Paloma Sica torceu o pé no dia 7, precisa de atendimento ortopédico e está internada desde então no Hospital Universitário (HU) de Maringá. Ela e outros dez pacientes saíram ontem do corredor da unidade, onde estão esperando por um leito, para reclamar do atendimento.
"O que mais revolta a gente é que há quase cem pessoas dormindo em cadeiras nos corredores e tem uma ala inteira do hospital, com macas novinhas, sem uso", disse a paciente.
Assim como ela, Marcelo dos Santos também espera por uma vaga. Ele fraturou o braço num acidente e disse que não tem expectativa de quando será operado. "Não dizem nada. Dão um remedinho e encostam a gente num canto, como se não fosse nada", reclamou.
Situação semelhante é vivida por Alexandre dos Santos Muniz, que sofreu um acidente de motocicleta em Mandaguari na sexta-feira passada. Segundo ele, os médicos deram-lhe apenas analgésicos. "As vezes nem remédio dão, ninguém atende direito, minimizam os problemas e tratam os pacientes com falta de educação", comentou.
Debora Montezani levou a filha, que sofre de artrite, ao HU, e a menina de 16 anos passou o dia em observação. No final da tarde, enquanto os demais pacientes reclamavam, a adolescente foi liberada com uma receita para Plasil, um medicamento contra enjoo.
"Minha filha sempre foi atendida aqui e nunca tive reclamações, mas agora a situação piorou muito. O atendimento está péssimo", reclamou a mãe.
A direção do hospital não quis se pronunciar sobre os problemas e pediu que os pacientes encaminhassem as reclamações à ouvidoria do HU. Por telefone, a assessoria de imprensa do hospital informou que a situação será investigada pela direção e que um pronunciamento será feito hoje.
http://www.odiario.com/cidades/noticia/586158/pacientes-da-ortopedia-do-hu-se-revoltam/