Na passeata, os universitários saíram do câmpus sede da UEM e percorreram avenidas da cidade cantando e alertando para os cortes de verba da educação. A passeata prosseguiu até o centro cívico de Umuarama, onde os alunos foram recebidos pelo vereador Osvaldo Leiteiro na Câmara Municipal. O vereador pediu um prazo de sete dias para buscar uma resposta aos universitários. “Do que adianta estar na melhor universidade do Paraná se não temos condições de ensino”, gritavam os universitários.
De acordo com a comissão de comunicação, o protesto e a passeata foram realizados devido às péssimas condições de estrutura e falta de professores, que a UEM está oferecendo no Câmpus de Umuarama – sede e fazenda. “Precisamos de mais salas de aulas e melhorias nas existentes. Não temos uma biblioteca, faltam laboratórios e precisamos da contratação de professores efetivos, para diversos cursos. Com a implantação dos cursos de engenharias cresceu o número de alunos e com isso a necessidade de ampliação da instituição em Umuarama” diz Renan Toscano – aluno do curso de Engenharia Ambiental.
“As redes elétricas dos dois câmpus não estão suportando os equipamentos dos laboratórios. Sempre quando vamos usar tem queda de energia, o que também colabora para a queima dos equipamentos. Além disso, devido à precariedade das instalações não é possível instalar novos equipamentos nos laboratórios”, informa a aluna de Medicina Veterinária, Nachale Prieto.
Sem hospital
Outro problema levantado pelos alunos é a possível interdição do Hospital Veterinário, que atende toda a comunidade de Umuarama e é peça fundamental na formação dos acadêmicos. “A instalação do hospital é inadequada. A estrutura não comporta as legislações. Exemplo é a existência de uma lavanderia dentro do hospital e outros itens. A qualquer momento a vigilância pode interditar o local e nós estudantes e comunidade seremos prejudicados”, exclamou Nachale Prieto. Segundo o aluno Reinaldo Vendrame a falta de incentivo e o maior problema da instituição. Diretoria do Campus
Palavra da diretoria
Segundo o diretor Câmpus da UEM/Umuarama, professor Osvaldo Joaquim dos
Santos, a diretoria apóia os alunos e ressalta que todas as
reivindicações já foram encaminhadas, há mais de um mês, e a diretoria
está aguardando uma decisão do Governo do Estado. “Tudo que os alunos
pediram já foi encaminhando para a Secretaria de Educação do Estado.
Estamos esperando uma decisão do governo. Com a inclusão dos cursos de
engenharias o campus de Umuarama está precisando de ampliação, como
outros cursos também precisam de assistência”, diz. O professor informou
que foi pedida a construção de 22 laboratórios; como a contratação de
técnicos para o funcionamento dessa estrutura, a construção de uma
biblioteca e a contratação de mais professores para vários cursos.
“Estamos aguardando a posição do governo. Ao nosso lado temos o deputado
federal Osmar Serraglio que sempre nos apóia e vamos lutar por essas
conquistas”, noticiou.
Primeira movimentação
Segundo a comissão de comunicação dos alunos, a diretoria do Campus/Umuarama foi recebida pela reitoria de Maringá, e da reunião, enviaram um engenheiro para estudar possíveis melhorias nos Câmpus de Umuarama. “Precisamos de mais salas para o curso de veterinária e melhorias nos laboratórios. Hoje a UEM/Umuarama conta com 1.100 alunos nas disciplinas presenciais e mais 800 alunos à distância. Não abrimos mais cursos pela falta de estrutura”, finalizou o Diretor.