Projeto de Extensão “Capoeira em apoio à infância e juventude”, proposto pela Pró-Reitoria de Extensão e Cultura, da Universidade Estadual de Maringá (PEC/UEM), foi contemplado com recursos da Fundação Araucária e do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). A proposta faz parte do programa “Artes marciais e inclusão social nas escolas do Paraná”, que será lançado na próxima segunda-feira, dia 1º de março, por meio de um evento on-line.
A partir de uma ação conjunta entre o CNPq e Fundação Araucária, foi firmado um convênio para criar formas de fomento à pesquisa, voltadas para a “geração de conhecimento, novas tecnologias, produtos e processos inovadores”, conforme a Emenda Parlamentar nº 39150012, do deputado federal Aroldo Martins (Republicanos-PR), a qual permitiu os recursos para a iniciativa.
A proposta parlamentar tem como foco “constituir um programa de extensão de incentivo à prática de lutas, artes marciais, esporte de combate e inclusão social nas escolas do Paraná”. O suporte financeiro prevê a concessão de bolsas e aquisição de material para implantação e desenvolvimento de aulas de lutas, artes marciais e esporte de combate para estudantes do Ensino Fundamental II e Ensino Médio em situação de vulnerabilidade social, matriculados nas escolas e nos colégios estaduais do Estado.
“Todas as Instituições de Ensino Superior (IES) do Paraná foram convidadas a submeter projetos ao edital do programa e nós fomos contemplados com R$ 111 mil”, explica a pró-reitora de Extensão, Débora de Mello Gonçales Sant’ Ana, que faz parte da equipe executora.
UEM – Segundo o coordenador do Projeto, o professor Felipe de Oliveira Matos, há duas modalidades de luta genuinamente brasileiras e difundidas no país e no mundo. O Jiu-jitsu, que possui suas raízes em lutas japonesas, e a Capoeira, criada pelos negros escravizados que lutaram pela libertação nos tempos do Brasil colônia, mas que também pode ser considerada uma arte marcial, porque foi utilizada durante a Guerra do Paraguai.
“Além disso, damos prioridade à capoeira, porque ela foi considerada patrimônio imaterial da cultura brasileira pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), em 2008, e patrimônio imaterial da humanidade, pela Unesco, em 2014. Esse projeto é uma oportunidade para difusão da capoeira como prática corporal de luta, perpassando por todos os ensinamentos pertinentes às artes marciais e modalidades de combate, mas também para fazer um resgate da nossa cultura e essência nacional”, explica o coordenador.