A Secretaria da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior e o Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes) divulgaram nesta segunda-feira (27) a segunda edição eletrônica do Boletim Indicadores C,T&I. O boletim é publicado duas vezes por ano e avalia os programas de pós-graduação oferecidos no Paraná. O documento completo está disponível no site www.seti.pr.gov.br.
O estudo identifica o número de programas de pós-graduação, por situação jurídica das instituições, ano de instalação, área de conhecimento e conceitos obtidos de 2001 a 2010. As análises foram realizadas a partir dos dados constantes na base de dados Geocapes, da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), do Ministério da Educação.
“São informações fundamentais para a Secretaria, pois permitem aprimorar a política estadual de fortalecimento das nossas pós-graduações, bem como orientar estrategicamente os investimentos em programas com forte potencial para obterem os níveis de excelência definidos pela Capes”, afirma o secretário Alípio Leal, da Ciência Tecnologia e Ensino Superior.
A publicação é um produto do Projeto Sistema de Indicadores de C,T&I do Paraná, coordenado pela secretaria e pelo Ipardes, para definir um conjunto de indicadores de ciência, tecnologia e inovação para o Estado do Paraná, utilizando bases de dados e metodologias que permitam a comparação com outros estados e países.
CRESCIMENTO – De acordo com a coordenadora do projeto na secretaria, Maria Elizabeth Lunardi, os números do levantamento mostram expressivo crescimento dos programas de pós-graduação no Brasil. Nos últimos dez anos, o Brasil teve crescimento de 56,7% no número de programas de pós-graduação (mestrado e doutorado), passando de 927, em 2001, para 1.453, em 2010. Apenas 115 programas em 2010, obtiveram o conceito 7, a nota máxima, considerada pela Capes como de excelência.
De 2001 a 2010, os programas de pós-graduação paranaenses passaram de 37 para 88, representando aumento de 137,8%. “Há que se reconhecer o esforço das universidades estaduais. Se ainda não possuem nenhum programa com conceito 7, tampouco possuem programas com conceito 3, a menor avaliação da Capes”, afirma a pesquisadora.
O levantamento mostra que as universidades públicas, tanto federais quanto estaduais, apresentaram melhora significativa nos conceitos recebidos. Os dados de 2010 mostram que 57,6% dos programas de pós-graduação paranaenses são muito recentes e, portanto, não são elegíveis para a obtenção de conceito 5. Mas em contrapartida, 33,4% dos programas de pós-graduação das instituições de ensino estaduais estavam aptos a receberem conceito 6 ou 7, mas apenas 2 obtiveram sucesso. Dos três únicos programas de pós-graduação com conceito 6 no estado, dois estão instalados na Universidade Estadual de Maringá, (Ciências Biológicas e Agrárias) e um na Universidade Federal do Paraná (Ciências Sociais Aplicadas).