Os professores das
universidades estaduais do Paraná podem entrar em greve a partir do dia
16 do mês que vem. O alerta foi feito ontem pelos sindicatos que
representam a categoria, que cobram do governo o cumprimento do acordo
de reajuste salarial fechado em maio, mas ainda não concedido.
O
aumento reivindicado (31,73%, em quatro parcelas anuais de 7,14%) foi
proposto pelo governo estadual no dia 23 de março. “Este foi o
compromisso assumido pelo governador Beto Richa e será cumprido”, disse,
na época, o secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Alípio
Leal (foto).
Na reunião que selou o acordo, o governo se
comprometeu a encaminhar o projeto de lei do reajuste à Assembleia
Legislativa até 1.º de maio. Mas, quase três meses depois do prazo, o
documento continua parado na Secretaria da Fazenda.
“Considerando que o governo rompeu o acordo com os docentes e o prazo
da proposta, os sindicatos retomam a possibilidade de greve por tempo
indeterminado”, diz nota assinada pelos sindicatos dos docentes da
Unicentro, Unioeste, Universidade Estadual de Maringá (UEM),
Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) e Universidade Estadual de
Londrina (UEL).
Tempo indeterminado
A
“paralisação de advertência” de 24 horas já está confirmada para o dia
16 de agosto. “Se até lá o projeto não for enviado à Assembleia
Legislativa, é praticamente certo que o movimento vai evoluir para a
greve por tempo indeterminado”, diz a presidente da Seção Sindical dos
Docentes da UEPG (Sinduepg), Jeaneth Nunes Stefaniak.