A metodologia implicou na realização de testes rápidos, realizados em quatro etapas com intervalo de 15 dias cada. Os resultados foram informações e números sobre contágio, sintomas, perfil e hábitos de moradores da cidade.
De acordo com Dennis Bertolini, chefe do Departamento de Análises Clínicas e Biomedicina e coordenador do Laboratório de Virologia Clínica da UEM, os testes rápidos, verificam a produção de anticorpos como um mecanismo de defesa, e “foram interpretados por um profissional de saúde, considerando informações clínicas, sinais e sintomas do paciente” explica o coordenador.
Segundo Daniele C. Tita Granzotto, do Departamento de Estatística da UEM, o estudo indicou que, para cada uma pessoa com resultado positivo ao coronavírus, haveriam outras seis sem testagem, mas que teriam a doença. No caso de Maringá, com população de 423,6 mil habitantes, a média seria de um infectado a cada 105 habitantes.
O estudo também indica que o número de pacientes infectados pelo coronavírus em Maringá pode ser até 6,74 vezes maior que os dados oficiais divulgados diariamente pela Prefeitura. Fato que reforça a grande quantidade de positivados assintomáticos ou oligossintomáticos – que apresentam sintomas leves da doença.
Com 2.517 casos confirmados até esta sexta-feira, o município pode ter cerca de 17 mil infectados. Isso representa 14,5 mil a mais que o número registrado desde o início da pandemia. “Esses resultados vêm reforçar as medidas de prevenção e evidenciar a importância do isolamento social para conter a disseminação do vírus”, conclui Bertolini.
Cursos são voltados para alunos, docentes, técnicos e comunidade em geral
Foto: ASC/UEM
A Universidade Estadual de Maringá, por meio do Núcleo de Educação a Distância, está promovendo uma série de treinamentos e capacitações online voltados tanto para a comunidade acadêmica como para docentes de todas as etapas do ensino. Na plataforma da UEM há ainda cursos voltados para empreendedores e sociedade em geral.
Confira abaixo alguns cursos gratuitos e seus públicos-alvo:
Também está na grade de programação da UEM para os próximos dias, o I Seminário Internacional de Cultura Digital e Educação – SICED, voltado para docentes e acadêmicos de instituições de ensino superior e para a comunidade em geral. A inscrição é R$ 30,00 (alunos de graduação UEM estão isentos da taxa). O SICDE é um evento inteiramente online, que visa a apresentar e discutir as principais temáticas direcionadas à cultura e educação mediadas pelas tecnologias educacionais.
Há ainda uma página exclusiva com ferramentas tecnológicas de apoio a educação a distância.
Projeto de Fernanda Rosa vai receber investimento de até R$ 100 mil e até 10 bolsas de doutorado e pós-doc
Crédito: Divulgação
O Departamento de Química (DQI) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi contemplado por um edital de seleção da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) voltado ao combate à covid-19. O projeto, que receberá até R$ 100 mil e bolsas de pós-graduação stricto sensu, é coordenado pela docente Fernanda Andreia Rosa. “É muito gratificante ter esse projeto aprovado em nível nacional, pois sabemos que a concorrência é ampla, há muitos trabalhos de qualidade sendo desenvolvidos no Brasil.
Representar a UEM nesse cenário é muito importante, ainda mais para contribuir para um problema mundial de saúde pública”, destaca Fernanda. “Isso evidencia o envolvimento que nossa instituição tem em relação à covid-19 e impulsionará outras pesquisas”. Com o título de “Reposicionamento de Fármacos e Desenvolvimento de protótipos de Fármacos:
Avaliação préclínica e obtenção de máscaras antivirais para o controle e tratamento da covid-19”, o projeto de Fernanda é um dos 46 vencedores do edital “Fármacos e Imunologia”, inserido no Programa Estratégico Emergencial de Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias. A divulgação do resultado final ocorreu hoje (16).
