O Câmpus Regional de Diamante do Norte está completando 29 anos de  implantação. Luiz Alexandre Filho, primeiro diretor, conta um pouco da história do CRN

Foi em 1990 que o professor Manoel Jacó Garcia Gimenes, na época vice-reitor da UEM, criou a política de expansão da universidade na Região Noroeste do Paraná, com o objetivo de levar desenvolvimento para uma região carente de tecnologia. A implantação do Câmpus Regional de Diamante do Norte foi um passo importante nesta direção. Através de uma parceria com a Cesp (Companhia de Energia de São Paulo)  e com a Secretária de Agricultura no Paraná, o município de Diamante do Norte conseguiu a doação de 30 alqueires de terra para a Universidade.

O primeiro projeto do câmpus foi um convênio com a Secretária de Estado da Educação, pelo qual a Universidade cedeu o espaço e a fazenda para o funcionamento da Escola Agrícola de nível médio, que atende até hoje. Atualmente, o CRN abriga também um polo a distância com oferta de cinco cursos de graduação no polo a distância: Ciências Biológicas, Física, História, Letras e Pedagogia.

Luiz Alexandre Filho, primeiro diretor do CRN, destaca que a criação dos cursos presenciais é uma perspectiva, mas que a decisão final depende do Estado. A proposta, segundo Alexandre Filho, é oferecer cursos de tecnologia  na área de  Engenharia de Produção e Agroecologia.   

“Apesar de ainda não termos criado um curso presencial, fomos um dos primeiros câmpus a oferecer ensino a distância, gerando crescimento e desenvolvimento na região.” ressalta ele, destacando que o polo permitiu que quase 90% dos funcionários tivessem a oportunidade obter um diploma de nível superior.

O CRN também serve de apoio às pesquisas dos cursos de Agronomia e Zootecnia da UEM, com laboratórios e a utilização da fazenda, com desenvolvimento de pesquisas de alto impacto, como o estudo de melhoramento genético das tilápias, um “tesouro para o Brasil”, segundo Alexandre Filho. “As pesquisas, que são desenvolvidas em parceria com o grupo Peixegen da UEM, são referência no mundo todo, com diversos trabalhos publicados em revistas de renome mundial”, frisa.
 Alunos do câmpus de Maringá se deslocam para o laboratório de Diamante do Norte, para produção de teses, dissertações e pesquisas relacionadas à temática. O professor destaca com convicção que dentro de poucas décadas serão o maior produtor de pescados do mundo.

Mais recentemente, tiveram início pesquisas na área de bovinocultura de leite com um rebanho da raça Girolando, que tem se mostrando mais viável para o pequeno produtor.

Outro trabalho desenvolvido em parceria com o CRN é a criação dos suínos ao ar livre. O professor, que é especialista nessa área, faz treinamento e palestras para os produtores com a intenção de melhorar a produção, desenvolvendo a economia em todo o Noroeste.

O último projeto destacado por Alexandre Filho, que promete fomentar a região, é a construção da nova escola agrícola. Uma parceria da UEM com a Secretaria de Estado da Educação.

Primeiro diretor do CRN

 

Luiz Alexandre Filho é formado em Zootecnia pela UEM. Foi diretor do CRN entre os anos de 1990 à 1999 e de 2015 até o fim de 2018. Durante os anos que não esteve no cargo, se dedicou aos estudos.

Foi trabalhar como diretor a pedido do professor Manoel Jacó Garcia Gimenes. Na época trabalhava em uma fazenda, mas aceitou o desafio com o intuito de contribuir para o desenvolvimento da região na qual viveu toda a infância.

Atualmente, ele é membro do grupo Peixegen atuando nos projetos e também auxilia nas aulas de algumas disciplinas da pós graduação.

 

Texto: Natalia Luvizeto