Com uma área de 19,3 alqueires na estrada rural da Cidade Gaúcha, o Câmpus Regional do Arenito (CAR) oferece o curso presencial de Engenharia Agrícola e também é um dos polos EAD da UEM.

A história do câmpus começou com uma conversa entre a prefeitura do município e a UEM para expandir as áreas de conhecimento da região que resultou na fundação, em 1988, do Câmpus Avançado de Pesquisa em Agronomia e Zootecnia em Cidade Gaúcha. Este Centro de Pesquisa era como uma extensão do câmpus de Maringá e servia de suporte para o desenvolvimento de projetos experimentais nas duas áreas.

O curso de Engenharia Agrícola viria só em 2002, ano em que a UEM registrou uma forte expansão na graduação. Com alguma proximidade da área das Ciências Agrárias, o curso foi criado com uma proposta diferente, sendo mais focado nas Ciências Exatas.

A construção das salas de aula se deu graças a uma mobilização da comunidade local, que fez várias campanhas para a arrecadação de recursos para compra do material de construção, garantindo a boa estrutura física que o Câmpus Regional do Arenito exibe até hoje. O apoio da comunidade local também se mantém, sendo uma das marcas do CAR.

Marcelo Alessandro Araújo, atual diretor do CAR, destaca o impacto da Universidade em Cidade Gaúcha: “A UEM é muito mais que um câmpus, ela tem um grande valor para o nosso município”, enfatiza. De acordo com o diretor, a Universidade contribui fortemente para o fortalecimento econômico da região, formando alunos que geram novos empregos e oportunidades de crescimento para o setor agrícola.

“A UEM já faz parte de mim”

Com quase 25 anos de casa, Marcelo conta que chegar à universidade não foi um caminho fácil para ele. Menino de uma vida simples, ele diz que sempre estudou em escola pública. Com esforço, em 1994, ele iniciou o curso de Agronomia na UEM e, e após a conclusão da faculdade, retornou à Instituição, desta vez como docente.

“A UEM já faz parte de mim, mais da metade do que eu já vivi foi aqui”, conta orgulhoso o professor. Para ele, a universidade traz oportunidades de vida, tem a capacidade de transformar o futuro e é justamente por isso que ele fala da importância de retribuir aquilo que recebeu.

Aos 44 anos, o diretor do CAR diz que seu objetivo é dar o seu melhor para a Instituição que também o acolheu e contribuir para os acadêmicos tenham uma boa formação e retribuam para sua comunidade.

Viveiro de mudas

Vale lembrar que o Câmpus de Cidade Gaúcha também abriga um viveiro de mudas desde o fim da década de 1980. A iniciativa é parte de um projeto de extensão para produção de plantas de espécies nativas, eucalipto, coco, pupunha e algumas espécies ornamentais. As mudas são destinadas à recomposição de matas ciliares e de reserva legal, além da arborização urbana em Cidade Gaúcha.

Apesar das dificuldades enfrentadas pelo Campus do Arenito, o professor e diretor Marcelo Alessandro Araújo declara, “Estamos na luta”, se referindo na busca para a melhoria do ensino e permanência dos alunos nos cursos.

Por. Natália Luvizeto