos 26 escolas estaduais. Trabalhadores fizeram ainda bloqueio de vias, em protestos contra a PEC da Previdência.

Amapá

Aderiram à greve os professores e funcionários da Universidade Federal do Amapá e também de escolas estaduais e municipais.

Pará

Houve greve parcial de ônibus. Bancos não abriram. A greve também mobilizou os professores e funcionários de universidades e escolas públicas.

Trabalhadores do Porto e do Terminal Petroquímico de Miramar, da Companhia Docas do Pará, também pararam. Paralisaram as atividades de descarregamento de navios de combustíveis, carregamento de caminhões de diesel, gasolina, e derivados de petróleo para abastecimento de postos, além do envasamento e carregamento de caminhões para distribuição de gás de cozinha.

Bancária em greve no Pará. Foto: CUT-PA

Tocantins

Greve na Universidade Federal de Tocantins

Rondônia

Greve dos funcionários em Educação e manifestação pelas ruas de Porto Velho.

Acre

Manifestação de trabalhadores no centro de Rio Branco.

https://horadopovo.org.br/paralisacao-contra-reforma-da-previdencia-mobiliza-mais-de-360-cidades-em-todo-o-brasil/