A Universidade Estadual de Maringá (UEM) está recrutando pessoas com sequela de AVC (Acidente Vascular Cerebral) para participarem das avaliações e tratamento fisioterápico, de forma gratuita, no Laboratório de Biomecânica e Comportamento Motor (Labicom).
Os voluntários serão cadastrados no projeto de pesquisa "Avaliação Cinemática Tridimensional na Reabilitação Neurofuncional do Membro Superior em Pacientes com Acidente Vascular Cerebral Crônico", desenvolvido pelo fisioterapeuta neurofuncional Fellipe Bandeira Lima, aluno do curso de doutorado da Universidade do Porto, em Portugal.
O objetivo da pesquisa é contribuir para qualidade de vida das pessoas acometidas pelo acidente vascular cerebral crônico, promover o desenvolvimento e estimular a reabilitação mais eficientemente.
Fellipe Lima é orientado pela professora Cláudia Isabel Costa da Silva e o estudo tem a colaboração do Labicom (Bloco M-5, sala 4-B, câmpus universitário), coordenado e supervisionado pelo professor Pedro Paulo Deprá, do Departamento de Educação Física (DEF), da UEM.
Outras informações sobre o recrutamento e a pesquisa podem ser obtidas pelo telefone (44) 99828-2768. O e-mail é Este endereço de email está sendo protegido de spambots. Você precisa do JavaScript ativado para vê-lo.
O ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, esteve em Maringá no final da tarde de ontem (2), acompanhado do presidente da Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional, deputado federal Alex Canziani (PTB-PR), para formalizar o repasse na ordem R$ 509.393 para a Universidade Estadual de Maringá (UEM).
Os recursos serão destinados a investimentos para mecânica de solo do curso de engenharia civil.
Trata-se de um convênio entre o Ministério da Educação (MEC) e a Secretaria Estadual e Ciência, Tecnologia
e Ensino Superior (Seti) para a melhoria da qualidade de ensino.
"É um grande investimento que vai resultar a melhor formação de futuros engenheiros para o Estado e para o Brasil", comenta o Rossieli.
O repasse faz parte da emenda da bancada parlamentar, onde há a participação de todos os deputados federais em conjunto com os senadores representantes de cada Estado.
Com isso, eles irão destinar aproximadamente R$ 22 milhões para sete universidades paranaenses. Mas a verba é repassada aos poucos, não cai na conta de uma vez.
"São cerca de R$ 3 milhões para cada uma, tanto para manutenção como investimentos em projetos, prédios, salas de aulas, laboratórios entre outros. Os gastos com o dinheiro já foram tratados entre os deputados e as universidades. São verbas da União repassadas para instituições estaduais.
Quando a gente olha para o ecossistema do ensino superior, é importante que haja a participação federal para o desenvolvimento das regiões", explica.
O titular da Seti, Décio Sperandio, comenta que esta é uma antiga reivindicação das associações de reitorias das universidades estaduais, que pedem o apoio do governo federal em suas ações. "A emenda foi empenhada e agora está formalizado o processo de repasse", relata.
Para o vice-reitor da instituição, Júlio Cesar Damasceno, a verba é muito bem-vinda para os investimentos e melhorias no ensino, pesquisa e extensão. "Este é o nosso lema. Estamos contentes com esse novo eixo de financiamento. Nossa universidade merece. Estamos presentes em rankings de excelência e com estes recursos, teremos resultados ainda melhores. Logo mostraremos os novos resultados", garante.
Além de Maringá, o ministro cumpriu agendas pelo interior do Paraná, passando por várias universidades públicas, entre estaduais e federais.
Ele também esteve em Londrina, Apucarana e Paranavaí
Canziani acompanha ministro pelo interior do Estado
O deputado federal Alex Canziani (PTB-PR) está acompanhando o ministro da Educação, Rossieli Soares da Silva, em agenda pelo interior do Paraná que começou ontem.
Ele passa pela quinta legislatura consecutiva e foi o segundo parlamentar mais bem votado do Estado. Atualmente, ele preside a Frente Parlamentar da Educação do Congresso Nacional e tem colaborado nas emendas da bancada parlamentar, atuando no setor da educação.
