Decisão foi tomada em uma assembleia na manhã desta segunda-feira (5). Apesar da greve, universidade informou que nenhum serviço foi paralisado.
Os servidores da Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná, estão em greve. A decisão foi tomada na manhã desta segunda-feira (5), em uma assembleia. O motivo é a falta de pagamento dos salários, que deveria ter sido feito no dia 31 de janeiro.
Com a aprovação da paralisação, os portões da universidade foram fechados. Apenas o portão de acesso na Rua Dez de Maio está aberto.
Os servidores do Hospital Universitário também decidiram aderir à paralisação. No entanto, o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimento de Ensino de Maringá (Sinteemar), informou que o comando de greve ainda não decidiu quais serviços serão paralisados no hospital.
A assessoria de imprensa da UEM informou que, oficialmente, nenhum serviço está paralisado. As matrículas dos novos alunos, que começaram nesta segunda-feira, estão sendo realizadas normalmente.
Adesão ao Meta 4
A UEM tem 4.133 servidores e uma folha de pagamento de R$ 46 milhões. O valor não foi depositado no fim de janeiro porque, segundo o governo, a universidade não aderiu ao programa de gestão de recursos humanos Meta 4.
De acordo com reitor da UEM Mauro Baesso, o governo condicionou o pagamento dos salários dos servidores ao ingresso da universidade ao sistema de gestão de recursos humanos Meta4, que gerencia a folha de pagamento de todos os órgãos públicos do estado.
A UEM é a única universidade estadual do estado que não aderiu ao sistema, pois conforme o Conselho Universitário fere a autonomia universitária.
A Secretaria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) informou que o reitor da UEM encaminhou um novo ofício à Caixa Econômica Federal para o pagamento da folha salarial dos servidores da universidade. O encaminhamento será feito por meio do Sistema Único de Recursos Humanos da Secretaria da Fazenda. A Seti disse ainda que o pagamento dos salários deve ocorrer ainda nesta segunda-feira.
A UEM esclareceu que encaminhou apenas os dados para a realização do pagamento dos salários dos servidores, e não as informações sobre a carreira. A assessoria de imprensa da universidade informou que o entendimento da universidade é que dessa maneira não aderiu ao Meta 4.