Embora a Secretaria do Estado da Fazenda (Sefa) tenha informado que os pagamentos dos credenciados do Hospital Universitário (HU) de Maringá "estão ocorrendo regularmente, conforme programação", os prestadores de serviço alegam que ainda não receberam os salários de dezembro de 2018.
Sobre o atraso, a assessoria de imprensa da Sefa enviou nota à Redação na última quarta-feira (23) dizendo que "os órgãos integrantes do Sistema Novo Siaf, incluindo as universidades, foram informados antecipadamente sobre a disponibilidade do Sistema para Execução Orçamentária das despesas relativo a LOA de 2019, considerando algumas premissas, como a comunicação do término da execução orçamentária das receitas e despesas e a consequente liberação dos saldos de empenhos do exercício 2018 para autorização à inscrição em restos a pagar. Por parte da UEM, tão logo prestadas as informações à Sefa, houve o desbloqueio dos recursos orçamentários. Informamos que o problema já foi solucionado e os pagamentos estão ocorrendo regularmente conforme programação".
Mas, alguns credenciados do HU procuraram a Reportagem de O Diário nesta quinta-feira e disseram que ainda não receberam o pagamento. Disseram, ainda, que no contrato consta que o pagamento deve ser feito em até 14 dias após a assinatura do holerite – o que ocorreu no quinto dia útil do mês.
De acordo com o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio César Damasceno, o pagamento dos credenciados ainda não foi feito porque a Secretaria do Estado da Fazenda não liberou a cota financeira no sistema.
"Quem nos dá a cota financeira é a Sefa, que é o último procedimento para que a gente possa disparar o processo para que o pagamento seja feito direto na conta das pessoas. Esse procedimento não foi feito, e sem isso não podemos efetuar o pagamento. E a partir do momento que nos derem cota, demoram ainda três dias úteis para o dinheiro cair na conta das pessoas", explica.
Damacesno contactou a Sefa na tarde de ontem (24). "Eles disseram que estão procurando resolver essa questão, e que a cota está para ser liberada. Não há má vontade de ninguém. Todo mundo está correndo atrás de efetuar o pagamento o mais rápido possível", enfatizou.
Segundo o reitor, o atraso é considerado normal no início de ano. Isso porque no final de todos os anos, o governo fecha o sistema Novo Siaf para balanço e reabre no início do ano seguinte. O Novo Siaf é usado para registro, acompanhamento e controle da execução orçamentária, financeira e patrimonial do Estado.
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