Apaixonado pelos seus hobbies, Luciano Wilian da Silva conta como a fotografia e a música o envolveram

Servidor técnico da UEM há quase 24 anos, dos quais 19 na Editora da UEM, Luciano conta um pouco da sua história com a fotografia e a música. Tudo começou quando ele ainda era menino? Na verdade não. Naquela época, morando no interior no Paraná, sonhava em ser astronauta. A bem da verdade, também queria ser desenhista, um grande guitarrista.... Foram muitos sonhos acalentados durante toda a infância.

Luciano cresceu e quando surgiu a fotografia digital ele descobriu pelas lentes da câmera um jeito novo de olhar o mundo. Ainda que a fotografia não integrasse as atividades no trabalho na editora, ele trouxe aliou hobby e profissão, criando muitas capas de livros da Eduem a partir das fotografias que fez. “Tenho vários projetos na área que ainda quero executar”, afirma.

Além da arte de fotografar, Luciano é apaixonado por música. “O Blues me envolveu de uma forma suave e ao mesmo tempo voraz, me encantei totalmente pelo estilo”, declara o gaiteiro. Não é à toa que ele é conhecido por muitos como “Luciano Blues”.

So Glad You're Mine

A história com a música começou desde pequeno. O pai gostava de escutar sertanejo raiz e sempre deixava um rádio perto do berço. Na adolescência, lá pela década de 1980, descobriu o Raul Seixas: “Nem sabia quem era, gravei as músicas no vídeo cassete e fiquei escutando repetidamente”. Uma das músicas que lhe marcaram foi So Glad You're Mine, uma versão que Raul fez de Elvis Presley no estilo blues. Para então consolidar de vez sua paixão pelo estilo, Luciano diz que foi seduzido pelo filme Irmãos caras de pau, uma comédia musical que tinha o Blues como trilha sonora. “Assisti o filme umas 100 vezes”, declarou ele.

Com todas essas referências, Luciano pegou o violão de sua irmã, que tinha desistido de suas aulas musicais, e aprendeu a tocar sozinho o instrumento. Seu grande sonho era ser guitarrista, porém foi a gaita que lhe abriu  portas.

Nascido em Apucarana, Luciano veio para Maringá em 1990 e logo conheceu um grande amigo chamado André. E foi por causa de um método instrumental de gaita, emprestado de seu amigo, que as primeiras notas começaram a sair. “Peguei esse método e comprei uma gaita por curiosidade. Foi difícil no início, mas logo comecei a tocar em bandas”, disse ele.

Alguns anos depois, com uma carreira mais estabilizada, o gaiteiro começou a dar aulas aqui na região, e declara que levou dois anos para aprender o que levava três meses para ensinar, se referindo a importância de ter um professor no processo de aprendizado.

Conhecido pelo seu talento, Luciano participou e criou várias bandas e projetos musicais. Com o Blues Melody (banda que era formada por quatro músicos), ele conseguiu realizar dois de seus sonhos: tocar para um público grande e gravar um disco.

Por não ter, na época, muitos instrumentistas de gaita no estilo blues aqui em Maringá, Luciano era bem requisitado, mas sempre deixou claro que isso seria seu hobby e não a profissão. “A música é como se fosse meu futebol de fim de semana”.
“A expressão da minha vida”

Atualmente, Luciano Blues faz parte do grupo Blues Vein, revezando na gaita e na guitarra, além de se apresentar em bares e palcos livres como solo.

Perguntado sobre sua preferência entre a fotografia e a música, a resposta vem logo. “Escolheria ambos”. Mas confessa que a música representa, para além de um hobby, uma forma de expressão. “Eu sendo uma pessoa anônima, do povo, a música é uma forma de falar mais alto, mostrar quem eu sou, transmitir o que eu sinto. É uma expressão de vida”.

Confira a seguir uma apresentação especial de Luciano Blues preparada para o #NossaUEM:

Texto: Natalia Luvizeto
Fotos e vídeo: Aline Barreto