Ele ainda está ligado a Comissão de Trabalho, de Administração e Serviço Público da Câmara e é suplente da Comissão de Turismo e Desporto. Canziani é pré-candidato ao Senado neste ano, mas ainda precisa passar pelas convenções, que deverão ocorrer neste mês. /// Victor Rodrigues
Três chapas irão concorrer às eleições para a Reitoria da Universidade Estadual de Maringá (UEM). O prazo de inscrição encerrou-se na segunda-feira, dia 25. Na última sexta-feira, dia 22, a chapa Avançar e Inovar protocolou o pedido de inscrição. Inscreveram-se, pela ordem, UEM de Todos e UEM em Frente.
O grupo Avançar e Inovar tem como candidatos a reitor e vice-reitor, respectivamente, Julio César Damasceno, professor do Departamento de Zootecnia e atual vice-reitor da UEM, e Ricardo Dias Silva, chefe do Departamento de Arquitetura e Urbanismo.
Os candidatos da chapa UEM de Todos são Roberto Kenji Nakamura Cuman, diretor do Centro de Ciências da Saúde (CCS), e Leandro Vanalli, diretor do Centro de Tecnologia (CTC), respectivamente nos cargos de reitor e vice.
UEM em Frente concorre com as professoras Ana Lúcia Rodrigues, do Departamento de Ciências Sociais e coordenadora do Observatório das Metrópoles, e Lilian Denise Mai, do Departamento de Enfermagem. Ana Lúcia como reitora e Lilian vice.
O pleito será realizado, em primeiro turno, no dia 21 de agosto. Essa eleição marca a retomada da paridade, na qual os votos de alunos, técnicos e professores têm o mesmo peso.
O total de votantes é 29.459, mas esse número ainda pode sofrer alteração até a publicação da lista denitiva do Colégio Eleitoral, que será no dia 2 de julho. No mesmo dia, a Comissão Eleitoral homologa as chapas. A posse dos vencedores será em 10 de outubro.
Acesse o site oficial das Eleições para acompanhar o calendário e demais informações sobre o processo eleitoral. ///
As instituições que produzem atividades culturais em Maringá poderiam encontrar ferramentas para divulgar de maneira mais abrangente e eficiente suas iniciativas e contribuir mais diretamente para envolver um volume de público maior em sua promoções. Um exemplo mais recente foi a realização da V CIELLI, que abordou temas e debates colóquios internacionais de estudos linguísticos e literários, promovido pelo Programa de pós-graduação em Letras da Universidade Estadual de Maringá.
"Diálogos poéticos: criação e estética" foi uma das atividades promovidas pelo V CIELLI, sob a coordenação dos professores Weslei Roberto Cândido, Lúcia Osana Zolin e Wiliam César Ramos. Nessa atividade, a proposta foi oportunizar um contato mais profícuo entre os participantes do evento e os convidados que, além de professores e escritores. Entre os convidados, Narlan Matos (Estados Unidos), Leonardo Tonus (França) e Maria Rosa Lojo (Argentina). Os dois primeiros, inclusive, lançando seus livros recentes.
A exemplo dos sites da USP, PUC, etc. nem sempre a informação postada é acessada pelo público fora dos campus. Em Maringá, não fosse uma informação informal, o evento cultural passaria despercebido pelo público que está fora do campus da Universidade. Mesmo assim, houve tentativas com algumas entidades e produtores culturais para tentar um encontro informal com pelo menos um dos palestrantes do V CIELLI.
Embora de última hora, alguns escritores e poetas ligados a uma agremiação literária conseguiram se comunicar entre si para ouvir um dos palestrantes. O encontro informal foi com Narlan Matos, escritor baiano há mais de 20 anos radicado nos Estados Unidos. O local foi uma das salas de reuniões do mesmo hotel que cede espaço para uma agremiação fazer suas reuniões mensais. O conteúdo do encontro será assunto para um próximo artigo.
Essas improvisações mostram o quanto a cultura maringaense precisa preencher seu espaço com competência, ser reconhecida e valorizada pelas suas realizações e interagir nas atividades pontuais de outros centros que produzem cultura. A UEM é uma fonte inesgotável de atividades culturais, mas restringe suas divulgações em links que nem sempre são acessados fora do campus universitário. A nova proposta é estabelecer uma linha direta entre pessoas e instituições que produzem cultura. Quem sabe dá certo?
