Edson Arpini Miguel conta um pouco da história do Grupo Plantão Musical.

Edson Arpini Miguel é médico pediatra e professor do Departamento de Medicina. Com uma rotina bastante agitada ele encontrou na música a receita perfeita para relaxar. Dono de uma voz de fazer inveja, Arpini acabou sendo “fisgado” pelo Plantão Musical, grupo integrado só por médicos e cujas apresentações musicais costumam lotar os espaços culturais de Maringá.

Membro do Plantão Musical há pelo menos três anos, Arpini comenta que o convite para integrar o time de médicos cantores veio em boa hora e foi recebido com entusiasmo e gratidão. No início ele não tinha noção do quanto se envolveria com a proposta, não demorou a descobrir isso. Nos ensaios e nas apresentações, os problemas, profissionais e pessoais, são deixados de lado. “A música é envolvente e quando ela entra em cena toma conta de tudo”, brinca, destacando que os encontros com o grupo proporcionam momentos tranquilizadores.

“Reconheço o papel importante que o grupo teve em minha vida”

Arpini é um dos novatos entre os “plantonistas cantores” e o maior motivador para permanecer no grupo é exatamente a vocação Plantão Musical, que é levar boa música ao público. “Encontrar pessoas que compartilham e dividem ótimos momentos musicais é também um ótimo incentivo”.

Apaixonado pela música popular brasileira, ele fala sobre a importância do grupo continuar existindo, levando para as pessoas um pouco do que é ser brasileiro nessa expressão musical, que tem uma identidade muito própria no Brasil.

Um pouco sobre a história do grupo

O que no início era apenas uma ‘‘brincadeira’’, logo foi se tornando um grupo sólido, com atividades e apresentações. Amigos e amantes da música, o grupo Plantão Musical fez e ainda faz muita história aqui na cidade de Maringá.

Tudo começou há mais ou menos duas décadas, com momentos de confraternização entre amigos médicos, que se juntavam para conversar, cantar, contar história, para se divertir. Em meio a estes momentos, percebeu-se a paixão dos integrantes por cantar, e foi assim que Benedito Carlos Tel (coordenador e integrante do Plantão Musical), teve a ideia de reunir esses amigos para formar um grupo.

Todo grupo precisa de um nome, certo?! Benedito conta que o nome “Plantão Musical” surgiu enquanto estava caminhando pelo Parque do Ingá. Ele se deparou com uma placa que anunciava o vestibular da UEM e trazia a inscrição “Plantão para o Vestibular”. Estava ali a inspiração para batizar o grupo.

Pronto! O Plantão Musical já tinha tudo para dar certo.

Em 1999, começou os ensaios para o primeiro show. Os amigos se reuniam todas as segundas-feiras, e a cada ano escolhiam um compositor brasileiro para homenagear no Show. Grandes nomes como Noel Rosa, Cartola, Lupicínio Rodrigues, Vinícius de Moraes, Ary Barroso, Dorival Caymmi, Tom Jobim, Gonzagão e Gonzaguinha, Roberto Carlos, dentre outros, foram destaques nas apresentações.

“Já fizemos mais de 20 shows, e a finalidade continua sendo trabalhar a alegria”, relata o veterano Benedito Tel. O reconhecimento foi tanto que o grupo já foi convidado para shows outras cidades como Curitiba, Terra Rica e até mesmo para abertura de eventos.

Ao longo destas duas décadas o público pode acompanhar algumas alterações no perfil do Plantão. Uma mudança sentida se deu com o afastamento do “plantonista” Celso Barreto, que durante anos foi responsável por fazer o “link” entre as músicas e os médicos. Por alguns problemas de saúde ele não conseguiu mais exercer essa função de maestro geral, mas continua como uma figura icônica para toda equipe, estando sempre presente nos ensaios.

Atualmente o Plantão Musical conta com 18 membros que são, por ordem alfabética: Adriana Albuquerque, Ana Cleia, Andre Trota, Anna Rose Tetto, Benedito Tel, Celso Barreto, Cristina Herreira, Edson Arpini Miguel, Egle Leão, Carlos J. Pena, Gilson Volpe, José Francisco Da Silveira, Marcia Hoyos, Maria Tereza Coimbra, Paulo Roberto Donadio, Robson Souza, Rudimar Roces Rios, Sergio Piva e Simone Yabiku.

Do grupo, três estão ligados à UEM e ao Hospital Universitário. O próprio Edson Arpini, Paulo Roberto Donadio e Egle Leão.

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Por. Natália Luvizeto