Das 46 obras que estavam paradas em 2014, no início da atual gestão, 12 foram concluídas e outras seis estão em fase final de construção.
A Universidade Estadual de Maringá (UEM), no norte do Paraná, precisa de R$ 45,3 milhões para concluir 31 obras inacabadas, estima o reitor Mauro Baesso em relatório divulgado pela universidade no domingo (3).
Das 46 obras que estavam paradas em 2014, no início da atual gestão, 12 foram concluídas e outras seis estão em fase final de construção. As obras em andamento somam 17 mil metros quadrados de construção e mais de R$ 22 milhões investidos, aponta o levantamento.
Obras mais caras em execução na UEM
(previstas para junho de 2018)
1. Clínica de adultos (100 leitos no HU) - R$ 14,3 milhões
2. Clínica Odontológica - R$ 3,6 milhões
3. Bloco M-15 (quadra poliesportiva) - R$ 2,4 milhões
Nos últimos três anos, em decorrência dos problemas em projetos e execução de obras inacabadas da universidade a reitoria tem apostado nos Processos Administrativos de Apuração de Responsabilidades (PAAR) para retomar as construções.
Conforme o jurídico da UEM, 11 processos foram concluídos. Desses, cinco obras estão em execução e outras aguardam recursos ou adequações de projetos. Há, ainda, dois processos instaurados e seis pedidos de abertura.
Dos projetos concluídos, sete foram encaminhados ao Ministério Público do Paraná (MP-PR) devido às irregularidades encontradas, afirma o procurador geral da UEM, João Paulo Marin.
“É importante esclarecer que em todos os PAAR foram asseguradas às empresas investigadas as garantias constitucionais do contraditório e da ampla defesa”, indica o procurador.
Segundo ele, do que foi apurado até agora, a UEM poderá receber até R$ 2,4 milhões em razão das multas aplicadas às empresas, do ressarcimento de valores indevidamente pagos ou em função do ressarcimento para a reconstrução de obras sem possibilidade de correção.
Em alguns casos, de acordo com o procurador, os valores estão sendo cobrados por meio de ações judiciais.
A previsão da reitoria é terminar 2018 com 20 obras inacabadas. Para isso, os critérios adotados pela direção da universidade para a retomada de uma obra são a garantia de verba e conclusão do PAAR.
Obras mais caras previstas para licitação em dezembro
1. Centro de Ciências Sociais Aplicadas - R$ 3,6 milhões
2. Restaurante Universitário no campus de Umuarama - R$ 555 mil
3. Reforma e ampliação do Bloco 7 - R$ 140 mil
Novas construções
O reitor afirma que, além das construções retomadas, novas obras estão no cronograma de 2018, em função de recursos de emendas parlamentares, que são carimbadas com objetivos específicos.
O montante é de R$ 15,3 milhões que serão aplicados na construção de um bloco para a Universidade Aberta à Terceira Idade (Unati), da Casa da Gestante, do Centro de Reabilitação do Hospital Universitário, na reforma do Laboratório de Análises Clínicas e de um bloco administrativo.
Além disso, estão previstas a execução do projeto de eficiência energética e a infraestrutura elétrica para o câmpus de Cianorte, no noroeste do Paraná. “Uma parte desses projetos já está com licitação aberta”, explica Baesso.