Enquanto muitos universitários os consideram objeto de desejo e tantos outros profissionais fazem questão de emoldurá-los nos locais de trabalho, não é pequeno o grupo de pessoas para quem os diplomas não têm tanto valor assim. Na Universidade Estadual de Maringá (UEM), cerca de 1,8 mil diplomas de graduação permanecem arquivados, à espera dos próprios donos. Alguns deles estão lá há mais de 40 anos.
Entre os diplomas mais antigos estão os do curso de Ciências Econômicas, datados do período entre 1969 e 1975, quando ainda eram registrados na Universidade Federal do Paraná (UFPR). Para o chefe da Divisão de Registro de Diplomas da UEM, Vilson Franciscon Jacob, é difícil apontar uma única causa para a situação. A única certeza é de que a motivação não é financeira, já que a instituição não cobra taxa para retirar o documento.
“Várias situações podem explicar esse fenômeno: graduados que desistiram de atuar na área em que se formaram; ex-alunos que utilizaram apenas o certificado de conclusão de curso para comprovarem titulação; falecimento; mudança de endereço; ou esquecimento mesmo”, explicou.
Entre os cursos de bacharelado, os campeões no ranking de diplomas esquecidos são Administração, Direito, Ciências Econômicas e Ciências Contábeis. Já entre os cursos de licenciatura, alunos de Pedagogia, Letras, Geografia e História são os que mais negligenciam o documento.
Estudantes de pós-graduação nem sempre fazem questão do documento também. Dos cerca de 5 mil diplomas de mestrado e de doutorado já registrados pela UEM, 329 estão arquivados.
Investigação nas redes sociais
O número de diplomas arquivados na UEM já foi maior. Até 2010, cerca de 2,5 mil estudantes não haviam retirado os certificados de conclusão de curso. Apesar de o volume ser considerado pequeno diante dos 55 mil alunos já diplomados pela instituição, medidas foram adotadas para dar um novo lar a esses documentos.
Desde 2011, a UEM faz a entrega de diplomas na colação de grau. Até então, os certificados demoravam, em média, três meses após a formatura para ficarem prontos. Os estudantes, por sua vez, só retiravam o diploma cerca de seis meses após a colação, em média.
O desafio de encontrar os antigos universitários, porém, continua. Para isso, a UEM tem feito buscas pela internet. “Além de mandarmos e-mail, tentamos encontrar os alunos mais antigos através das redes sociais, principalmente o Facebook. Muitos deles até se assustaram em saber que não haviam retirado o diploma”, contou Jacob.
Como retirar o diploma
Não existe prazo para retirada de diplomas, que são mantidos arquivados na universidade. Os alunos podem entrar em contato com a Divisão de Registro de Diplomas da Diretoria de Assuntos Acadêmicos (DAA) pelos telefones (44) 3011-4556 e (44) 3011-4474 ou pelo e-mail Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo..
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