A nova ala do Hospital Universitário de Maringá (HUM) foi entregue na tarde desta quinta-feira, em uma solenidade que contou com a presença do titular da Secretaria Estadual de Saúde, Antônio Carlos Nardi, representando a governadora Cida Borghetti (PP), o reitor da Universidade Estadual de Maringá (UEM), Júlio Damasceno, além de autoridades municipais de Maringá e de cidades vizinhas que pertencem a 15ª Divisão Regional de Saúde. A ala tem capacidade para 108 novos leitos, em 8,5 mil metros quadrados e foi edicada em dois anos, com investimentos do Estado, cerca de R$ 18 milhões.
O HU já contava com 126 leitos e somados aos novos, dá um total de 234. Mas, embora esteja apto para receber os móveis e equipamentos, o novo prédio ainda não tem previsão de quando será utilizado, pois depende de recursos para estruturação interna. Além disso, servirá para abrigar a ala já existente, que deverá passar por reformas e readequações. "Para colocarmos em funcionamento, precisamos equipá-la, e contratar novos servidores. De imediato, necessitaríamos de 36 médicos para repor o déficit de médicos que perdemos ao longo dos anos, como aposentados, transferidos, ou que faleceram. Agora que o prédio está pronto, a próxima fase é transferir parte da ala antiga para a nova, para que a gente libere o espaço para as reformas. Vamos mapear as zonas mais vulneráveis que precisam de reparos urgentes", explica o reitor da UEM, Júlio Damasceno.
A expectativa é que todos os trâmites ocorram no primeiro semestre de 2019, porque a universidade deverá solicitar fundos para o novo governo e seguir com o projeto. "Ainda dependemos da sensibilização do governo. E esperamos conseguir dobrar a capacidade efetiva de leitos", completa.
Damasceno comentou que o HU também tem um recurso anunciado recentemente pelo Estado no valor de R$ 50 milhões. "Pelo momento tardio, não conseguiremos utilizar em 2018, mas temos esperança que será liberado no próximo ano. Isso permitirá a finalização do centro cirúrgico e outras seis salas de cirurgias", expõe.
Sobre a ameaça de interdição ética das atividades da unidade hospitalar, feita pelo Conselho Regional de Medicina do Paraná (CRM-PR), no dia 20 de dezembro, o reitor diz que a equipe tem trabalhado para atender todos os tópicos apontados, sobretudo, a falta de pessoal. "Continuamos batalhando. Tentamos a recomposição do quadro de funcionários, mas não conseguimos, mas temos esperança que isso será solucionado o mais breve possível", destaca.
O secretário de Estado da Saúde, Antônio Carlos Nardi, explicou que, neste ano, não foi possível fazer novas contratações por se tratar de um ano político, impossibilitada pela lei eleitoral. "Também tem o limite prudencial de contratações. Mas é claro que as forças maringaenses convergirão para trabalharem com as forças políticas para solucionarem esta questão no ano que vem. A nossa parte enquanto governo vigente está integralmente quitada com o HU. A adequação do prédio também é um apontamento do CRM, e a entrega da nova ala já atende um dos quesitos. As questões de recursos humanos cará a cargo do futuro governo".