A Capes informa que o financiamento para o projeto da UEM será de até R$ 100 mil para despesas de custeio e haverá até dez bolsas de estudo stricto sensu, sendo até quatro de doutorado e até seis de pós-doutorado. Para Fernanda, é importante haver “essa formação de recursos humanos altamente qualificados, que futuramente vão estar preparados para, se necessário, lidar com pandemias ou problemas de saúde pública e, assim, ajudar a sociedade”.
Como é o projeto Ainda de acordo com a Capes, as atividades do projeto devem iniciar ainda neste mês de julho. Fernanda explica que seu projeto é dividido em três frentes. Na primeira, irá “estudar os fármacos que já estão disponíveis no mercado e quais são as ações deles frente ao vírus Sars-CoV-2”, causador da covid-19. Ou seja, por serem medicamentos já disponíveis em hospitais e farmácias, para outros tratamentos, seriam aprovados mais rapidamente pelos órgãos competentes para serem usados em pacientes com covid-19, desde, é claro, que fossem comprovadamente eficazes.
Em outro segmento, visa-se desenvolver um novo medicamento. “Seriam moléculas sintéticas inéditas, das quais não temos conhecimentos sobre toxicidade e atividade. Então, precisaremos estudá-las desde o início. Partiremos de um estudo virtual, envolvendo a bioinformática, e depois faremos a síntese dos compostos e o estudo farmacológico, chamado de pré-clínico”.
Em todas essas etapas o possível medicamento ainda não seria testado em humanos, já que se trataria de um protótipo. Caso venha a funcionar, futuramente estaria disponível para ser prescrito a pacientes. Por fim, o projeto da professora do DQI/UEM pretende desenvolver máscaras antivirais. Ou seja, esses equipamentos de proteção individual impediriam que os usuários, especialmente os profissionais da área da saúde, viessem a se infectar com o Sars-CoV-2. De acordo com a docente, o produto seria fabricado com um polímero, que conteria o material antiviral e seria aderido pelo tecido da máscara.
Fernanda ressalta que o projeto será desenvolvido em colaboração com os seguintes professores da UEM: Eduardo Radovanovic, Ernani Abicht Basso, Gisele de Freitas Gauze Bandoch, Michael Jackson Vieira da Silva, todos do DQI, e Tania Ueda Nakamura, do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS).
“É muito gratificante ter esse projeto aprovado em nível nacional, pois sabemos que a concorrência é ampla, há muitos trabalhos de qualidade sendo desenvolvidos no Brasil. Representar a UEM nesse cenário é muito importante, ainda mais para contribuir para um problema mundial de saúde pública”, destaca Fernanda. “Isso evidencia o envolvimento que nossa instituição tem em relação à covid-19 e impulsionará outras pesquisas”.
Com o título de “Reposicionamento de Fármacos e Desenvolvimento de protótipos de Fármacos: Avaliação pré-clínica e obtenção de máscaras antivirais para o controle e tratamento da covid-19”, o projeto de Fernanda é um dos 46 vencedores do edital “Fármacos e Imunologia”, inserido no Programa Estratégico Emergencial de Combate a Surtos, Endemias, Epidemias e Pandemias. A divulgação do resultado final ocorreu hoje (16).
A Capes informa que o financiamento para o projeto da UEM será de até R$ 100 mil para despesas de custeio e haverá até dez bolsas de estudo stricto sensu, sendo até quatro de doutorado e até seis de pós-doutorado. Para Fernanda, é importante haver “essa formação de recursos humanos altamente qualificados, que futuramente vão estar preparados para, se necessário, lidar com pandemias ou problemas de saúde pública e, assim, ajudar a sociedade”.
Como é o projeto
Ainda de acordo com a Capes, as atividades do projeto devem iniciar ainda neste mês de julho. Fernanda explica que seu projeto é dividido em três frentes. Na primeira, irá “estudar os fármacos que já estão disponíveis no mercado e quais são as ações deles frente ao vírus Sars-CoV-2”, causador da covid-19. Ou seja, por serem medicamentos já disponíveis em hospitais e farmácias, para outros tratamentos, seriam aprovados mais rapidamente pelos órgãos competentes para serem usados em pacientes com covid-19, desde, é claro, que fossem comprovadamente eficazes.
