Na noite desta segunda-feira (3) Gabriel Lepri de Aguiar, do Diretório Acadêmico das Engenharias e Tecnologias (DAET) da Universidade Estadual de Maringá (UEM), campus Umuarama, disse à redação da Folha de Maringá que Julio Santiago Prates Filho (foto), reitor da UEM, descumpriu com sua palavra e iniciou uma retaliação aos representantes do movimento de maneira covarde.
“Estamos organizando outros atos semelhantes a esse da última sexta-feira. Uma nova paralisação vai ocorrer em outros campus regionais e até mesmo no campus sede em Maringá, já em Umuarama faremos atividades diferenciadas em apoio aos campus que estiverem paralisados”, disse Gabriel.
O estudante também comentou que a UEM em Umuarama sofre com a precarização do ensino e o sucateamento dos laboratórios. “Nossas reivindicações são especificamente para contratação de professores efetivos e técnicos especializados, investimentos em equipamentos novos para os laboratórios, aquisição de novos volumes para a biblioteca de acordo com a demanda necessária em relação à quantidade de alunos, a construção de novos blocos com qualidade e também a construção de um restaurante universitário com acompanhamento nutricional”.
Sobre o processo e investigação dos oito alunos por parte da Polícia Federal, Gabriel disse que entende como um ato de autoritarismo partindo dos governantes da UEM. “No Movimento de Ocupação da Reitoria cujo nome Manoel Gutierrez se deve à uma homenagem ao estudante chileno covardemente assassinado pela polícia durante os protestos estudantis, uma de nossas reivindicações era de que não sofreríamos nenhum tipo de criminalização para com o Movimento ou algum de seus integrantes. Como a promessa da reitoria era de que todos os pontos de pauta seriam acatados, acreditamos que o Reitor [Julio Santiago Prates Filho] ao descumprir com suas palavras, iniciou uma retaliação aos representantes do movimento de maneira covarde”.
“Para nós, estudantes, demonstra que estamos alcançando nossos objetivos, de fazer a diferença nessa briga pelo ensino público de qualidade e atentar principalmente ao descaso com que as entidades públicas vem sendo tratadas pelo governo”, finaliza Gabriel.