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Com robô e pesquisas com peixes, universidades estaduais promovem inovações em Cascavel

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10-02-2022
Entre diversos protótipos, a Unioeste apresentou um robô para pulverização de precisão que proporciona automatização e eficiência na aplicação de defensivos agrícolas.

Pesquisas científicas e tecnológicas voltadas ao aumento da produtividade de pequenas, médias e grandes propriedades agropecuárias estão movimentando o estande da Ciência e Tecnologia do Governo do Estado, no Show Rural 2022, em Cascavel, no Oeste do Paraná. O evento segue até sexta-feira (11) no Parque Tecnológico da Cooperativa Agroindustrial de Cascavel (Coopavel).

Pesquisadores, professores e estudantes das sete universidades estaduais do Paraná se revezam na promoção de projetos inovadores para o setor rural, desenvolvidos em vários câmpus das instituições de ensino superior.

A Superintendência Geral de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) também está presente na feira, divulgando o Programa de Apoio à Propriedade Intelectual com Foco no Mercado (Prime). Lançada em 2021, a iniciativa visa transformar pesquisas acadêmicas em produtos e serviços para a população.

Empreendedores beneficiados pela primeira edição do programa estão no estande conversando com o público sobre a experiência.

INOVAÇÃO – Entre diversos protótipos, a Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste) apresentou um robô para pulverização de precisão, que proporciona automatização e eficiência na aplicação de defensivos agrícolas. O equipamento faz parte do projeto de pesquisa Smartfarm – conceito que se refere ao gerenciamento de fazendas, a partir da utilização de tecnologia da informação e comunicação (TIC).

“A ideia do robô surgiu de demandas de produtores rurais e empresas agrícolas, como solução alternativa para os pulverizadores convencionais, que têm dificuldade de uso em algumas propriedades, devido à declividade e irregularidade dos terrenos”, destaca o professor Antonio Marcos Massao Hachisuca, que atua no Centro de Engenharias e Ciências Exatas (Cece), no campus de Foz do Iguaçu.

Também chamados de produtos fitossanitários, os defensivos agrícolas são produtos químicos e biológicos, que controlam plantas invasoras (herbicidas), insetos (inseticidas), fungos (fungicidas), bactérias (bactericidas), ácaros (acaricidas) e ratos (rodenticidas).

“Esse robô pulverizador tem alta capacidade de navegabilidade, o que permite girar as quatro rodas de forma sincronizada ou independente, por meio de um software embarcado, com possibilidade de instalação de mais sensores para torná-lo capaz de operar de forma autônoma”, afirma o coordenador do projeto, professor Hachisuca.

Engenheiro Agrônomo com experiência em solos, nutrição de plantas, sensoriamento remoto e agricultura de precisão, o pesquisador Marlon Rodrigues, que cursa pós-doutorado em Engenharia Agrícola na Unioeste, explica que, entre os vários comandos, o robô recebe imagens coletadas da lavoura com a indicação dos pontos que demandam a aplicação diferenciada e localizada de defensivos agrícolas.

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