A Comissão de Política Salarial, ligada a Casa Civil do Governo do Paraná, indeferiu o pedido de renovação de contratos de 104 professores temporários da Universidade Estadual de Maringá (UEM). A informação consta na ata nº 024/2019 encaminhada à direção da instituição na sexta-feira (19) e divulgada à imprensa neste domingo (21). Com isto, os mais de 100 contratados podem ser desligados no próximo dia 31.
Na reunião realizada na última semana, a comissão também discutiu a contratação de novos docentes em regime especial para o segundo semestre do ano. O documento vincula a revisão do pedido de renovação dos contratos a uma série de condicionantes, como ao envio de informações do Meta4; o pagamento de TIDE para os docentes temporários e o pagamento de serviços extraordinários.
A Reitoria da UEM alega ter enviado ao governo todas as informações necessárias para renovação dos contratos de temporários, incluindo planilhas de disciplinas, carga horária ministrada, número de turmas, entre outros dados. Segundo a assessoria da universidade, “o indeferimento do pedido da UEM causou grande surpresa, uma vez que os novos critérios anunciados não guardam relação com o dimensionamento do quantitativo de horas para os professores temporários, levando em consideração apenas questões orçamentárias”.
Para instituição, qualquer redução da carga horária demandada comprometerá a manutenção de vários cursos da instituição. É que os docentes temporários em questão ocupam cargos de professores aposentados, exonerados e que morreram.
Atualmente, a Universidade Estadual de Maringá tem cerca de 450 professores temporários.
No primeiro semestre, a instituição recebeu 18 mil horas semanais para docentes deste regime especial.