Em outro segmento, visa-se desenvolver um novo medicamento. “Seriam moléculas sintéticas inéditas, das quais não temos conhecimentos sobre toxicidade e atividade. Então, precisaremos estudá-las desde o início. Partiremos de um estudo virtual, envolvendo a bioinformática, e depois faremos a síntese dos compostos e o estudo farmacológico, chamado de pré-clínico”. Em todas essas etapas o possível medicamento ainda não seria testado em humanos, já que se trataria de um protótipo. Caso venha a funcionar, futuramente estaria disponível para ser prescrito a pacientes.
Por fim, o projeto da professora do DQI/UEM pretende desenvolver máscaras antivirais. Ou seja, esses equipamentos de proteção individual impediriam que os usuários, especialmente os profissionais da área da saúde, viessem a se infectar com o Sars-CoV-2. De acordo com a docente, o produto seria fabricado com um polímero, que conteria o material antiviral e seria aderido pelo tecido da máscara.
Fernanda ressalta que o projeto será desenvolvido em colaboração com os seguintes professores da UEM: Eduardo Radovanovic, Ernani Abicht Basso, Gisele de Freitas Gauze Bandoch, Michael Jackson Vieira da Silva, todos do DQI, e Tania Ueda Nakamura, do Departamento de Ciências Básicas da Saúde (DBS).
Eles entraram em uma tranmissão do curso de psicologia e fizeram ataques verbais e exibiram imagens obscenas . Coordenação se assustou e diz que irá tomar as medidas cabíveis.
O que era para ter sido mais uma atividade de extensão, feita pela internet, se tornou um grande susto para os participantes. Em uma ação online do Laboratório de Psicologia Histórico-Cultural, da Universidade Estadual de Maringá, um grupo de cinco ou seis pessoas entrou e tumultuou. No momento, uma professora convidada fazia uma fala. Foi na quarta-feira (15). A atividade ocorria pelo Google Meet institucional, uma ferramenta fornecida pela UEM.
A ação havia sido divulgada publicamente, por meio das redes sociais, e era aberta a qualquer interessado. Foi a quarta vez da atividade pela internet. Nas anteriores, não houve nenhum problema.
Cerca de 200 pessoas estavam na hora do ocorrido na quarta-feira (15). Os invasores entraram e colocaram sons, atrapalhando. Houve tentativa para silenciar o problema. Foi quando o grupo proferiu ataques verbais e exibiu vídeos com imagens obscenas, explica a coordenadora do Laboratório de Psicologia Histórico-Cultural , professora Silvana Tuleski.
O link dessa atividade foi fechado. Na sequência, outro foi aberto, com mais controle, e aí nem todas as pessoas entraram - o que a professora lamenta, já que foi algo causado pela violência de um grupo.
Toda a situação foi gravada. A CBN pediu para ver o material, mas a coordenação da atividade optou por não divulgá-lo publicamente.
O laboratório fez uma nota de repúdio. Agora, deve acionar o gabinete da Reitoria da UEM para pedir providências à Procuradoria-Jurídica da instituição
Dos 950 moradores de Maringá que participaram do estudo desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde, em parceria com a Universidade Estadual de Maringá (UEM),
UniCesumar e Uningá, 10 foram infectados pelo novo coronavírus. Desses, 62,5% foram assintomáticos. Dos 37,5% que tiveram sintomas, os mais comuns foram febre e dificuldade para respirar.
Outros sintomas que também foram relatados na pesquisa, mas com menor frequência, foram vômito, diarreia e diminuição do olfato e paladar. Dos 10 entrevistados que testaram positivo para o novo coronavírus em Maringá, apenas um procurou algum serviço de saúde – Pronto Atendimento.
