O prefeito de Maringá, Silvio Barros (PP), fecha nesta segunda-feira (31) o ciclo de oito anos à frente do terceiro maior município do Paraná. Em entrevista à RPC TV Maringá nesta segunda-feira (31), ele comentou a própria gestão e explicou o motivo de algumas promessas não terem sido cumpridas durante seus mandatos. Entre as principais delas está a retirada dos estacionamentos, conhecidos por "espinhas de peixe", da Avenida Brasil, região central, para melhorar o fluxo de veículos.
“A Avenida Brasil não anda, não tem jeito”, argumentou o prefeito, que passou pela via nesta segunda e ficou alguns minutos preso no tráfego. “Se não retirarmos aquelas 'espinhas de peixe' a avenida nunca vai funcionar como uma artéria extremamente importante para o município. [A obra] Vai ter que ser feita.”
Maringá tem desafios ambientais
Pupin vai assumir terça-feira (1º) uma prefeitura com a qual já está familiarizado. Vice-prefeito de Maringá durante oito anos e mais de 20 vezes interino na chefia do Executivo, Pupin sabe onde deve focar seu trabalho. Ele já organizou uma reforma administrativa, aprovada pela Câmara dos Vereadores, que prevê a criação de secretarias de Recursos Humanos e de Assuntos Comunitários, além da transformação da Secretaria de Transportes em Trânsito e Segurança.
Eleito com 53% dos votos, Pupin vai administrar o terceiro maior município do Paraná, com 367 mil habitantes e um orçamento de quase R$ 872 milhões, valor 15% maior do que o deste ano. A maior parte será destinada para a área da saúde.
O município ainda precisa investir na área ambiental: fazer o controle de árvores “condenadas”, cuidar erosão nos parques públicos e da destinação do lixo. O aterro controlado que recebe 300 toneladas de resíduos diariamente terá sua capacidade expirada em novembro de 2013. Trânsito e segurança também estão na pauta. Entre as propostas, está a instalação de câmeras de vigilância para redução de assaltos aos comerciantes.
Segundo Barros, a decisão de prorrogar a obra foi uma decisão do prefeito eleito para a próxima gestão, Carlos Roberto Pupin (PP). “O Pupin agiu com bom senso”, disse. “Tudo o que a prefeitura faz tem resistência. Alguns comerciantes da Avenida Brasil têm medo da retirada da 'espinha de peixe'. É uma preocupação deles. Teríamos criado uma polêmica em um momento errado [próximo da eleição].”
A transposição do contorno sobre a Universidade Estadual de Maringá (UEM), obra que pretende desafogar a Avenida Mandacaru, também foi citado por Barros como uma das promessas que não puderam ser cumpridas durante sua gestão. Ele afirmou que o Município tem o dinheiro para a obra, mas o terreno é do estado e precisa de uma autorização para ser utilizado.
Câmeras de segurança
O prefeito ainda declarou que as câmeras de segurança ainda não foram implantadas em Maringá porque houve uma divergência entre os projetos municipal e federal. De acordo com Barros, o projeto feito em Brasília não previa a instalação via fibras óticas porque muitos municípios não possuem ainda a ligação. “Mas nós temos. Houve uma reavaliação do projeto e caímos no processo eleitoral, quando a lei proíbe o repasse de recursos.”
Futuro
Barros ainda não sabe se permanecerá na política nos próximos anos. Ele preferiu avaliar a gestão a planejar o futuro. “Sempre está faltando alguma coisa, mas saio com a missão bem cumprida. Não fizemos tudo o que queríamos, mas fizemos tudo o que podíamos. Inclusive fizemos algumas coisas que nem havíamos planejado.”
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