Uma ex-servidora da Universidade Estadual de Maringá (UEM) foi condenada por improbidade administrativa por conta de atos de corrupção passiva e violação dos princípios da administração pública. Ela é acusada de ter cometido fraudes em concurso público realizado pela instituição de ensino. A sentença foi proferida pela 3ª vara Cível de Maringá no último dia 1º e divulgada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) na tarde desta sexta-feira (8).
A decisão judicial teve como base ação civil pública proposta pelo Ministério Público do Paraná em novembro do ano passado. De acordo com o promotor responsável pela ação, José Aparecido da Cruz, as irregularidades ocorreram em 2006, ano em que a ex-servidora foi nomeada para prestar apoio técnico administrativo durante um concurso para provimento de vários cargos.
Durante o certame, ela pediu a uma servidora o valor de R$3 mil para a entrega das provas e gabaritos do teste seletivo de técnico de laboratório. Posteriormente, solicitou à outra pessoa o mesmo valor para a entrega de provas para o cargo de bioquímico. "A Promotoria afirma que a venda das provas e gabaritos só não se consumou por fatos alheios à vontade da requerida, mas que a ré colocou em dúvida a imparcialidade e a impessoalidade da instituição", informou o comunicado do MP.
Por conta dessa situação, a universidade instaurou processo administrativo que culminou na demissão da funcionária, que desde 1997 ocupava o cargo de assistente administrativo, prestando serviços na Divisão de Análises Clínicas e na Fármácia Hospitalar do Hospital Universitário de Maringá. Segundo a promotoria, em várias oportunidades, integrou as comissões examinadoras de concursos públicos e teste seletivos.
Sentença
A ex-servidora foi denunciada por impobridade administrativa na forma de corrupção passiva e, por conta disso, terá as sanções de perda das funções públicas se ainda exercer, perda dos direitos políticos por três anos e pagamento de multa civil de até 100 vezes o valor recebido enquanto trabalhava na Universidade.
A decisão cabe recurso. A reportagem tentou contato com a ex-servidora, mas ela não foi localizada para comentar a sentença.
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