A pesquisa, cujo resultado foi divulgado nesta quinta-feira (16), pelo secretário de Saúde, Jair Biatto, foi realizada em quatro ciclos, entre maio e julho. Os pesquisadores aplicaram testes e questionários nas residências para entender o comportamento do novo coronavírus em Maringá.
O estudo também indica que o número de pacientes infectados pelo novo coronavírus em Maringá pode ser até 6,74 vezes maior que os dados oficiais divulgados diariamente pela Secretaria Municipal de Saúde, o que reforça a grande quantidade de positivados assintomáticos ou oligossintomáticos – que apresentam sintomas leves da doença.
Com 2.456 casos confirmados até esta quinta-feira, o município deve ter cerca de 16,5 mil infectados, 14 mil a mais que o número registrado desde o início da pandemia. Para ver os dados do boletim desta quinta-feira, 16, clique aqui.
Além disso, o estudo mostra que, dos 10 entrevistados que foram infectados pelo novo coronavírus em Maringá, 37,5% tinham diagnóstico de doenças pré-existentes: hipertensão (40%), doenças crônicas (40%) e diabetes (20%).
A pesquisa técnica sobre coronavírus foi apresentada na tarde desta quinta-feira (16), no auditório Helio Moreira, no Paço Municipal. Foram feitos 950 testes rápidos durante dois meses, numa parceria entre a prefeitura, UEM (Universidade Estadual de Maringá), Uningá e Unicesumar.
O resultado mostrou informações e números sobre contágio, sintomas, perfil e hábitos de moradores de toda a cidade. "É momento de realização de um profissional da Saúde", avalia secretário de Saúde, Jair Biato. "São os técnicos e políticos trabalhando juntos para salvar vidas em Maringá".
Profissionais que trabalharam na pesquisa apresentaram dados e atenderam a imprensa. Entre as informações importantes estão que prevalência do coronavírus indica que em certos períodos do levantamento, para cada uma pessoa positivada, haveria outras seis que não foram testadas, mas tem a doença. Também que haveria um infectado a cada 105 habitantes, considerando população de 423,6 mil habitantes em Maringá.
Além disso, foram mostrados perfil dos moradores participantes da pesquisa: 61% de mulheres e 39% de homens, entre crianças e idosos; 90,7% têm cartão do SUS, 77,3% frequentam Unidade Básica de Saúde, 60,9% têm plano de saúde, uma média de 3,05 morador por residência, também dados sobre sintomas recentes, doenças pré-existentes, relação prevenção e contágio, entre outros.
A pesquisa faz parte de grupo de medidas técnicas tomadas pela prefeitura desde começo da pandemia no Brasil. O que ajudou a colocar Maringá como exemplo no Paraná de prevenção contra a doença. Nem cidades brasileiras de porte maior fizeram trabalho técnico como a pesquisa apresentada nesta quinta-feira (16). Os dados serão usados em ações de prevenção contra coronavírus na cidade.
Participaram do evento o secretário de Gestão, Clovis Melo, chefe de Gabinete, Domingos Trevisan, vereador Alex Chaves, vice-reitor da UEM, Ricardo Dias, alunos e professores das três universidades, imprensa, entre outros. Apresentações foram feitas pelos professores da UEM, Denis Bertolini, Oseias Martinucci e Daniele Granzotti.
Esperada por 15 mil estudantes e por mais de mil professores, a decisão sobre a volta das aulas da graduação de forma remota na Universidade Estadual de Maringá ficou para semana que vem. O assunto, que começou a ser discutido nesta quarta-feira, 15, durante reunião no Conselho de Ensino e Pesquisa (CEP) foi adiado após um pedido de vista de um conselheiro. Em outras palavras, um professor solicitou prazo para analisar o processo com mais calma.
O CEP reúne coordenadores de cursos de graduação, pós-graduação e representantes dos alunos. É uma das instâncias superiores da UEM.
