As obras no Restaurante Universitário (RU) da Universidade Estadual de Maringá (UEM) fizeram aumentar a procura por refeições no Restaurante Popular da cidade, que fica na Avenida Lauro Werneck, ao lado da universidade. O problema é que o número de refeições é limitado a mil por dia e muitos estudantes acabam ficando sem almoço. A principal queixa dos universitários com a falta do RU é o aumento no gasto com alimentação.
O RU sempre teve um custo baixo para as refeições - R$ 1,60 para alunos e R$ 1,44 para mensalistas -, mas desde janeiro está parado para obras que vão modernizar a cozinha e a área administrativa do local. É a primeira vez em 30 anos que o restaurante passa por reformas. “Aqui no RU a comida é muito barata. Em outro restaurante fica bem mais caro, aumentando o custo”, comentou o estudante de Educação Física Marcelo Rodrigues à RPC TV.
As reformas vão suspender as 3 mil refeições diárias do RU até setembro, prazo de entrega da obra. Segundo comunicado da UEM à RPC TV, a instituição estuda a possibilidade de servir refeições em marmitex aos alunos. Como o refeitório do RU não passa por mudanças, o local poderia ser utilizado pelos estudantes.
Enquanto setembro não chega alguns alunos se viram como podem. O estudante de Engenharia Civil Fernando Rosa, por exemplo, almoça no Restaurante Popular de Maringá, que serve os pratos a R$ 2. O problema é que o local distribui mil refeições diárias, ou seja, quem chega atrasado pode ficar sem almoço.
“Por enquanto estou tentando comer no Restaurante Popular, mas o local nem sempre comporta todo mundo. Tem vezes que chego atrasado e já foram servidas todas as refeições”, explicou Rosa.
O secretário de Assistência Social e Cidadania, Flávio Vicente, confirmou que o número de alunos no Restaurante Popular aumentou desde janeiro, mas informou que o local não poderá fornecer mais refeições por razões contratuais. “No ano passado, 25% das pessoas que se alimentavam no Restaurante Popular eram estudantes. Com o fechamento do RU por causa da reforma esse número aumentou”, garantiu.
Outra solução dos alunos é acabar gastando mais em restaurantes próximos à universidade. Quem agradece são os comerciantes locais. “Tivemos um aumento de 20% no movimento”, confirmou Luiz Correia, que é dono de um restaurante. “Investimos um pouco para agilizar o serviço e contratamos um novo funcionário. Tudo para não deixar a clientela esperando.”