Os professores das sete universidades estaduais paranaenses
deflagraram greve por tempo indeterminado. A categoria exige a aprovação
da Assembleia Legislativa do projeto que garante reajuste de 31,73%,
referente à equiparação do piso salarial do professor ao do quadro
técnico-administrativo de ensino superior, em quatro parcelas anuais de
7,14%. Cerca de 120 mil alunos ficarão sem aulas.
As datas de
greve são diferentes para cada instituição. A Universidade Estadual de
Ponta Grossa para hoje. Nas estaduais de Maringá (UEM) e do Oeste do
Paraná (Unioeste), a greve está marcada para terça-feira. A Universidade
do Centro-Oeste (Unicentro) na quinta. A Universidade Estadual de
Londrina e a do Norte do Paraná (Uenp) param no próximo dia 3. A
Faculdade Estadual de Ciências Econômicas de Apucarana (Fecea) decidirá a
data em assembleia na quinta.
A vice-presidente da Seção
Sindical dos Docentes da UEM, Marta Bellini, conta que o governo
prometeu encaminhar o projeto à Alep até 1.º de maio. Como o envio da
proposta de reajuste só aconteceu na quarta-feira, a categoria não
acredita no cumprimento do acordo ainda neste ano. “Só voltaremos às
atividades quando a lei for aprovada, sancionada pelo governador Beto
Richa e publicada no Diário Oficial””, avalia a vice-presidente da Seção
Sindical dos Docentes da UEM, Marta Bellini.
Limite
O
governo aponta problemas com o limite prudencial da Lei de
Responsabilidade Fiscal para honrar com os pagamentos prometidos. O
Tribunal de Contas do Estado expediu alerta sobre a extrapolação do
limite de gastos, no início deste mês. Como essa situação inviabiliza o
aumento de despesas, os professores estão apreensivos. “Negociamos há
mais de um ano e não esperávamos esse empecilho. O governo terá que
encontrar um modo de cumprir o acordo porque só assim voltaremos ao
trabalho”, diz Marta.