No bastidor, o resultado é visto como uma derrota para a reitoria. A informação apurada pela reportagem é a de que a reitoria tem trabalho para o retorno das aulas de forma remota por vários motivos. Um deles é que, com isso, a pressão de setores da sociedade seria reduzida – já que há quem diga que a universidade recebe dinheiro, mas não trabalha neste momento. Além disso, a direção da UEM avalia que a volta permitirá que o contrato de professores temporários seja renovado – algo que o Governo do Paraná só autoriza se houver calendário letivo.
A UEM não deu início às aulas do ano letivo de 2020 devido à pandemia da Covid-19. A proposta de retorno foi feita por um grupo de trabalho e já foi aprovada na Câmara de Graduação – uma instância inferior. O plano é o de retornar com as aulas de graduação de forma remota a partir de 03 de agosto.
Em maio, o CEP aprovou que ações de extensão pudessem ser feitas de forma retoma. Além disso, orientações de trabalho e a pós-graduação continuam a distância. Esses são alguns dos motivos são utilizados pela UEM para dizer que segue trabalhando nesta pandemia.
Na manhã desta quarta, professores e alunos de um grupo chamado “Mobiliza UEM” fizeram um ato em frente à reitoria. Na avaliação deles, o ensino remoto precariza a educação – já que, entre outros motivos, nem todos têm acesso à internet e à tecnologia.
O pedido de vista foi feito pelo professor Thiago Ferraiol, do departamento de matemática. Ele um dos docentes contrários ao ensino remoto. Durante a reunião do CEP, Ferraiol falou que esse tipo de medida irá atender apenas a uma elite.
O pedido de vista foi aceito pelo reitor da Universidade Estadual de Maringá, professor Julio Damasceno. O tema volta à discussão na semana que vem, com a possibilidade de sofrer alterações.
Representante dos alunos, o estudante Bruno Barra falou durante a reunião que o ensino remoto trará uma série de problemas. A questão não é apenas ter ou não acesso. E uma mãe que tem filhos para cuidar no momento, como vai poder assistir às aulas?, questionou.
A UEM já informou estar tomando medidas para evitar que alunos sejam prejudicados com o ensino a distância. Entre outras, obteve a doação de 450 smartphones, que poderão ser emprestados para que não tem equipamentos. A instituição também já disse estar trabalhando para conseguir internet de graça para quem não tem banda larga.
A assessoria de comunicação da UEM informa que a reitoria não se manifesta sobre assuntos relativos ao CEP, já que é um colegiado.
Se for aprovado pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da UEM, ensino remoto emergencial deve começar em agosto / Foto: Reprodução
O campus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi palco de uma manifestação por parte de alguns estudantes da instituição nesta quarta-feira (15/7). Os alunos se organizaram para protestar contra a possibilidade de implementação do ensino remoto emergencial, devido à pandemia do novo coronavírus.
A Câmara de Graduação e Educação Básica e Profissional da UEM aprovou a retomada gradativa das aulas de forma remota por 55 votos favoráveis. O próximo passo para o ensino remoto ser implementado é a decisão do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (CEP) da universidade.
As discussões no CEP começaram nesta quarta-feira (15/7). Se também for aprovado pelo CEP, as aulas de forma não presencial têm previsão de início para o dia 3 de agosto na universidade.
Segundo o Presidente do Centro Acadêmico de Arquitetura e Urbanismo e conselheiro suplente no CEP da UEM, Silas Petris Capuano, o ensino remoto é um sistema “absolutamente falho, ruim, puramente tecnicista e sem espaço para debates, como uma universidade deveria ter”.
Capuano explica que além dessas desvantagens do próprio método EAD, a inacessibilidade técnica também afeta uma parcela socioeconomicamente vulneral de estudantes. “Mesmo resolvendo a parte de equipamentos a universidade não leva em consideração as mudanças na própria estrutura familiar dos estudantes, nem a saúde física e mental deles.”
