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Estudantes protestam contra o corte de professores e extinção de cursos

Umuarama - Alunos dos cursos de Veterinária e Agronomia da Universidade Estadual de Maringá (UEM) - Campus Umuarama - tomaram a rodovia PR 323, ruas e avenidas de Umuarama rumo à Prefeitura protestando contra o corte de professores dos cursos. Ao fim do protesto, os universitários declaram greve até que o reitor Júlio Santiago Prates Filho se pronuncie.
Empunhando bandeiras pretas mais de 300 alunos começaram a movimentação no Campus Fazenda da UEM/Umuarama na manhã de ontem. Em uma plenária os universitários, movidos pelo medo de terem os cursos inviabilizados devido o corte de sete professores, partiram em carreata até a prefeitura para pedir a apoio do prefeito Moacir Silva.
Segundo Luan Ferro, estudante do curso de Agronomia, 50% dos professores que compreende os dois cursos foram cortados com uma resolução emitida pelo Conselho Administrativo da UEM (CAD). “O curso de agronomia deve ser composto com 21 professores, mas com os cortes vamos ficar com apenas 10 professores. Acredito no fechamento do curso em Umuarama”, disse.
Ferro disse que como ele, os demais alunos escolheram a UEM por ser a melhor faculdade do Paraná, porém hoje os alunos começam a duvidar do título. “Os professores estão tirando do bolso para comprar material de laboratório, nossa estrutura é precária e o que temos está se deteriorando. Essa situação é vergonhosa para melhor faculdade do Paraná”, ressaltou.
Após percorrerem o centro da cidade pedindo apoio da comunidade, os estudantes foram recebidos pelo prefeito Moacir Silva em seu gabinete. Silva declarou o apoio aos alunos, como também está trabalhando junto com as forças políticas para buscar melhorias para o Campus Fazenda. Para o prefeito, além da qualidade dos profissionais formados nos cursos da UEM, a universidade ajuda a movimentar a economia do município.
Em uma nova assembleia, que será realizada hoje, os estudantes de Veterinária e Agronomia emitirão a pauta de reivindicações para a reitoria em Maringá. No encontro também explicado aos demais alunos o motivo da greve geral no Campus Fazenda. “Estamos em greve até que o reitor perceba a existência do Campus de Umuarama. Hoje vamos nos reunir para traçar metas”, disse a estudante Mayara Mori.
Em nota, a assessoria de impressa da UEM informou que a vice-reitora, Neusa Altoé, se pronunciará amanhã, após os alunos de Umuarama entregarem a pauta de reivindicações.
 

Estrutura defasada
Os alunos também estão se mobilizando devido à precariedade de algumas instalações do Campus Fazenda da UEM em Umuarama. Além da necessidade de professores efetivos, os entrevistados contam que o hospital veterinário tem problemas no setor que atende grandes animais e sua estrutura está defasada. Uma estrutura que era para ser usada como aviário está em ruínas, como também o anfiteatro está se deteriorando mesmo com verbas aprovadas para reforma. Na lista de problemas estão implementos e defensivos agrícolas abandonados e estragando com a ação do tempo. 

Democracia
Na pauta de reivindicação os alunos reclamaram da falta de democracia para a escolha do reitor da Universidade. Luan Ferro explicou que o peso do voto é dos professores, funcionários e alunos têm apenas 30% na representatividade na hora de contar os votos. “Pedimos qualidade na eleição de reitor. Nosso voto não tem peso”, disse.

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