O Hospital Universitário de Maringá quer a repactuação do fluxo de atendimento da Ortopedia. Nos próximos dias, o HU vai apresentar ao Ministério Público e ao Conselho Municipal de Saúde um relatório sobre a capacidade de atendimento e o que a unidade pode fazer pelos pacientes que aguardam cirurgia.
A repactuação está em negociação com o Ministério Público, Secretaria Municipal de Saúde e hospitais conveniados. A superintendente interina do HU, Magda Lúcia Félix de Oliveira, diz que um levantamento vai apontar quais serviços de qualidade o hospital pode fornecer à população, respeitando o foco de instituição de ensino.
"Isso é para que o HU não fique banalizado e desrespeitado por coisas que não faz e ninguém olha o que ele faz", afirma. "Há muita cobrança, mas temos só duas salas de cirurgia."
O secretário municipal de Saúde, Antônio Carlos Nardi, explica está sendo discutido o tempo que os hospitais precisam para cumprir o que está acordado. "Os ajustes servirão para que o pacto seja cumprido integralmente."
66
pacientes estavam sendo
atendidos, ontem de
manhã, no pronto-socorro
do HU; 17 aguardavam
atendimento ortopédico
O acordo da Ortopedia existe desde 2007 e foi firmado entre as secretarias estadual e municipal de Saúde e hospitais credenciados pelo Sistema Único de Saúde (SUS), para tentar diminuir o tempo de espera dos pacientes por cirurgias.
No ano passado, integrantes da CPI dos Leitos do SUS na Assembleia Legislativa do Paraná estiveram em Maringá e constataram o caos no atendimento da Ortopedia no município e propuseram que hospitais e gestores fizessem um novo acordo.
Ficou estabelecido que casos de média complexidade seriam
distribuídos entre Santa Casa, Santa Rita, Metropolitano e HU, conforme
o último algarismo do ano de nascimento do paciente. Pacientes de alta
complexidade seriam atendidos por Santa Casa e Santa Rita. O governo
estadual se comprometeu a construir mais salas cirúrgicas e comprar
equipamentos.
Obras
Magda Lúcia Félix de Oliveira
é doutora em Saúde Coletiva,
enfermeira, professora e
chefe de gabinete da
reitoria da UEM.
Ela assumiu temporariamente
a superintendência do
Hospital Universitário depois
que José Carlos Amador
renunciou ao cargo no início
do mês. Ele ficou na função
por 6 anos e seu mandato
terminaria em 2014. Novas
eleições serão convocadas,
mas ainda não há data
para o pleito.
Até 2016, o HU terá 11 novas salas de cirurgia. Os recursos virão do governo do Estado, que já anunciou ter reservado R$ 4 milhões no orçamento deste ano e mais R$ 5 milhões, no ano que vem, para a obra. A construção começa ainda este ano.
Também até dezembro, será finalizada a construção do bloco administrativo, que custou cerca de R$ 2,2 milhões. A conclusão do prédio, de 2.656 metros quadrados, vai permitir que o hospital ganhe 30 leitos.
A ideia é que a a área onde hoje funciona a administração seja reformada e se transforme em enfermaria. Com isso, o setor administrativo migraria para o novo prédio.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/595514/hu-quer-novo-pacto-para-ortopedia/