As bitucas de cigarro podem ser transformadas em uma ferramenta para tratamento e limpeza de água. É o que revela uma pesquisa científica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que está transformando bitucas de cigarro em hidrocarvão modificado.
O material pode absorver corantes e ser útil no tratamento de água em estabelecimentos como lavanderias, uma vez que otimiza o processo de purificação do líquido.
O projeto começou quando os pesquisadores de Química da instituição observaram o problema ambiental que as bitucas de cigarro causam. Apesar de pequenas e aparentemente inofensivas, as bitucas são causadoras de incêndios e demoram mais de cinco anos para se decompor.
A pesquisa se transformou em artigo científico publicado no Journal of Environmental Chemical Engineering, revista acadêmica de Qualis A2 (alto nível de publicação de pesquisas científicas). Além disso, a descoberta pode virar patente da universidade, que já entrou com solicitação.
O aluno Rogério dos Santos Maniezzo, do 3º ano de licenciatura de Química, foi premiado na 42ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira de Química, em Joinville, devido a relevância, originalidade e foco ambiental da pesquisa. O acadêmico ressalta que “não adianta fazer pesquisa só no laboratório, tem que transpassar os porões da universidade”. O jovem ainda afirma que, como estudante, conquistas como essa são extremamente motivadoras, em um contexto de falta de recursos.
Colaboração Gabriela Pontes e UEM