Com a responsabilidade de oferecer ensino superior gratuito e de qualidade, a UEM se instalou no município de Ivaiporã em 2010. Localizada no centro-norte do Paraná a cidade, cuja economia é baseada na agricultura e serviços, fica em uma das regiões que registra um dos IDHs mais baixo do Paraná.

Um dos principais problemas do município era a falta de centros formadores de ensino superior na região, o que fazia com que houvesse uma migração de jovens em busca de um diploma de graduação. Mas não eram muitas as famílias com condições financeiras para manter os filhos estudando longe.

Trazer a UEM para Ivaiporã daria uma perspectiva nova à região e a empreitada gerou uma mobilização forte da sociedade local, até que o Governo do Estado publicou o Decreto Estadual nº 7.106/2010 que criou o Câmpus Regional do Vale do Ivaí (CRV) oferecendo inicialmente os cursos de Educação Física, História e Serviço Social.

A diretora do CRV, professora Fernanda Errero, destaca que o projeto de implantação do câmpus prevê a abertura de outros seis cursos, mas para que isso é necessário investimentos que garantam a qualidade, tanto do ensino como dos projetos de pesquisas e de extensão, além da continuidade da manutenção dos cursos já existentes.

Hoje o Câmpus Regional do Vale do Ivaí conta com uma infraestrutura de 52.663,72 m², contando com um ginásio de esportes, um campo de futebol e uma pista de atletismo e o Bloco I01 com 8 salas de aulas, salas administrativas, salas de professores e biblioteca.

Além do bom desempenho na avaliação no ENADE (Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes), os cursos ofertados em Ivaiporã também se destacam pelo fomento ao estudo e permanência estudantil graças à oferta de bolsas de estudo. Atualmente são 77 no total, divididas entre projetos de pesquisa e monitorias acadêmicas, o que contribui para uma formação ainda mais completa dos alunos.

“Não tem preço ver os resultados que a Universidade traz”

Professora desde a implantação do câmpus, Elizete Conceição Silva conta como a UEM forma pessoas que fazem a diferença onde estão inseridas. Com mais de 30 projetos de pesquisas distribuídos nos três cursos, o CRV fortalece o vínculo entre a região e a ciência. Elizete destaca também o incentivo que há para que os alunos desenvolvam seus trabalhos de conclusão de curso sobre assuntos de vivência da própria região, e afirma que “Não tem preço ver os resultados que a Universidade traz”.
A professora diz ter um carinho muito especial pelo CRV, justamente por ter participado do “plantio” do câmpus e hoje pode ver os frutos gerados, que podem facilmente percebido através da história de muitos ex-alunos que, depois de formados, mudaram a vida de suas famílias e comunidade.

“Temos muito ainda por fazer, mas creio que o que já foi feito até aqui dá pra dizer que a UEM está cumprindo o seu papel na região, ofertando ensino público e de qualidade para desenvolver cidadãos críticos”, comenta a professora.
Desafio é a palavra que resume, para Elizete, o que o CRV lhe proporcionou, trazendo uma satisfação de participar de uma realidade diferente, com muitas dificuldades e podendo contribuir para a mudança. Grata por fazer parte disso, ela afirma: É muito bom ser desafiada!

Por. Natália Luvizeto