Umuarama
– Os engarrafamentos, buzinas e correria de pessoas no centro bancário
de Umuarama deram lugar à calmaria. A situação recorda tempos em que à
cidade era menos agitada. O motivo é a greve nacional dos bancários, que
entra no quinto dia de paralisação e sem previsão para terminar. Outra
paralisação que está a afetar a população é a greve dos funcionários dos
Correios. UEM na greve Ficou para hoje a decisão sobre a suspensão da greve dos técnicos da
Universidade Estadual de Maringá (UEM). Ontem, os servidores em greve
decidiram adiar a decisão de continuar o movimento. Nos Campus de
Umuarama, 80% dos funcionários aderiram a paralisação. Com apenas alguns
profissionais realizando a limpeza algumas salas e banheiros estão
sujos, a situação mostra a necessidade desses trabalhadores. A greve já
dura 13 dias.
Segundo Edilson José Gabriel, coordenador do Sindicato dos Bancários de
Umuarama, das 64 agências da jurisdição do sindicato, 55 estão fechadas e
com apenas os caixas eletrônicos funcionando. O dirigente ressaltou que
os banqueiros ainda não sinalizaram nenhuma negociação com os bancários
e por isso a greve deve permanecer sem previsão para terminar. “São
mais de quinhentos funcionários em greve em Umuarama e região.
Nacionalmente 70% dos bancários aderiram a greve, que até o momento não
tem previsão para terminar”.
Sem manifestação de que a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) vai
ouvir os grevistas, a paralisação deve se estender até o final de
semana. “Não tem como estipular o futuro, mas com certeza a greve deve
prosseguir até o final de semana. Mas a população pode usar os caixas
eletrônicos, que estão realizando a compensação dos cheques e ainda
estão sendo carregadas com dinheiro”, informou.
Na agência dos Correios de Umuarama, mesmo não aderindo à greve, as
entreguas começaram a ser prejudicadas devido à paralisação das demais
unidades no País. De acordo com o delegado do Sindicato dos
Trabalhadores nos Correios de Umuarama, Cristiano da Silva, no último
final de semana os funcionários realizaram um mutirão para conseguir
entregar as correspondências. “As correspondências estão demorando para
chegar devido a greve. No sábado e domingo tivemos que realizar um
mutirão para tentar normalizar a situação em Umuarama”, ressaltou.
A paralisação da categoria, deflagrada por 25 dos 35 sindicatos
regionais, deve continuar até a decisão do Tribunal Superior do Trabalho
(TST), o que só deve acontecer no começo de outubro.
Nova situação
A greve dos bancários pode ter seu lado positivo, sem auxílio dos
funcionários das agências, os umuaramenses começaram a usar os caixas
eletrônicos em horários diferenciados, fugindo da correria convencional
diária. Muitos serviços, que antes as pessoas enfrentavam filas nos
caixas podem ser feitos nos terminais eletrônicos, agilizando horas
intermináveis dentro das agências bancárias.
Bancários continuam em greve e correspondências começam a atrasar
- Umuarama Ilustrado
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