Umuarama - Depois dos protestos e greve dos universitários do Campus de
Ciências Agrárias da Universidade Estadual de Maringá (UEM) em Umuarama,
a vice-reitora Neusa Altoé se reuniu com os alunos na manhã de ontem. O
encontro foi no “Campus Fazenda”, com mais de 300 alunos presentes.
Segundo a presidente do Conselho dos Estudantes e universitária de
Medicina Veterinária, Mayara Mori, a reitoria da UEM informou na reunião
que os professores colaboradores continuam até dezembro e a resolução
106, que determinava a retirada dos educadores, será revista. “Os
professores prosseguem, mas não quer dizer que permanecerão no próximo
ano”, ressaltou.
Na questão professor de Anatomia para o curso de Veterinária, a reitora
Neusa garantiu a contratação do profissional. Na última semana, em meio
aos protestos, os estudantes de Veterinária informaram à reportagem que
durante todo o primeiro semestre os universitários do 1º ano não tiveram
aula da disciplina. “A promessa é de que em 45 dias a UEM contrate um
professor para Umuarama”, disse a universitária.
Entre as pautas de reivindicação discutidas ontem, também estava o
funcionamento do Restaurante Universitário (RU) no Campus Fazenda.
Segundo os universitários, muitos estudantes gastam mais de R$ 10,00 por
dia só de condução para chegar ao Campus, além do almoço diário. Neste
assunto a ficou estipulado um prazo de 60 dias, após o levantamento dos
alunos que precisarão das marmitas, para começar a servir as refeições.
Avice-reitora ressaltou que, além dos cerca de R$ 4,6 milhões que o
Campus Regional de Umuarama recebeu neste ano, oriundos do governo do
Estado, está previsto o repasse de R$ 1 milhão. A verba proveniente de
emenda parlamentar do deputado federal Osmar Serraglio. “Este recurso da
emenda será utilizado para a compra de equipamentos tanto pelo Campus
da Fazenda quanto pelo CTC na cidade”, ressaltou.
Para os representantes dos universitários a vinda vice-reitora para
Umuarama significa uma vitória para todos que participaram do protesto
realizado na última semana. “Só por meio da luta vamos conseguir
melhorar nossa estrutura. Agora vamos esperar os prazos, caso nada mude
vamos entrar em greve definitivamente”, noticiou Mayara.