Devido à pandemia, Capuano diz que muitos estudantes tiveram que começar a trabalhar para ajudar na renda familiar. Além do trabalho, mudanças nos afazeres domésticos, como ajudar nas atividades de um irmão que está no ensino a distância, ou até mesmo na limpeza da casa, também influenciam à vida do aluno, que devido aos desafios, acabam evadindo do sistema de ensino.
Por se tratar de uma universidade pública, Capuano pontua que a instituição deveria dar mais respaldo às dificuldades sociais dos estudantes. “A universidade não está parada, o ensino está parado. A pesquisa, a extensão e os laboratórios não estão parados”.
Para um outro estudante, que preferiu não ter o nome revelado, a falta das aulas remotas na instituição “é uma vergonha”. Segundo o aluno, que faz o curso de Direito da UEM, outras instituições do Brasil implementaram as aulas remotas e “têm obtido resultados satisfatórios na continuação e na qualidade do ensino”.
O estudante reconhece que a situação provocada pela pandemia é algo atípico, mas diz que a universidade precisa se readequar às possibilidades.
“Tenho uma prima de 12 anos na rede pública de educação. Ela tem aulas remotas desde abril. Ai fica o questionamento, como uma criança de 12 anos está tendo aulas remotas no ensino fundamental e uma faculdade, que se denomina uma das melhores do Brasil, está completamente paralisada?”, questiona o estudante.
Sobre a inacessibilidade aos estudantes de baixa renda, o aluno diz que é dever do estado e da universidade prestarem suporte a “essas pessoas que existem, porém são a grande minoria”.
UEM busca se adaptar ao ensino remoto
Ante da possibilidade de serem instauradas de fato as aulas remotas na UEM, muitas ações estão em andamento na universidade. Uma das ideias mais defendidas é o Projeto de Inclusão Digital que visa dar suporte aos estudantes de graduação sem acesso ou com acesso limitado ao mundo virtual.
Para o vice-reitor da UEM, Ricardo Dias Silva, este projeto é a garantia de que nenhum aluno ficará para trás por não ter equipamento ou acesso à internet. “Precisamos democratizar o ensino, é impensável iniciar o ano letivo sem incluir todos os acadêmicos”, afirma Dias Silva.
Ele explica que o projeto engloba um conjunto de medidas, entre elas a identificação dos alunos em situação de vulnerabilidade e sem acesso tecnológico.
“Já realizamos duas pesquisas, por meio da Pró-Reitoria de Ensino (PEN), com o objetivo de mapear a situação do nosso corpo discente. A última apontou que de um universo de 14.984 alunos de graduação, 1,28% não tem acesso à Internet. Mas, considerando que nem todos responderam ao questionário e para que ninguém deixe de ser assistido, os coordenadores de curso, por estarem mais próximos dos alunos, também foram acionados para confirmar este diagnóstico. ”, afirma Dias Silva, destacando que a consulta também vem sendo realizada com professores, alunos de pós-graduação e agentes universitários.
Uma das medidas para prestar auxílio aos alunos que não tem acesso tecnológico a internet foi o repasse de 450 smartphones apreendidos pela Receita Federal (RF) à UEM. Os aparelhos, com 64 giga bytes de memória, foram apreendidos em uma operação contra o contrabando e serão incorporados ao Projeto de Inclusão Digital da UEM.
Provas dos concursos das sete instituições serão em 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus, mas apenas três têm definição sobre a data até esta quarta-feira (15).
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) é uma das instituições que definiram a data do vestibular — Foto: Bruna Bronoski/RPC Ponta Grossa
As sete universidades estaduais do Paraná decidiram adiar os vestibulares e processos seletivos seriados para 2021 por causa da pandemia do novo coronavírus. Em três das sete instituições, as datas dos vestibulares foram marcadas. São os casos da UEPG, Unicentro e Unioeste.
No restante, ainda falta uma definição. Na UEM e na UEL há uma previsão de datas que ainda serão confirmadas oficialmente. Na UENP e na Unespar, os processos não têm data, mas serão no início do ano que vem. Veja mais abaixo.
