Algumas obras públicas estão sendo paralisadas ou tocadas em ritmo mais lento em Maringá, no noroeste do estado. As construtoras alegam que repasse do dinheiro pelo governo estadual está atrasado desde o início do segundo semestre.
De acordo com o Sindicato da Indústria da Construção Civil no Noroeste do Paraná (Sinduscon Nor-PR) a falta de dinheiro comprometeu pelo menos 13 obras no município. Entre os trabalhos afetados está a construção da nova unidade o Instituto Médico Legal (IML) e as obras de duplicação da PR-323, entre Maringá e Paiçandu.
O problema também paralisou alguns trabalhos realizados no campus da Universidade Estadual de Maringá (UEM). É o caso do futuro centro cirúrgico do Hospital Universitário. Dos 20 funcionários que trabalhavam no local, metade perdeu o emprego enquanto os demais foram transferidos para outras obras.
Também dever ser afetada a reforma do Restaurante Universitário (RU). Sem o repasse das verbas, a conclusão da obra não deve ocorrer este ano.
De acordo com o diretor de obras públicas do Sinduscon Noroeste, Nivaldo Demori, o Estado não diz como e nem quando as pendências serão pagas. “Os repasses começaram a vir mais lentamente em julho e pararam de vez em agosto. Muitos colegas têm nos consultado e relatado o problema. A maioria das empresas são de pequeno e médio porte, ou seja, não aguentam ficar 90 dias sem repasse”, alegou.
Outro construtor que não quis se identificar aponta que tem mais de R$ 1 milhão por receber do Estado. “Não quero parar os trabalhos, mas o ritmo já diminuiu muito. Estamos em atraso com bastante gente e está muito difícil tocar sem dinheiro.”
Problema deve ser regularizado ainda este ano
Em visita a Maringá na tarde desta quarta-feira (20), o governador Beto Richa (PSDB) se comprometeu a agilizar até o fim do ano a liberação de recursos junto a Secretaria de Estado da Fazenda.