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Calor faz consumo de água aumentar 23,4%

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  • 18/10/2014 às 02:00    -    Atualizado em 18/10/2014 às 02:00

  • Calor faz consumo de água aumentar 23,4%

  • Ana Luiza Verzola



Na quinta-feira, com 38,1°C, Sanepar distribuiu 100,7 milhões de litros na cidade
Sanepar descarta risco de desabastecimento, mas apela para o uso racional

A onda de calor nos últimos dias fez com que o consumo de água, em Maringá, aumentasse 23,4%. Na quinta-feira, quando os termômetros marcaram 38,1°C, a distribuição feita pela Sanepar foi de 100,7 milhões de litros, superando a média diária de 81,6 milhões de litros. Em plena primavera, a quantidade superou a maior média do ano, registrada no fim de janeiro, quando foram distribuídos 98,6 milhões de litros, por dia.

De acordo a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente 780 milhões de pessoas no mundo não têm acesso a água tratada. Esse número é quase o dobro da população dos Estados Unidos. Em São Paulo, a falta de água já atinge 13,8 milhões de pessoas em 70 municípios, sem contar a capital. Desse número, 38 cidades já adotaram o racionamento e três estão em situação de emergência e um em calamidade pública.

A Sanepar garante que, em Maringá, a situação está controlada. De acordo com o gerente regional da companhia de saneamento, Valteir Galdino da Nobrega, o aumento no consumo é pontual. "Investimos muito nos últimos anos para garantir água em quantidade e qualidade suficientes para atender o aumento da demanda da população, principalmente, em períodos de calor intenso e de estiagem", pontua. Ele descarta o risco de falta de água na cidade, mesmo com as temperaturas cada vez mais elevadas, mas destaca a importância do uso racional da água.

Se um banho de ducha, com duração 15 minutos, gasta em torno de 135 litros de água, em casa, e até 243 litros, em apartamento, em dois dias dessa semana o relações públicas João Gabriel da Silva, por causa da falta de água no prédio onde mora, teve um desafio à parte: tomar banho com 1,5 litro de água. "Chegar em casa após um dia de trabalho, depois da faculdade e não ter um copo de água para beber é uma das piores sensações já vividas, fomos pegos de surpresa", conta ele, que mora em uma república em Maringá. A água faltou aparentemente pelo comprometimento de uma adutora.

Uma das soluções do jovem foi buscar ajuda de amigos. "Imagino que as pessoas que passam por isso, em São Paulo, estão vivendo dias insustentáveis", observou. Silva tem o hábito de consumir somente o essencial em atividades corriqueiras, como evitar banhos demorados, lavar a louça sem que a água seja corrente ou escovar os dentes com a torneira fechada. "Diretamente vemos uma redução na conta de água, além de ter a consciência mais tranquila em relação ao desperdício de água", diz.

VOLUME
19,1 milhões de litros de água foram consumidos a mais em Maringá na quinta-feira.


HIDRATAÇÃO. Com os termômetros acima dos 38°C, a população, que se aventurou a andar a pé, recorreu ao consumo de sucos, água mineral e sorvetes na tentativa de se refrescar. —FOTO: RICARDO LOPES

Novo recorde de temperatura

Os termômetros não param de subir em Maringá. Pelo segundo dia consecutivo, a cidade registrou novo recorde de calor este ano. Ontem, entre as 15 e 16 horas, a temperatura máxima chegou a 39°C, na Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), e a 38,3°C, na Estação do Instituto Tecnológico Simepar. A diferença ocorre, porque as medições são feitas em pontos distintos.

As temperaturas registradas, ontem, estão próximas das marcas históricas. Desde 1999, ano em que iniciou as medições, em Maringá, o maior registro do Simepar foi de 38,4°C, em 30 de outubro de 2012. Já na Estação da UEM, que mede a temperatura na cidade, desde 1976, os termômetros chegaram a 40°C no dia 17 de novembro de 1985.