Além do adiamento dos vestibulares, a UEM e a UEPG optaram por fazer apenas um, em vez de dois processos seletivos.
CONFIRA A SITUAÇÃO DE CADA UNIVERSIDADE:
Universidade Estadual de Londrina (UEL)
previsão é de que o vestibular seja em janeiro 2021. A proposta ainda deverá ser submetida à aprovação por parte do Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão (Cepe).
Universidade Estadual de Maringá (UEM)
o vestibular 2020 deve acontecer nos dias 7 e 8 de fevereiro de 2021. A universidade afirmou que ainda vai divulgar a data para abertura das inscrições.
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG)
haverá apenas uma edição do concurso nos dias 7 e 8 de março de 2021. As inscrições devem ser feitas pela internet, entre 1º de setembro e 29 de outubro de 2020.
Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro)
as provas do vestibular serão nos dias 21 e 22 de março. As inscrições ocorrem entre os dia 4 de janeiro e 4 de fevereiro de 2021.
Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste)
o vestibular de 2021 ficou para o dia 30 de maio. A previsão é de as inscrições sejam entre os meses de fevereiro e abril.
Universidades Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP)
estudam uma nova data. A previsão é que os processos seletivos também ocorram no início de 2021.
A Universidade Estadual de Londrina: provas em janeiro (Foto: Divulgação/UEL)
Seis universidades estaduais do Paraná decidiram ontem adiar seus vestibulares e processos seletivos seriados para 2021, em virtude da pandemia do novo coronavírus.
A decisão tem o objetivo de evitar aglomerações na hora de realizar as provas e oferecer condições para que os estudantes possam se preparar para o concurso. As instituições devem divulgar em breve mais detalhes de seus concursos.
O calendário dos vestibulares das Universidades Estaduais
Universidade Estadual de Londrina (UEL) – previsão é que o vestibular seja em janeiro 2021. A proposta ainda deverá ser submetida à aprovação por parte do CEPE Universidade Estadual de Maringá (UEM) - o vestibular 2020 deve acontecer nos dias 7 e 8 de fevereiro de 2021 Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) - uma única edição do concurso será nos dias 7 e 8 de março de 2021. As inscrições devem ser feitas pela internet, entre 1º de setembro e 29 de outubro de 2020 Universidade Estadual do Centro-Oeste (Unicentro) - As provas do vestibular serão nos dias 21 e 22 de março. As inscrições acontecem entre os dia 4 de janeiro e 4 de fevereiro do próximo ano Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) definiu a data do vestibular 2021 para o dia 30 de maio. A previsão é de as inscrições sejam entre os meses de fevereiro e abril Universidades Estadual do Paraná (Unespar) e Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) estudam uma nova data. A previsão é que os processos seletivos também ocorram no início de 2021.
Um ato reunindo estudantes e docentes efetivos e temporários foi feito na manhã desta quarta-feira (15), em frente à reitoria da Universidade Estadual de Maringá. Os participantes do ato fazem parte de um grupo chamado “Mobiliza UEM”.
Na avaliação deles, esse tipo de ensino precariza o ensino superior. A ação dos participantes também pediu que o contrato dos docentes temporários seja renovado, o que cabe ao Governo do Paraná. A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Estado do Paraná , área que responde pelas universidades no Governo, já disse que só pode renovar contratos se as aulas retornarem devido a uma lei de 2006. Na avaliação dos manifestantes, essa condição é uma moeda de troca: primeiro aprova o ensino remoto e depois os temporários são contratados. O ensino remoto irá prejudicar alunos, avaliou um dos porta-vozes do “Mobiliza UEM”, professor Thiago Ferraiol.
A reitoria informou à CBN que não irá se manifestar sobre a manifestação porque a aplicação do ensino remoto cabe ao Conselho de Ensino e Pesquisa, um colegiado superior. A votação se esse tipo de ensino será aplicado ocorre na tarde desta quarta-feira (15).