O Ministério da Saúde instituiu o Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. A data, celebrada em dezoito de maio, promove a reflexão sobre o assunto. Há também o Protocolo de Atendimento do Ministério da Saúde às vítimas de violência sexual.
A pediatra e hebiatra (especialidade que cuida de adolescentes) Odete Antunes de Oliveira é a coordenadora de Vigilância Epidemiológica Hospitalar, do Hospital Universitário Regional de Maringá (HUM), e responsável por aplicar o Protocolo de Atendimento.
Ela explica que este protocolo tem como foco orientar os profissionais da saúde para que atendam às vítimas da melhor maneira possível. Segundo a médica, o documento visa à prevenção de algumas Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) como a contaminação pelo HIV, a sífilis e a tricomoníase, além da gravidez após o abuso.
"A vítima, além de tomar medicações para o tratamento das DST, é encaminhada ao setor de serviço social onde recebe atendimento psicológico. Depois, decide-se para qual instituição responsável será levada. O Conselho Tutelar, em caso de crianças e adolescentes; se é idoso, para o Conselho do Idoso; uma mulher vítima de violência para a Delegacia da Mulher. É um trabalho em rede, na verdade", salienta a coordenadora. A médica ressalta que, apesar do Protocolo se relacionar também com vítimas de outros tipos de violência, o HUM é referência no atendimento às vítimas de violência sexual da 15ª Regional da Saúde. Recentemente, ela apresentou o documento do Ministério da Saúde para profissionais de toda região, para os médicos residentes do HUM e para os alunos dos quinto e sexto anos de Medicina da Universidade Estadual de Maringá (UEM), que atuam no Hospital.
"Existe um envelope com toda a documentação sobre os atendimentos aos casos de violência sexual que fica à disposição dos profissionais e alunos. É um material de educação sobre abuso, que foi desenvolvido por nossa equipe, a partir do protocolo do governo federal. Atuo junto com as enfermeiras Mariluci Pereira de Camargo Labegalini e Hellen Carla Rickli, e a técnica Beatriz Sayuri Babá. A partir do documento do Ministério, nós já produzimos campanhas com cartazes e folderes e desenvolvemos ações de educação continuada para a orientação dos profissionais no atendimento às vítimas. Como é um tema delicado, é difícil lidar com essa situação. Ninguém quer encarar, porque a vítima está sempre muito fragilizada. Por isso, precisamos treinar nossos profissionais e alunos. Eles precisam ter um olhar melhor, uma escuta melhor para essas pessoas", ressalta Odete Oliveira.O encaminhamento desses casos no Hospital Universitário é de livre demanda. Isto é, a vítima pode se dirigir direto ao Pronto Atendimento (PA). Mas também pode ser enviada pelo município, pelas escolas, pelo Conselho Tutelar, pelas delegacias. Na maior parte das vezes, as próprias vítimas e familiares vêm ao HUM, onde são atendidos pelos profissionais responsáveis. Odete diz que a prevenção ou denúncia de abusos, no caso de adultos é mais fácil, já que eles mesmos contam ou denunciam. "A criança é o caso mais difícil.
Precisamos ficar atentos a mudanças de comportamento. A criança vai ficando entristecida, ela começa a ir mal na escola. É preciso prestar atenção, tanto os pais, que às vezes deixam a criança o dia todo com outras pessoas, quanto a escola, com o olhar da professora, da cuidadora do pátio. Geralmente, também, surgem lesões, por isso, é importante prestar atenção no corpo da criança, nas secreções", alerta a pediatra.
A médica reforça que, no HUM, a porta de entrada para esse acompanhamento é o Pronto Socorro. "Lá, é feita uma ficha e a pessoa é encaminhada ao Acolhimento, que direcionará, dentro do Hospital, a quais setores a vítima será levada. Para a aplicação do protocolo, o paciente deve vir antes de 72 horas do abuso", explica. Abusos sexuais podem ser denunciados pelo telefone 100.