"É bem provável que os recordes históricos sejam batidos, porque a previsão ainda é de muito calor", diz a meteorologista do Simepar, Vanessa D'Ávilla.

Apesar do calor intenso, Maringá está longe do topo da lista de cidades mais quentes do Paraná. Ontem, as maiores temperaturas foram verificadas na região oeste. Santa Helena registrou 41,1°C; e Palotina, 40,6°C. No noroeste, a recordista foi Cianorte, com 39,8°C. /// Rosângela Gris/odiario.com

MUDANÇA DE HÁBITO ECONOMIZA

Um estudo elaborado por alunos do Centro Universitário de Maringá (Unicesumar), sobre o uso consciente da água pelos estudantes mostra que 80% dos jovens deixam o chuveiro ligado durante todo o tempo de duração do banho; 50% demoram de seis a dez minutos; e 17% ficam mais de 15 minutos no chuveiro. Se a pessoa que toma banho em 15 minutos reduz em cinco minutos o tempo com o registro aberto, o consumo cai de 135 para 45 litros. Uma forma de economizar mais é substituir a ducha por chuveiro elétrico: o consumo cai para 15 litros. As recomendações incluem evitar o péssimo hábito de "varrer" a calçada com a água.

No caso de piscinas plásticas, a própria Sanepar dá algumas dicas, como cobrir a piscina quando não estiver em uso, evitando dessa forma que sujeiras caiam na água e também que a incidência da luz solar provoque a eutrofização, processo que provoca a proliferação de algas na água e a aparição de outras bactérias. Esse ato também evita a proliferação do mosquito da dengue.

Outra dica é evitar o descarte diário da água da piscina: para manter a qualidade do reservatório, o morador pode adicionar uma colher de água sanitária comum por metro cúbico de água, processo que pode ser repetido uma vez a cada quatro dias, mantendo a água em uma condição adequada por até 20 dias. É possível ainda que essa água seja reutilizada. /// Ana Luiza Verzola

REAPROVEITAMENTO SUSTENTÁVEL

Na sede da Justiça Federal, em Maringá, desde março deste ano há um sistema de reaproveitamento de água dos aparelhos de refrigeração de ar e da chuva. Só de ar-condicionado são 42 equipamentos - em horário de pico é possível coletar até 15 litros, por hora. A água fica estocada em uma caixa no subsolo, após passar por um sistema caseiro de filtragem, feito com cascalho e areia. "Não é sofisticado. É bem rústico, mas funciona. Reaproveitamos a água para molhar as plantas e lavar a calçada", diz o diretor administrativo Aparecido Donizete Silva. O investimento foi de R$ 4.530,14.

A média de consumo caiu de 116,87 metros cúbicos (unidade de medida equivalente a mil litros a cada metro cúbico) mensais gastos em 2013 para 98,87 metros cúbicos desde que o projeto começou a funcionar. O sistema deu tão certo que a falta de espaço físico para armazenar a água já está sendo driblada. A papelada de uma das salas de arquivos está em processo de digitalização - o local posteriormente deve ser usado para fazer mais uma estação de água. Na frente do prédio existe ainda um aviso sobre a iniciativa, que é elogiada pelas pessoas que ficam sabendo. "Motoristas e passageiros abaixam o vidro do carro para comentar. Tem chamado tanta a atenção que tem também aqueles que querem ver. O sistema virou um ponto turístico", diz Silva, que também aderiu ao sistema na própria casa. "É rústico também, mas todas as atividades externas e a jardinagem faço reutilizando a água", revela. /// Ana Luiza Verzola

TORNEIRAS FICAM SECAS NA UEM
Quatro blocos da Universidade Estadual de Maringá (UEM) tiveram problemas de falta de água nos últimos dias. O motivo foi o aumento do consumo, somado a um defeito na tubulação de um poço artesiano, usado quando há aumento na demanda por água. De acordo com a universidade, foram feitos os consertos necessários e a situação vai ser solucionada nos próximos dias.